Aprenda a evitar lesões nos joelhos


 
Você faz exercícios físicos para manter a saúde e, por descuido, acaba sendo obrigado a largar sua atividade favorita. O que parece profecia de mau agouro é muito mais comum do que você imagina. "Preocupados em alcançar um corpo mais forte e definido, muitos alunos acabam esquecendo os exercícios para fortalecer áreas de suporte e amortecimento, como os joelhos", explica Fabiana Pereira, da assessoria esportiva TPM, em São Paulo.
"Como toda articulação, essa é uma área muito sensível" , afirma a treinadora. Por que isso acontece? Na maioria dos casos, graças à falta de acompanhamento profissional na hora do treino. Por mais simples que pareça, cada exercício exige atenção máxima quando realizado, um cuidado que não só aumenta o rendimento como evita lesões.
No caso específico dos joelhos, explica Fabiana, temos uma articulação feita para flexionar e estender. "Não devemos fazer movimentos laterais, como as mudanças de direção muito bruscas típicas do futebol, daí o grande número de jogadores machucados" , diz.

Machucou, e agora?
Todos esses conselhos são ótimos para prevenir problemas. Mas e quando o estrago foi está feito? Atletas que praticam esportes para uma melhor qualidade de vida, e não profissionalmente, alcançam 100% de recuperação.
Para que isso aconteça, no entanto, é preciso evitar qualquer movimento que envolva impacto na fase de tratamento. Além do fortalecimento muscular, sempre importante, nada de fazer mudanças bruscas de direção, hiperextensão e hiperflexão.
Assim, você se livra de preocupações como a ruptura dos ligamentos anteriores e posteriores, o desgaste da cartilagem e rupturas do menisco (uma pequena membrana que faz parte da articulação).

Os músculos são responsáveis por grande parte da absorção do impacto recebido pelo corpo, protegendo articulações e ossos. As lesões começam quando eles estão frágeis ou recebem mais impacto do que suportam , explica Fabiana.

Enquanto estiver sentindo dores fortes, é melhor descansar até porque é difícil demais agüentar qualquer estímulo. Assim que o desconforto for aliviando, aposte nos exercícios de baixo impacto. "Recomendo os exercícios na piscina, porque a água ameniza os choques durante a movimentação, e a bicicleta" , diz Fabiana. Ela só pede atenção quanto ao ajuste do selim, posicionado de modo que você nunca estique completamente os joelhos enquanto pedala.
E ainda bem! dá para reconhecer que existe algo errado antes de transformar seus joelhos numa fonte de sofrimento. "Sem dúvida, temos que prestar atenção na dor. Mas, quando ela aparece, é sinal de que o problema já avançou muito" , afirma a treinadora.
Por isso, sempre que for começar um treino novo, peça o acompanhamento de um instrutor e pergunte à vontade. Você só tem a ganhar com isso. "Os outros dois segredos para preservar os joelhos são manter o peso ideal e escolher uma atividade compatível com a estrutura do seu corpo" , encerra a professora.
Lembre-se!
Caso você observe que existe algum problema nos seus joelhos, não deixe de procurar um fisioterapeuta.

Testes especiais para coluna vertebral



Sinal de Lasegue: O paciente deve estar em decúbito dorsal, com os MI entendidos, enquanto o examinador pede ao paciente que faça uma flexão de quadril com o joelho em extensão . Essa flexão é feita apenas com o MI que o paciente refere dor,e essa flexão deve ser lenta e gradativa até o máximo de amplitude que o paciente realiza. Se o paciente não consegue fazer a flexão do quadril ativamente, o examinador vai auxiliá-lo . Esse teste tenta reproduzir a lombociatalgia.  O paciente deve estar em decúbito dorsal, com os MI entendidos, enquanto o examinador pede ao paciente que faça uma flexão de quadril com o joelho em extensão . Essa flexão é feita apenas com o MI que o paciente refere dor,e essa flexão deve ser lenta e gradativa até o máximo de amplitude que o paciente realiza. Se o paciente não consegue fazer a flexão do quadril ativamente, o examinador vai auxiliá-lo . Esse teste tenta reproduzir a lombociatalgia .

Teste de Milgram: O paciente deve estar em decúbito dorsal com ambos MI em extensão , peça-lhe para elevar as pernas cerca de 5 cm da maca . Ele deverá manter essa posição ao menos uns 30 segundos. Esta manobra aumenta a pressão intratecal , e se o paciente conseguir mante-la sem se queixar de dor , podemos afastar as hipóteses de patologias intratecais. O paciente deve estar em decúbito dorsal com ambos MI em extensão , peça-lhe para elevar as pernas cerca de 5 cm da maca . Ele deverá manter essa posição ao menos uns 30 segundos. Esta manobra aumenta a pressão intratecal , e se o paciente conseguir mante-la sem se queixar de dor , podemos afastar as hipóteses de patologias intratecais.

Manobra de Valsava: Peça para o paciente para fazer um esforço como se quisesse evacuar. Está manobra também aumenta a pressão intratecal . Se ela for capaz de provocar dores nas costas ou dor que irradie ao longo das pernas, provavelmente haverá alguma patologia que está aumentando a pressão intratecal ( hérnia de disco ).
Peça para o paciente para fazer um esforço como se quisesse evacuar. Está manobra também aumenta a pressão intratecal . Se ela for capaz de provocar dores nas costas ou dor que irradie ao longo das pernas, provavelmente haverá alguma patologia que está aumentando a pressão intratecal ( hérnia de disco ).

Teste de Patrick ou Fabere: Este teste pode ser usado para detectar patologias da articulação sacro-ilíaca . Peça para o paciente para se deitar em decúbito dorsal e coloque o pé do membro inferior a ser testado sobre o joelho oposto. A articulação coxofemural estará agora fletida, abduzida e rotada externamente. Nesta posição, a dor inguinal é indicativa de patologia coxofemural .Para avaliar a articulação sacro-ilíaca o examinador coloca uma das mãos no joelho fletido e a outra mão sobre a espinha ilíaca antero-superior. Comprima as duas mãos contra a maca , como se quisesse alongar o paciente , se ele sentir dor haverá alguma disfunação na articulação sacro-ilíaca. Este teste pode ser usado para detectar patologias da articulação sacro-ilíaca . Peça para o paciente para se deitar em decúbito dorsal e coloque o pé do membro inferior a ser testado sobre o joelho oposto. A articulação coxofemural estará agora fletida, abduzida e rotada externamente. Nesta posição, a dor inguinal é indicativa de patologia coxofemural .Para avaliar a articulação sacro-ilíaca o examinador coloca uma das mãos no joelho fletido e a outra mão sobre a espinha ilíaca antero-superior. Comprima as duas mãos contra a maca , como se quisesse alongar o paciente , se ele sentir dor haverá alguma disfunação na articulação sacro-ilíaca.
Profissional liberal da área de saúde NÃO precisa apresentar o Dmed
A Declaração de Serviços Médicos (Dmed) foi instituída em dezembro de 2009 pela Receita Federal e deve ser apresentada pelas prestadoras de serviços médicos e de saúde e pelas operadoras de plano privado de assistência à saúde até o último dia útil de março. Porém, a necessidade da apresentação do Dmed não existe para os profissionais liberais prestadores de serviços médicos e de saúde. Segundo a Receita Federal, devem apresentá-la a pessoa jurídica e pessoa física equiparada a jurídica; e esse conceito de “pessoa física equiparada a jurídica” tem gerado muitas dúvidas sobre esse assunto.
A equiparação existe quando o serviço prestado for realizado por uma equipe de profissionais com idêntica formação, de forma habitual, e sob a responsabilidade de um profissional, que recebe o pagamento do cliente em nome próprio e o repassa para pagar os serviços dos demais profissionais.
Ou seja, não é necessária a declaração do Dmed nos seguintes casos:
  • Dois ou mais profissionais liberais que dividem o mesmo ambiente de trabalho porém recebem o pagamento do cliente de forma independente;
  • O profissional liberal que conta com uma equipe de apoio, porém essa equipe tem formações profissionais distintas, cujo objetivo auxiliá-lo nas suas atividades principais.
A Dmed é uma importante ferramenta para o Fisco detectar fraudes, visto que as suas informações serão cruzadas com aquelas declaradas pelos contribuintes do Imposto de Renda; e, dessa forma, será fácil a identificação dos recibos frios. O contribuinte que não conseguir comprovar a despesa médica usada como abatimento pagará multa de 75% sobre o valor devido.
Quer saber mais sobre o Dmed? Veja algumas dúvidas no site da Receita Federal.
Treinamento de marcha após lesão


As lesões medulares (LM) são cada vez mais frequentes devido principalmente ao aumento da violência urbana. Dentre as principais causas, encontramos o acidente de trânsito e a agressão por arma de fogo. Os pacientes acometidos, em sua maioria, são jovens, do sexo masculino, solteiros e residentes em áreas urbanas

A recuperação da marcha é uma tarefa difícil e dispendiosa, os pacientes muitas vezes são incapazes de produzir a força muscular necessária para manter a postura e caminhar4. Para estes casos, é necessário prover um suporte para proteger estes sujeitos de quedas por meio dos sistemas convencionais de ajuda para auxílio na marcha como barras paralelas, muletas e bengalas, a quantidade de peso aliviada não é constante e nem facilmente quantificável. Outro fato é que estes dispositivos dependem da força, controle de tronco e coordenação dos pacientes.

Veja um exemplo de tratamento, com treinamento de marcha:

Biofeedback na Fisioterapia Uroginecológica



O biofeedback de EMGs uro-ginecológico baseia-se no fluxo de informação entre: Paciente, terapeuta e equipamento de biofeedback.

O terapeuta configura o equipamento com o protocolo necessário para a reabilitação do paciente. O equipamento faz a captação dos sinais musculares do paciente, enviando o biofeedback visual e sonoro para o paciente e o terapeuta. O paciente é motivado pelo terapeuta e pelo equipamento.

A figura abaixo apresenta esse fluxo de informações:

O Biofeedback pode ajudar os pacientes a adquirirem maior controle sobre a atividade dos músculos do assoalho pélvico, reduzindo uma atividade excessiva, ou ajudando no treinamento para utilização do músculo mais apropriado.


A informação provinda do biofeedback uro-ginecológico atua como um estimulador externo ao paciente, até que os músculos ganhem força e gerem maior sensação interna.

Para pacientes que têm pouca ou nenhuma "sensação" da musculatura do assoalho pélvico, o biofeedback pode ser uma das melhores escolhas de tratamento para o paciente primeiramente identificar a musculatura correta que deve ser ativada durante o exercício.

Vantagens do Biofeedback Uro-ginecológico

A utilização do biofeedback de EMGs na prática clínica apresenta vários benefícios, tanto para o paciente, quanto para o terapeuta:

Para o Paciente:

Aumentar a consciência da atividade psicofisiológica, reação e recuperação da estimulação;
Aumentar auto-eficácia e confiança na sua capacidade de auto-regulação psicofisiológica;
Aprender a usar o relacionamento entre pensamento, comportamento e funcionamento fisiológico;

Desenvolver auto-regulação psico-fisiológica geralmente não aprendida sem esta informação, tornando a aprendizagem destes procedimentos mais rápida;
Fornecimento de uma terapia não farmacológica, segura e eficaz.

Para o Terapeuta:

Fonte valorosa de diagnóstico e informação terapêutica;
Velocidade e a continuidade com que a informação é fornecida ao terapeuta e ao paciente;
Avaliação e documentação de mudanças psico-fisiológicas durante a sessão e o tratamento;
Aumentar o interesse e a confiança profissional para promover terapias auto-regulatórias psico-fisiológicas;
Quantificar os resultados da atividade muscular;
Fornecer ao terapeuta através de gráficos e traçados, a função e disfunção muscular;
Calibrar a resposta do paciente mediante a instrução verbal do terapeuta;
Observar se o paciente atingiu o objetivo, mediante a visualização gráfica.
O pé

As articulações do pé são numerosas e complexas.

A articulação talocalcâneo-navicular é uma articulação sinovial, do tipo esferóide e auxiliam a articulação subtalar nos movimentos de inversão e eversão;

A articulação calcâneo-cubóidea é uma articulação sinovial entre a face anterior do calcâneo e a face posterior do osso cubóide. Ela é do tipo plana ou planartrose, os seus movimentos são de deslizamentos;

A articulação cúneo-navicular (cimeo-escafóide) é a união entre o osso navicular (ou escafóide) e os três ossos cuneiformes. Ela é uma articulação sinovial do tipo plana;

As articulações intercuneiforrnes e cúneo-cubóidea são as articulações entre os ossos cuneiformes; os ossos estão unidos pelos ligamentos dorsal, plantar e interósseo. Ela é sinovial e do tipo plana.

A articulação cubóideo-navicuïar é uma articulação fibrosa do tipo sindesmose.

Os movimentos das articulações intertársicas, basicamente, são de deslizamento e rotação, auxiliando e complementando os movimentos de inversão e eversão do tornozelo.

Os principais ligamentos das articulações intertársicas são:

• Ligamento talocalcâneo lateral;

• Ligamento talocalcâneo medial;

• Ligamento talocalcâneo interósseo;

• Ligamento talonavicular;

• Ligamento bifurcado.

Existem também as articulações tarsometatársicas; metatarsofalângicos e articulações interfalângicas do pé.

Os músculos que participam nos movimentos das articulações metatarsofalangianas são:

• Flexão dos dedos - flexor curto do hálux; lumbricóides; interósseos;

• Extensores dos dedos - extensor longo dos dedos; extensor longo do hálux; xtersor curto dos dedos.

Nas articulações interfalangianas são:

• Flexão dos dedos - flexor longo dos dedos; flexor longo do hálux; flexor curto do hálux; flexor curto dos dedos; flexor do dedo mínimo;

• Abdução dos dedos - abdutor do hálux; abdutor do dedo mínimo;
interósseos dorsais;

• Adução dos dedos - adutor do hálux; interósseos plantares.
FisioImagens #3

http://www.uscs.edu.br/vestibular/images/cursos/fisioterapia-2.jpg

http://images03.olx-st.com/ui/8/27/45/1282152726_114532245_2-Fotos-de--Clinica-de-Fisioterapia-REABILITAR.jpg

http://images04.olx.com.br/ui/10/36/12/1294367683_154433412_1-Fotos-de--VENDO-EQUIPAMENTOS-PARA-FISIOTERAPIA-SEMI-NOVOS.jpg

fotofoto

foto

foto

foto

foto

foto

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-jJz21u9hoii-BEwN8beHCnbHdHWNS2vblCxILQmspqu3ZEtKE5rlOF5HGlwMeHZheIt2Ep3l3cbw5fxQCDVw23BrAiuMMkEa4_2lSvSLSsEE6HvXNbzJTdmSLAfxPmTlMZkX7jZY9I7f/s1600/fisioterapia+pediatrica1.jpg

foto


Protocolo de expansão pulmonar e desobstrução brônquica em ventilação mecânica

Protocolo de expansão pulmonar e desobstrução brônquica em ventilação mecânica disponível no fim desta publicação.

A manobra de hiperinsuflação pulmonar através da aplicação de pressão positiva, como recurso da fisioterapia, tem registro na literatura desde 1968, por Clement AJ, Hubsch SK. Chest Pysiotherapy by "bag squeezing" method: A guide to the technique. Physiotherapy, 1968; 54: 355-359, a sua finalidade era reverter as atelectasias, remover as secreções pulmonares acumuladas e melhorar a oxigenação arterial pré e pós-aspiração traqueal.

Originalmente, esta manobra era realizada de forma manual, por meio de uma bolsa ressucitadora, tipo AMBU, acoplada ao paciente através de uma máscara facial, peça bucal ou um tubo endotraqueal, um volume de aproximadamente 1 litro com oxigênio puro era liberado a cada compressão da bolsa e as pressões nas vias aéreas ficavam entre 20 e 40 cm H2O.

O princípio fisiológico do seu funcionamento consiste nas fases da tosse. Dois profissionais eram necessários para a realização deste procedimento, um, primeiramente, aplicava as hiperinsuflações pulmonares pela compressão da bolsa, média de 6 compressões lentas e consecutivas, seguidas de um pausa inspiratória e rápida liberação, o outro profissional, em seguida, realizava vibro-compressões manuais no tórax do paciente. Este método era denominado de "bag squeezing". As secreções mobilizadas para as vias aéreas centrais eram removidas por meio da aspiração traqueal ou tosse. Outros autores como, Windsor HM, Harrison GA, Nicholson TJ - "Bag squeezing method" a physiotherapeutic tecnique. Med J Aust, 1972; 2: 829-832, nos anos seguintes, propuseram novas formas de aplicação da técnica.
L, Ellis E. Secretions clearance by manual hyperinflation: Possible mechanisms. Physiotherapy Theory and Practice 1998; 14: 189-197, os autores comentam que os efeitos fisiológicos da hiperinsuflação manual na restauração do volume pulmonar e o seu impacto na clearance de secreções estão bem documentados, porém ainda faltava uma explicação fisiológica dos efeitos sobre a eliminação do muco. Então, comparam a taxa de fluxo expiratório da hiperinsuflação manual com a tosse e concluiram que apesar do fluxo expiratório da hiperinsuflação manual ser menor, é possível promover clearance de secreções, desde que o fluxo expiratório seja maior que o inspiratório.

"Bag squeezing method ou bagging" ficou bastante difundido no mundo, mas não havia uma padronização na forma de realização da técnica. Então, Maxwell L, Ellis E. The effect of circuit type, volume delivered and "rapid released": on flow rates during manual hyperinflation. Australian journal of Physiotherapy 2003; 49: 31-38 compararam o efeito de diversos tipos de circuitos, volumes e formas de realização da técnica sobre o fluxo expirado e a pressão nas vias aéreas. Os seus resultados mostraram que a descompressão brusca da bolsa no início da expiração promove um maior pico de fluxo expiratório independente do volume e do tipo de circuito utilizado.

Denehy L. Use of manual hyperinflation in airways clearance. Eur Respir J, 1999; 14: 958-965 descreveu detalhadamente uma forma de realização da hiperinsuflação manual utilizando o AMBU, ela recomenda um volume igual ou maior que 50% do utilizado durante a ventilação mecânica, uma pausa inspiratória de 2 segundos e uma liberação rápida da compressão do AMBU, a expiração pode estar associada ou não à compressão torácica manual.

Este método é aplicado principalmente nos pacientes com aumento na produção e acúmulo das secreções devido doenças pulmonares, prejuízo na clearance mucociliar pulmonar e dificuldade na expectoração por meio da tosse. A retenção das secreções pode provocar atelectasias, alterações na troca gasosa e aumento do trabalho respiratório e a conseqüência pode resultar em complicações orgânicas graves e até mesmo o óbito nos casos mais graves.

Os efeitos terapêuticos deste método estão relacionados com o aumento do gradiente de pressão transpulmonar, através do aumento da pressão nas vias aéreas e com a ventilação colateral, que facilita a chegada do gás para as áreas colapsadas. A expansão do parênquima pulmonar resulta no aumento da pressão de recuo elástico alveolar, esta e a pressão decorrente da compressão torácica manual ou da contração dos músculos expiratórios durante a tosse, geram um alto fluxo gasoso expiratório que desobstrui e desloca proximalmente as secreções.

Rothen HU, Sporre B, Engberg G, Wegenius G and Hendenstiema G. Re-expansion of atelectasis during general anaesthesia: A computed tomography study. British Journal of Anaesthesiology. 1993; 71: 788-795, verificaram, através da tomografia computadorizada, que nos pacientes cirúrgicos sem doenças pulmonares, durante a recuperação anestésica, a utilização de pressões inspiratórias de 40 cm H2O foram mais eficazes para recrutar alvéolos colapsados do que a duplicação do volume corrente do ventilador mecânico.

Os pacientes dependentes de ventilação mecânica se beneficiam muito deste método, a presença da uma via aérea artificial endotraqueal além de comprometer a clearance mucociliar, também prejudica a tosse. O estudo realizado por Konrad F, Schreiber T, Brecht-Kraus D, Georgieff M. Mucociliary transport in ICU pacients. Chest, 1994 jan; 105: 237-241 demonstrou que a velocidade do transporte mucociliar cai bastante nos pacientes intubados e ventilados mecanicamente, em média de 10 mm Min -1, em adultos normais, para 0,8 a 1,4 mm Min -1, nos intubados e ventilados mecanicamente.

Os gases inalados durante a ventilação mecânica dependem de uma umidificação e aquecimento adicinais, o controle para uma adequada umidificação no termoumidificador é bastante difícil e alguns fatores podem atrapalhar como: uma temperatura programada aquém do ideal e a falta de reposição de água no recipiente do umidificador. Os filtros HME (Heat and Moisture Exchangers - trocadores de calor e umidade) retém parte da umidade do gás exalado e nas condições normais garantem pelo menos 30 mg de vapor d'água por litro de gás, garantindo uma boa fluidificação das secreções. Nos pacientes hipotérmicos e desidratados este valor de umidificação não é atingido com os HMEs e com isso pode haver espessamento e formação de rolhas de secreções, a conseqüência é o surgimento de atelesctasia e comprometimento na troca gasosa e na complacência pulmonar.

O contrário, uma hiperidratação, também pode ocorrer quando o ajuste da temperatura do termoumidificador está acima do ideal, isto geralmente resulta em aumento no volume e fluidez do muco pela adição excessiva de água, neste caso, há uma tendência ao deslocamento e acúmulo das secreções nas vias aéras periféricas.


HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR COM O VENTILADOR MECÂNICO

O primeiro estudo publicado sobre a utilização do respirador para a aplicação fisioterapêutica da pressão positiva foi o de Bott J, Keitty S, Noone l. Intermitent positive pressure breathing. A dying art? Physiotherapy, 1992; 78: 656-660, nele, os autores descrevem uma forma para aumentar o volume corrente dos pacientes com fraqueza muscular, porém as pressões inspiratórias eram menores e a forma de aplicação diferente da utilizada na hiperinsuflação manual.
A manobra de hiperinsuflação pulmonar realizada com o ventilador mecânico, semelhante à realizada manualmente, foi primeiramente descrita por Berney S, Denehy L. A comparision of the effects of manual and ventilator hiperinflation on statics lung compliance and sputum production in intubated and ventilated intensive care patients. Physiotherapy Research International. 2002; 7:100-108, neste estudo, os autores comparam a hiperinsuflação manual, "bag squeezing method ou bagging" com a hiperinsuflação mecânica. Uma modificação dos parâmetros ventilatórios no respirador era realizada com o intuito de se elevar o volume corrente. A freqüência respiratória era ajustada para 6 cpm, o fluxo inspiratório para 20 L/min e uma pausa inspiratória de 2 segundos era mantida. O volume corrente era aumentado de 200 em 200 ml até que a pressão inspiratória atingisse 40 cm H2O. O resultado do estudo não mostrou diferenças significativas entre os dois métodos, ambos melhoraram a complacência estática pulmonar e mobilizaram quantidades semelhantes de secreção.
Em outro estudo, The effect of physiotherapy on oxygen consumption and haemodynamics in patients who are critically ill. Aus J Physiother. 2003, 49: 99-105, os mesmos autores avaliaram os efeitos hemodinâmicos e o consumo de oxigênio (VO2) nos pacientes críticos estáveis submetidos à ventilação mecãnica, durante a aplicação de tratamento fisioterapêutico por meio da drenagem postural em trendelenburg de 35 a 45 graus em decúbito lateral, hiperinsuflação com o ventilador e aspiração traqueal. O resultado não evidenciou efeitos adversos significativos no VO2, no índice cardíaco e na pressão arterial média nestes pacientes. A mudança de decúbito e a aspiração traqueal tiveram maior influência, embora transitória, nestes dados.
No estudo de revisão de Lemes DA e Guimarães FS. O uso da hiperinsuflação como recurso fisioterapêutico em unidade de terapia intensiva. RBTI. 2007: 19: 2: 222-225 os autores concluíram que apesar de existirem poucos estudos demonstrando a eficácia da hiperinsuflação por meio do ventilador mecânico como recurso fisioterapêutico, o seu uso parece ser uma alternativa mais segura em relação ao reanimador manual para a instituição da hiperinsuflação terpêutica em UTI, uma vez que o respirador permite maior controle sobre os parâmetros ventilatórios sem os efeitos deletérios da desconexão, além de oferecer maior conforto ao paciente.

Este método também está descrito no livro, Fisioterapia em UTI - Volume I - Avaliação e Procedimentos / editores George Jerre Vieira Sarmento, Joaquim Minuzzo Vega e Newton Sergio Lopes. - São Paulo: Editora Atheneu 2006. (Série Clínicas Brasileiras de Medicina Intensiva), páginas: 162 a 166.
Muitos pacientes em ventilação mecânica apresentam variados graus de LPA e dependem de alguma forma da PEEP para manterem uma troca gasosa aceitável. Uma retirada abrupta da pressão positiva, como é feita no método manual, pode resultar em colápso alveolar e hipoxemia arterial nos pacientes dependentes de PEEP (este efeito já foi descrito em diversos estudos científicos sobre VM em LPA / SDRA), principalmente se forem realizadas compressôes manuais no tórax destes paciente durante a exalação despressurizada. A possibilidade de monitorização (gráfica e analógica) dos parâmetros ventilatórios (Pmax, Ppt, PEEP, VC, FLUXO, I:E, FR...) e da medida da mecânica do SR na tela dos respiradores modernos e a possibilidade de preservação da PEEP por meio de um sistema fechado para aspiração traqueal das secreções elevam ainda mais a vantagem deste método sobre o manual.

Em um recente estudo, pioneiro na avaliação dos efeitos da tosse manualmente assistida (compressão torácica manual) sobre a mecânica do SR dos pacientes em ventilação mecãnica total, Efeitos da tosse manualmente assistida sobre a mecânica do sistema respiratório de pacientes em suporte ventilatório total. ARTIGO ORIGINAL. Avena KM e cols. J Bras Pneumol. 2008; 34 (6): 380-386, os autores avaliaram a mecânica do SR e a saturação arterial periférica de oxigênio dos pacientes cirúrgicos, sem LPA, ventilados de forma controlada no modo volumétrico antes e após a aplicação da tosse manualmente assistida - TMA (compressão torácica manual) e da aspiração traqueal aberta. Os resultados mostraram uma redução estatisticamente significativa da pressão resistiva das vias aéreas e da resistência do SR pós-TMA e aspiração traqueal e um aumento significativo da SpO2 pós-TMA versus pós-aspiração e pré-TMA, não foram observadas mudanças significativas na Ppico, Ppt, Cdyn e Cstat nos momentos pré-TMA, pós-TMA e aspiração traqueal. Este artigo, para mim, é muito interessante porque ele trata de um assunto polêmico no âmbito científico e prático da fisioterapia respiratória, COMPRESSÃO TORÁCICA MANUAL ou TOSSE ASSISTIDA MANUAL.
A controvérsia sobre o benefício desta técnica tem origem em alguns estudos como o de Unoki T, Kawasaki Y, Fugimo T, Yanagisawa Y, Ishimatsu S, et al. Effects of expiratory rib-cage compression on oxygenation, ventilation and airway-secretion removal in patients receiving mechanical ventilation. Respir Care. 2005; 50 (11): 1430-7, estes autores avaliaram os efeitos da compressão torácica durante a expiração no deslocamento das secreções, na oxigenação e na ventilação de 31 pacientes em VM, os seus resultados não mostraram diferenças quando comparados com o grupo controle. Os pacientes avaliados tinham comprometimentos pulmonares diversos e estavam em modalidades ventilatórias distintas (variando de VCV a PSV), isto pode ter influenciado os resultados.

Muitos fisioterapeutas não utilizam esta técnica por entenderem que ela também pode resultar no desenvolvimento de atelectasias. Este argumento tem uma explicação fisiológica - redução do gradiente de pressão transpulmonar (Palv - Ppl) promovido pela compressão torácica durante a expiração. Um estudo piloto avaliou os efeitos desta técnica sobre a mecânica do SR (Cst, L) em saudáveis em ar ambiente por meio de um balão esofagiano e um pneumotacógrafo, os autores verificaram uma redução na complacência pulmonar pós-compressão. Entretanto, eles comentam que após algumas inspirações profundas esta redução na complacência pode ser revertida.

Nos pacientes com disfunção muscular que tenham prejuízo na tosse (por ex.: doenças neuromusculares, TRM...), hipersecretivos e que ventilam sem pressão positiva é provável que a compressão expiratória gere colápso alveolar. Entretanto, durante a VM destes pacientes, este efeito adverso pode ser revertido pela aplicação da hiperinsuflação pulmonar (tema desta postagem), desta forma, obtém-se os efeitos desejados (deslocamento das secreções pela aceleração do fluxo expiratório durante a TMA e a sua eliminação por meio da aspiração das secreções) sem o prejuízo da atelectasia.

Por fim, todos estes estudos apontam para uma boa segurança, praticidade e eficácia do método. Mas, antes de aplicá-lo, deveremos ter um bom conhecimento sobre as suas indicações e contra-indicações e durante a sua realização deveremos estar atentos à avaliação clínica e a monitorização dos equipamentos relacionados aos seus efeitos desejados e adversos. Respeitando estas normas, teremos nas mãos uma ferramenta bastante interessante para a realização das condutas expansiva e desobstrutiva dos pacientes submetidos à ventilação mecânica.


PROTOCOLO DE EXPANSÃO PULMONAR E DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA PARA OS PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA.

* Protocolo elaborado por Thaise Sanches, aluna do 8º período do curso de fisioterapia da UFRJ, acadêmica bolsista do CTI do HCPM / PMERJ.
1) Avaliar a necessidade de expansão pulmonar e desobstrução brônquica (através de radiografias, ausculta pulmonar e exame físico);
2) Avaliar riscos e contra-indicações do procedimento (instabilidade hemodinâmica, doença pulmonar bolhosa, hipertensão intracraniana, pneumotórax não drenado...);
3) Posicionar o paciente com o pulmão afetado em região não dependente ou em DD com cabeceira elevada (acometimento bilateral);
4) Analisar parâmetros do ventilador, de mecânica respiratória e de oxigenação, para posterior comparação de melhora;
5) Aspiração traqueal pré-expansão (vide protocolo abaixo - tipos de sistemas);
6) Trocar filtro HME, caso esteja obstruído ou muito úmido, e atentar para possíveis fatores que aumentem a resistência de vias aéreas (como por exemplo, ponta do "trachcare" introduzida no TOT ou TQT);
7) ALTERAR PARÂMETROS DO VENTILADOR PARA A EXPANSÃO:
a. Em modo VCV - controlado: aumentar o volume corrente (VC), estipulando uma pressão inspiratória máxima (Ppico) de 40cmH20 (Pins + PEEP). Associar redução do PEAK FLOW, para aumentar o Tins (2 segundos) se necessário. Nos casos de contra-indicação ao aumento da Pmax priorizar a redução do PEAK FLOW para aumentar Tins;
b. Em modo PCV - controlado: aumentar pressão inspiratória (Pins), estipulando uma Pressão máxima de 40cmH20 (PCV + PEEP), o Tins também pode ser aumentado (máximo de 2 segundos). No caso de pacientes com contra-indicação ao aumento pressórico priorizar o aumento do Tins sobre a PMAX;
c. Em modo PSV: aumentar pressão de suporte (PS) estipulando uma Pmáxima de 40cmH20 (PS + PEEP), pode-se diminuir o percentual do fluxo para ciclagem para aumentar o Tins;
d. Em modo PRVC: aumentar volume corrente (VC), estipulando uma Pmáxima de 40cmH20 (Pins + PEEP), o Tins pode também pode ser aumento (como no PCV);
e. Em todos os modos pode-se modificar a PEEP. Na LPA ou SDRA com FiO2 e PEEP altas, não reduzir a PEEP. Nos casos com PEEPs baixas, alternar PEEP alta com baixa durante o procedimento, respeitar o limite da Pmax;
f. Para os pacientes que assistem com regularidade a ventilação mandatória, podemos modificar o modo para PSV e em seguida instituir o protocolo;
8) Monitorar parâmetros hemodinâmicos (Pressão arterial, PAM, Freqüência cardíaca) e de oxigenação arterial (Saturação de pulso de oxigênio);
9) Retornar aos parâmetros prévios e comparar se houve melhora nestes;
10) Proceder nova conduta, se necessário, após a estabilização dos parâmentros ventilatórios, hemodinâmicos e conforto do paciente;


PROTOCOLO DE ASPIRAÇÃO TRAQUEAL SISTEMA ABERTO:

1) Hiperventilar e oxigenar previamente (VC 50% maior que o basal e FiO2 a 100% durante 3 a 6 ciclos respiratórios - SpO2 > 98%);
2) Abrir o envólucro da sonda estéril (n°12 ou 14, mais adequadas para adultos) expondo primeiro a extremidade para conexão com o tubo de aspiração, encaixá-la no vácuo e abri-lo;
3) Calçar luva estéril na mão que irá manusear a sonda de aspiração, segurar a sonda e protegê-la de contaminações. Na mão livre pode-se utilizar luva de procedimento, pois esta manipulará estruturas contaminadas (TET, circuito, vácuo...);
4) Desconectar o paciente do circuito com a mão livre;
5) Introduzir a sonda no TET, com o vácuo ocluído e sem contaminá-la, até encontrar resistência ou o paciente começar a tossir;
6) Recuar a sonda 0,5 a 1,0 cm e liberar a oclusão do vácuo para realizar a aspiração com movimentos rotacionais retirando a sonda;
7) O tempo total do procedimento não deve ultrapassar 10 segundos;
8) Monitorar a saturação de pulso de oxigênio e ritmo cardíaco;
9) Reconectar o paciente ao circuito do respirador;


PROTOCOLO DE ASPIRAÇÃO TRAQUEAL COM SISTEMA FECHADO "TRACHCARE":

1) Pode-se hiperventilar e oxigenar previamente (VC 50% maior que o basal e FiO2 a 100% durante 3 a 6 ciclos respiratórios - SpO2 > 98%), menor risco de hipoxemia com este sistema;
2) Introduzir o "trachcare" (ainda sem aspirar) até encontrar resistência ou paciente tossir;
3) Recuar 0,5 a 1,0 cm e iniciar a aspiração retirando o "trachcare".

Referências Bibliográficas do protocolo:

- R. Gosselink, J. Bott, M. Johnson, E. Dean, S. Nava, M. Norrenberg, B. Schönhofer, K. Stiller, H. van de Leur, J. L. Vincent; Intensive Care Med - Physiotherapy for adult patients with critical illness: recommendations of the European Respiratory Society and European Society of Intensive Care Medicine; Task Force on Physiotherapy for Critically Ill Patients;

- Richard D Branson MSc RRT FAARC; - Secretion Management in the Mechanically Ventilated Patient; Respiratory Care, october 2007 VOL 52 N 10

- Mervyn Singer, Julia Vermaat, Gareth Hall, George Latter and Manesh Patel, - Hemodynamic Effects of Manual Hyperinflation in Critically Ill Mechanically Ventilated Patients; Chest 1994; 106; 1182-1187

- Daniela Aires Lemes, Fernando Silva Guimarães; - O Uso da Hiperinsuflação como Recurso Fisioterapêutico em Unidade de Terapia Intensiva; Revista Brasileira de Terapia Intensiva 221, Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007

- SE Brown, DW Stansbury, EJ Merrill, GS Linden and RW Light; - Prevention of suctioning-related arterial oxygen desaturation. Comparison of off-ventilator and on-ventilator suctioning; Chest 1983;83;621-627
- Pedersen CM, Rosendahl-Nielsen M, Hjermind J and Egerod I. Endotracheal suctioning of the adult intubed patient - What is the evidence? Intensive and Critcal Care Nursing. 2008http://www.blogger.com/img/blank.gif

- FARIAS, G.M.; FREIRE, I.L S.; RAMOS; C.S.. RN.- Aspiração endotraqueal: estudo em pacientes de uma unidade de urgência e terapia intensiva de um hospital da região metropolitana de Natal; Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 63 - 69, 2006

- III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica
http://fisioterapiaemterapiaintensiva.blogspot.com/2008/09/hiperinsuflao-pulmonar-com-o-ventilador.html
Instabilidade femoro-patelar

Avaliação do paciente com luxação recidivante da patela deve ser feita através da história clínica detalhada, exame físico minucioso (estático e dinâmico) e exames complementares.

Na história clínica demos maior importância à evolução, localização, duração e fatores desencadeantes da dor, o que pode sugerir mau alinhamento, assim como dor bilateral, que é, frequentemente associada à luxação recidivante; a sensação de instabilidade no desenvolvimento de atividades diárias e/ou esportivas, além do dado objetivo de trauma associado, ou não, a luxações várias, foram determinantes na conduta ortopédica a ser empregada.

A avaliação radiográfica deverá ser feita com incidências antero posterior com carga, perfil a 30º e axial da patela a 45º, sendo estimada a altura patelar através do método de Caton Deschamps e o tipo de patela segundo Wiberg. Contudo, a indicação cirúrgica baseia-se somente nas queixas clínicas.

Com relação a testes radiográficos complementares, lembramos Gali & Camanho e Camargo (por Severino e col.), que mostram variação exagerada na avaliação do “ângulo do sulco” e do “ângulo de congruência”, em que esses ângulos estiveram ligeiramente aumentados nos resultados maus.

Concluem que o “ângulo do sulco” mais aberto pode influenciar negativamente nos resultados obtidos, pois a contenção da patela é mais efetiva se o sulco é mais pronunciado e a variação do “ângulo de congruência”, para casos normais, é grande e as pequenas mudanças que possam ocorrer na incidência radiográfica ou nos graus de flexão do joelho alteram sua medição.

Não se deve levar em consideração dados de exames complementares para a indicação do tratamento cirúrgico, visto que, apesar das técnicas sofisticadas para a obtenção de imagens, não existe ainda uma que substitua a simplicidade e eficiência de um exame clínico bem feito, pois uma imagem estática não retrata patologia que depende de súbita ação muscular
Pielonefrite

http://www.patologias.net/wp-content/uploads/2010/03/adultos-sistema_urinario_anatomia_414558621.jpg

A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente que atingiu a "pielo" (pelve) do rim. Afeta quase todas as estruturas do rim, incluindo túbulos, sistema recolector e interstício. Só o glomérulo é exceção, pelo menos até uma fase avançada.

Existem duas formas de pielonefrite, a aguda, causada por uma infecção bacteriana, e a crônica, na qual infecções de repetição se conjugam com a reação do sistema imunitário a essas infecções para produzir o quadro de lesões.
Índice
[esconder]

1 Pielonefrite Aguda
1.1 Epidemiologia
1.2 Fisiopatologia
1.3 Clínica (sintomas)
1.4 Patologia
1.5 Tratamento
2 Pielonefrite Crônica
2.1 Fisiopatologia
2.2 Clínica (sintomas)
2.3 Patologia
2.4 Tratamento

[editar] Pielonefrite Aguda


É uma infecção supurativa (com produção de pus). É quase sempre causada por bactérias e só raramente por vírus (tipo Polioma) ou fungos como Candida albicans.


Epidemiologia

Afecta mais frequentemente três populações: bebês com menos de um ano e anomalias congênitas do sistema urinário; mulheres de meia idade e homens idosos com hiperplasia da próstata.


Fisiopatologia

A pielonefrite é frequentemente causada por bactérias Gram-negativas que são flora normal no intestino. Estas bactérias (Escherichia coli, Enterobacter, Proteus Mirabillis, Klebsiella) causam as infecções do tracto urinário (ITUs), mais frequentes nas mulheres. As pielonefrites são quase sempre complicações decorrentes destas infecções da uretra, bexiga e/ou ureteros - denominada infecção ascendente. Normalmente os ureteres não recebem urina de volta da bexiga, devido a mecânismos anti-refluxo. Contudo se estes mecanismos devido a anomalias congénitas ou a inflamação não forem eficazes, o refluxo de urina pode transportar bactérias que infectem a bexiga ou a uretra para o rim. Outra condição que frequentemente leva à pielonefrite é a obstrução do ureter. A obstrução pode ser devida a litíase renal ("pedra dos rins") ou nos idosos do sexo masculino a hiperplasia benigna da próstata (uma condição quase universal a partir dos 70 anos) pode provocar suficiente obstrução também. Nessa situação, a estase da urina acima da obstrução permite o crescimento bacteriano, que normalmente seria impedido pelo fluxo constante. A cateterização de doentes acamados ou com outros problemas das vias urinárias também é um factor de risco.


Clínica (sintomas)

O ínicio é abrupto, com dor na micção (disúria) e maior frequência (polaciúria)e urgência, inclusivamente acordando o doente à noite (noctúria). Como em qualquer infecção, há febre, suores, mal-estar. São detectaveis leucócitos em massas cilíndricas na urina (piúria), devido a terem sido arrastados dos túbulos cilíndricos pela urina.


Patologia

Microscópicamente observa-se inflamação supurativa, com infiltração primeiro de neutrófilos, mais tarde de macrofagos e linfócitos. Há necrose das células dos túbulos renais. Pode haver ou não formação de abcessos. Após resolução há extensa fibrosação das regiões afectadas.


Tratamento

A resolução inicia-se após alguns dias de terapia com antibióticos. Infrequentemente, e principalmente em individuos debilitados ou diabéticos podem ocorrer complicações. Estas incluem a Bacteremia, multiplicação bacteriana no sangue grave, frequentemente pode ser mortal, ou a necrose da pelve renal, com insuficiência renal crônica, podendo levar a morte.


Pielonefrite Crônica

A pielonefrite crônica é derivada de múltiplos ataques de pielonefrite aguda, que podem ser mais ou menos graves, e que ocorrem frequentemente durante um período alargado.


Fisiopatologia

A causa mais frequente é a insuficiência dos mecânismos anti-refluxo, com refluxo de urina da bexiga para o rim. Outra causa frequente é a litíase renal, com cálculos obstrutivos do fluxo da urina.


Clínica (sintomas)

O ínicio pode ser gradual ou dar-se ataque de pielonefrite aguda. Sintomas são semelhantes a esta última mas tendem a ser mais suaves mas mais arrastados. Pode complicar com surgimento de hipertensão arterial de causa renal; síndrome nefrótica; e insuficiência renal.


Patologia

Macroscopicamente há atrofia do rim afectado. A pelve e os cálices ficam danificados e por vezes obstruem a passagem da urina. Com o microscópio, vê-se extensa fibrosação do rim, uma resposta provocada pelo sistema imunitário à infecção constante. Há atrofia de alguns túbulos, dilatação de outros, com conteúdo hialino devido à proteína retida.


Tratamento

A pielonefrite crónica não raramente resulta em insuficiência renal crónica, com necessidade de diálise. A terapia com antibióticos resolve os episódios agudos mas não impede a sua recorrência.
Coordenação motora e seus tipos



A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntáriamente, ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciencia. Através de movimentos com as mãos para pegar objetos, depois os primeiros passos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora.

Já em fase pré-escolar a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a idade, como exercicios motores de desenhos, simbolos, etc.

Para compreender melhor o significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:

Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.

Classifica-se a coordenação motora em três grupos.

- Coordenação motora geral

Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.Ex: Andar, Pular, rastejar, etc.


- Coordenação motora geral específica

Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: Chutar uma bola (futebol), bandeja (basquete), etc.


- Coordenação motora fina
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propriciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc.
Fisioterapeuta no Domicilio

A meta final de qualquer programa de reabilitação ou terapia física é a aquisição de movimento e função livres de sintomas dolorosos. Após a avaliação do paciente e identificação dos problemas são desenvolvidas as metas de tratamento.

Os efeitos positivos da terapia incluem a prevenção assim como desenvolvimento, melhora e restauração da normalidade de força muscular, amplitude de movimentos, mobilidade e flexibilidade, relaxamento e melhor capacidade respiratória.

O fisioterapeuta dispõe de meios físicos e técnicas terapêuticas como eletroterapia, técnicas manuais, cinesioterapia, rpg, cosmetologia, capazes de tratar efetivamente diversas patologias clínicas e estéticas com conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia.Esse conhecimento proporciona uma abordagem direcionada a forma precisa de tratamento, potencializando e assegurando resultados efetivos,sem causar riscos à saúde.

O tratamento fisioterápico em domicilio(home care ) é uma opção segura e eficaz oferecida aos pacientes com problemas de locomoção. Este atendimento é oferecido aos pacientes em todos os serviços prestados, principalmente para pacientes com afecções neurológicos que possuem maior dificuldade de locomoção.

O fisioterapeuta levará até o domicilio do paciente todos os recursos utilizados na clinica para que o tratamento seja realizado com a mesma eficiência. O paciente não precisa se preocupar em se deslocar evitando desta forma cansaço físico e stress, tendo ainda como vantagem a participação efetiva de seus familiares contribuindo assim de maneira positiva na sua recuperação

Atuação do Fisioterapeuta no Alzheimer



Descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer, um neurologista alemão, em 1906, a doença de Alzheimer é um distúrbio do sistema nervoso central de caráter degenerativo, irreversível, que leva a piora das funções cognitivas superiores, declínio das habilidades funcionais e sociais. O início da doença se dá muitas vezes por perda de memória e simples alterações de personalidade acompanhadas de ideação paranóide.

A causa da doença ainda é desconhecida e, embora ainda não haja medicações curativas, já existem drogas que atuam no cérebro tentando bloquear sua evolução, podendo, em alguns casos, manter o quadro clínico estabilizado por um tempo maior.

A Doença de Alzheimer afeta cada pessoa de diferentes maneiras: em princípio, o impacto da doença sobre o sistema familiar pode ter maior ou menor grau, dependendo da percepção do cuidador quanto aos déficits apresentados pelo portador. Por exemplo: mudanças cognitivas (memória, atenção, linguagem, etc.), funcionais (declínio na execução das atividades diárias) ou comportamentais (agitação, agressividade, etc.), e de como e em que proporção estes déficits estão interferindo no cotidiano do portador.

Os sintomas podem ser mais bem entendidos no contexto dos estágios de seu desenvolvimento:

Estágio Inicial: o estágio inicial da doença é freqüentemente negligenciado e incorretamente considerado como “processo normal do envelhecimento”. Como o desenvolvimento da doença é gradual, fica difícil identificar exatamente o seu início. Neste estágio, a pessoa pode apresentar dificuldades com linguagem, desorientação de tempo e espaço, dificuldades para tomar decisões, dificuldades para lembrar fatos recentes, perda de iniciativa e motivação, sinais de depressão, perda de interesse nos hobbies e outras atividades.

Estágio Intermediário: com o progresso da doença, os problemas se tornam mais evidentes e restritivos. Há dificuldades com as atividades do dia-a-dia, além de esquecimento de fatos recentes e nomes das pessoas; maior dificuldade em administrar a casa ou negócios; necessita assistência na higiene pessoal; maior dificuldade na comunicação verbal; apresentar problemas de vagância (andar sem parar) e alterações de humor e de comportamento como agitação, agressividade, que pode ser física e/ou verbal), delírios (acreditar que está sendo roubado, que é traído pelo cônjuge, etc.), apatia, depressão, ansiedade, desinibição (despir-se em público, indiscrições sexuais, linguagem maliciosa, etc.).

Estágio Avançado: a dependência se torna mais severa, os distúrbios de memória são mais acentuados e o aspecto físico da doença se torna mais aparente. O portador pode apresentar dificuldades para alimentar-se de forma independente, não reconhecer familiares, amigos e objetos conhecidos, dificuldade em entender o que acontece ao seu redor, dificuldade de locomoção, incontinência urinaria e fecal, comportamento inadequados em público, agressividade e agitação.

A fisioterapia deve ser realizada em todas as fases da doença de Alzheimer, objetivando manter o indivíduo o mais ativo e mais independente possível, seja no domicílio, seja em centros de reabilitação. As atividades terapêuticas propostas devem assegurar que o paciente permaneça seguro, independente e capaz de realizar atividades da vida diária e atividades da vida diária instrumental pelo máximo de tempo que for possível.


O importante déficit cognitivo presente na Doença de Alzheimer requer do fisioterapeuta a adoção de algumas estratégias, como dar ordens simples, certificando-se de que o paciente entendeu o objetivo da tarefa. A organização das tarefas numa seqüência melhora o desempenho das atividades e mantém um nível adequado de alerta para o desenvolvimento do aprendizado.

Uma grande prioridade deve ser atribuída à promoção da saúde por meio da prevenção de complicações, orientando tanto o paciente quanto os familiares e cuidadores sobre as predisposições da patologia no indivíduo portador. Indivíduoshttp://www.blogger.com/img/blank.gif com déficits cognitivos necessitam de constantes comandos e incentivos verbais pelos cuidadores. O processo de reabilitação também inclui a realização de modificações ambientais necessárias para a segurança do paciente, de modo que possa viver um ambiente o mais aberto possível.

O fisioterapeuta tem um papel muito importante na manutenção e/ou na melhora do desempenho funcional, social e cognitivo do indivíduo portador da doença de Alzheimer, contribuindo diretamente na qualidade de vida destes indivíduos.
Efeito Neuroprotetor da Atividade Física na Doença de Alzheimer

O número de idosos vem crescendo de forma rápida no Brasil. Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o número de idosos no país passou de 10,72 milhões em 1991, para 14,53 milhões em 2000, e que as pessoas com 60 anos ou mais representam hoje 8,6% da população. Até 2025, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de idosos no Brasil será 15 vezes maior que o atual, enquanto a população total terá crescido cinco vezes. 5

Esse aumento significativo do número de idosos no país, em período relativamente curto, é um dos mais acelerados processos de envelhecimento populacional do mundo. Existe uma tendência mundial de envelhecimento da população, resultante da combinação do aumento da expectativa de vida com a queda da natalidade. No Brasil, atualmente, a população vive em média 68,9 anos – 2,5 anos a mais do que no início da década de 1990. Entretanto, o governo brasileiro ainda não foi capaz de aplicar estratégias efetivas para a prevenção e o tratamento das doenças associadas com a velhice. 3

As infecções são as principais causas de morbidade em idosos, pois com o envelhecimento ocorrem mudanças funcionais nas células do sistema imune. Células ainda com funções normais, ao serem ativadas por antígenos, liberam grande quantidade de citocinas, moléculas protéicas que ativam outras células, entre elas os linfócitos B. Com isso, estes se diferenciam e produzem grande número de anticorpos (proteínas que neutralizam elementos estranhos ou os ‘marcam’ para que sejam destruídos). Em uma pessoa idosa ocorre geralmente um declínio dessas funções: menos linfócitos T são ativados e é menor o volume liberado de citocinas que ativam menos linfócitos B e levam à produção de poucos anticorpos, favorecendo assim o processo infeccioso. 2, 5.

Freqüentemente, os idosos acometidos por infecção apresentam episódios de delírio, o qual pode ser definido como a alteração do juízo de realidade. O termo "delírio" refere-se a alteração do juízo não decorrente de uma perturbação da inteligência e nem secundário a um estado de consciência momentaneamente alterado, quando existe um distúrbio da consciência produzindo uma alteração de juízo, chamamos, então, de "delirium". Os indivíduos acometidos tanto de delirium como de delírio têm alterações do pensamento no que se refere à compreensão dos fatos. Estas alterações terminam por comprometer a interação com outras pessoas. 11

Os episódios de delírios podem levar à demência, a qual afetam cerca de 50% das pessoas com 80 anos ou mais e os números brasileiros a ele relacionados são significativos. Considera-se a demência o estado progressivo de perda da capacidade intelectual, crônica e definitiva, que incide sobre o humor, afetividade, atividade psicomotora e comportamento, acompanhado por perturbações somáticas, que assinalam a deterioração orgânica concomitante. Eventualmente, causa perda das habilidades para uma vivência independente e das coisas que envolvem o dia-a-dia. Há um prejuízo progressivo das funções mentais e cognitivas como um todo. 13

O documento intitulado “Saúde do Idoso” do Ministério da Saúde estima que em números absolutos, há hoje no Brasil cerca de 450 a 600 mil idosos dementes, cerca de 15 a 20 mil mortes como conseqüência da doença de Alzheimer a cada ano e 115 mil hospitalizações registradas num único ano como conseqüência de demência (dados estatísticos do Sistema Nacional de Saúde de 1996).

A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa, na qual as células áreas específicas do cérebro, como o hipotálamo, começam a morrer formando cicatrizes neuro-fibrilares dentro de neurônios, bem como de placas neuríticas, de proteínas beta-amilóide no espaço extracelular, produzindo as placas senis. Na medida em que as células morrem e são formadas essas placas, o cérebro tem crescente perda funcional. 12

A ativação das células da microglia ocorre no cérebro dos doentes de Alzheimer depois da célula amilóide se acumular em depósitos em forma de placas. Estas células, chamadas glias tem a função de remover os fragmentos celulares gerados pela morte ou degeneração dos neurônios. 14

As áreas do cérebro afetadas por estas mudanças degenerativas são aquelas que controlam as funções da memória, concentração e raciocínio. Outras funções cerebrais, como os movimentos, não costumam serem afetadas até que o doente se encontre em um estágio bem avançado da patologia. Ocorre atrofia de todo o cérebro, principalmente, nos lobos frontais e no hipocampo. Em relação a atividade elétrica e transmissão química entre as células cerebrais, ocorre diminuição de neurotransmissores, notadamente a acetilcolina.9

Inicialmente a DA caracteriza-se por pequenos esquecimentos, normalmente aceito pelos familiares como parte normal do envelhecimento, mas que vão agravando-se gradualmente. Os idosos tornam-se confusos, e por vezes, ficam agressivos, passam a apresentar distúrbios de comportamento e terminam por não reconhecer os próprios familiares. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes dos familiares e cuidadores, quando precisam de ajuda para se locomover, têm dificuldades para se comunicarem, e passam a necessitar de supervisão integral para suas atividades comuns de vida diária (AVD), até mesmo as mais elementares, tais como alimentação, higiene, vestir-se. 4, 10

A partir da análise desses fatos, deve ser utilizado o exame do estado mental (MMSE) que é a parte da entrevista psiquiátrica que se dedica a elucidação sistemática de sinais e sintomas patológicos importantes para a formulação diagnóstica. As informações são coletadas a partir da entrevista psiquiátrica, através da observação do médico e pelo relato do paciente, e através do relato de familiares e outros informantes. O exame do estado mental deve fazer parte do exame clínico do paciente, independente da sua morbidade. É essencial não só para o diagnóstico de possíveis transtornos psiquiátricos, como também pode oferecer indícios importantes de transtornos neurológicos, metabólicos, intoxicações, efeitos de drogas sobre o funcionamento mental e o comportamento. 11

Diante dos mecanismos relacionados ao desencadear da doença existe a tentativa de evitar seu aparecimento, retardá-la ou, pelo menos, minimizar os danos provocados pelo desenvolvimento da demência. Na busca pelo sucesso dessas tentativas, vários grupos de pesquisadores têm demonstrado que algumas medidas simples como exercício físico e uma dieta alimentar, com baixa ingestão calórica, são capazes de retardar o aparecimento de sintomas da doença, sua progressão ou quem sabe, de certa forma, até mesmo evitá-la. 7

Pesquisas recentes, tem elucidado a importância da atividade física regular como agente neuroprotetor contra desordens neurodegenerativas do sistema nervoso central (SNC). O portador da DA apresenta como conseqüência da perda progressiva da memória motora a ineficácia na mobilidade voluntária, o que acarreta em inatividade física, diminuindo assim a síntese dos fatores de crescimento neuronais como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). 1

Objetivo

Demonstrar o efeito neuroprotetor da atividade física regular na Doença de Alzheimer.



Metodologia

Foi realizada uma revisão bibliográfica, no período de 02 a 10 de outubro de 2006, nas universidades Federal do Pará e da Amazônia, e na biblioteca virtual, onde foram coletados artigos científicos na base de dados LILACS, BIREME, MEDLINE e SCIELLO, por meio das palavras-chaves: Doença de Alzheimer, BDNF, Exercício Físico, e Fatores Neuroprotetores.



Discussão

Estima-se que haverá cerca de 32 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais, o que significará uma proporção de 15% de idosos na população. Em outras palavras, o Brasil será brevemente um país de idosos, e com isso maior número de demência, e este quadro é observado na DA.5

O BDNF é uma neurotrofina, responsável pela estimulação do processo de regeneração neural em diversas áreas cerebrais, agindo como mediador da eficácia sináptica, aumentado a conectividade entre os neurônios, favorecendo a neuroplasticidade. 3

O exercício físico aumenta a circulação sangüínea cerebral, favorecendo a síntese de BDNF, aumentando seus níveis, estimulando assim, a neurogênese, o aumento da resistência aos insultos cerebrais e melhoria no aprendizado e na performance mental. 3

O estilo de vida das pessoas, incluindo sua atividade física, tem uma relação direta com o desenvolvimento da doença. Os exercícios diários podem inibir as mudanças cerebrais causadas pelo mal, sendo que a atividade permanente aumenta a capacidade de aprendizagem e reduz a formação de placas de proteína beta-amilóide no cérebro - relacionadas ao Alzheimer. 7

A atividade física, no entanto, é capaz de ir além da promoção de bem estar. Devido a neuroproteção promovida pela atividade física no desenvolvimento da demência, por meio de atividades passivas e intelectuais, principalmente as deste último tipo, tem uma forte associação atuando como fator de proteção para o desenvolvimento precoce de demência. 8

As contribuições da atividade física são perda de peso, introdução de dieta adequada, pelo aumento do consumo de antioxidantes e diminuição da ingestão de gorduras, além do condicionamento do sistema cardiovascular.

Aliada à prática de exercícios, a introdução de uma dieta adequada também demonstrou efeitos protetores sobre o sistema nervoso central. Uma dieta restritiva com baixa ingestão de calorias pode aumentar a resistência de neurônios a disfunção e morte em modelos experimentais das doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington. O mecanismo subjacente do efeito benéfico da restrição da dieta envolve a estimulação de proteínas de estresse e a produção de maiores quantidades de fatores neurotróficos 6



Conclusão

Considerando o declínio cognitivo crescente na Doença de Alzheimer, achou-se viável investigar a possível ação neuroprotetora da atividade física regular em pacientes com dementes, reduzindo assim os episódios de infecção e, conseqüentemente o percentual de internações e óbitos, retardando os prejuízos cognitivos desses pacientes.



Referências Bibliográficas

1. ANNUNCIATO, N. F. Participação dos Fatores Neurotróficos na Regeneração do Sistema Nervoso. 1995, V.4, n. 23, p. 30 – 38.

2. BAUER, M.E. Imunossenescência: Alterações das defesas do corpo no envelhecimento. Revista Ciência Hoje vol. 33 • nº 198, pág 32-37 outubro 2003

3. BERCHTOLD, N.C.; COTMAN, C.W. Exercise: a behavioral intervention to enhance brain health and plasticity. Trends in Neuroscience. Vol 25 Nº 6 pag: 295-301. 2002

4. CASTRO, R.P.; CAMMARANO, R. Caderno UniABC de Fisioterapia. Pg. 65-75. Publicado em: 20/03/2000.

5. CHAIMOWICZ F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública 31:184-200, 1997.

6. FRIEDLAND, R.P.et al. Patients with Alzheimer's disease have reduced activities in midlife compared with healthy control-group members. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 98, 3440-3445. 2001

7. LENT, R. Cem bilhões de neurônios – conceitos fundamentais da neurociência. São Paulo: Editora Atheneu. 2002

8. MATTSON, M.P. Neuroprotective signaling and the aging brain: take away my food and let me run . Brain Res., 886, 47-53. 2000.

9. MASTERMAN, D.; SALLES D. Archives of Neurology: Motor, cognitive and behavioral performance. Pg. 1201. 1998.

10. O que é Alzheimer? Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia. Acesso em: 04 julho 2005.

11. RAMOS, Luiz Roberto; MONTAÑO, Maria Beatriz. Revista Brasileira de Medihttp://www.blogger.com/img/blank.gifcina: Como Diagnosticar e Tratar Doença de Alzheimer. Ed dez 2001, vol 58, n 12. Pág 33- 39.

12. ROWLAND, P.L. Merriet Tratado de Neurologia. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

13. SILBERMAN, C.; MARINHO. Revista Brasileira de Neurologia: Demência e doença de Alzheimer. Pg.22, 2002

14. SOUZA, C.B.; DURIGON, O.S. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo. Vol. 8. n.2, pg. 105-106. Publicado em:08/01
Infecção urinária na gravidez

infecção urinária é uma das complicações mais comuns durante a gravidez, cerca de 10 a 20% das gestantes apresentam este problema. É preciso ficar atenta ao primeiro trimestre da gestação, período em que sintomas dessa alteração aparecem.

A Infecção urinária ocorre por causa da presença de glicose na urina da mulher grávida, que aumenta devido às alterações hormonais. Isso faz com que a uretra se torne um ambiente propício à proliferação de bactérias.

Outra complicação é que o hormônio progesterona relaxa os músculos da uretra, diminuindo a velocidade do fluxo da urina dos rins para a bexiga, isso aumenta os fatores favoráveis à proliferação de bactérias.

Os sintomas dos casos mais graves de infecção urinária são náuseas, vômitos, febre, urina turva com odor, calafrios e uma dor intensa na região dos rins.

É praciso saber que toxinas liberadas pelas bactérias do tipo mais grave de infecção urinária (nos rins) podem causar contrações do útero, levando ao trabalho de parto prematuro, abortamentos, hipertensão arterial, morte do bebê e até mesmo da mãe quando a infecção se torna severa e generalizada.

A infecção urinária durante a gravidez pode ser evitada com o pré-natal, essencial para que se tenha uma gestação saudável. Os médicos pedem exames de urina de três em três meses, diagnosticando a infecção urinária o mais precoce possível.

No dia a dia, algumas ações podem ser tomadas na intenção de prevenir a infecção urinária. Beber de 1 a 2 litros de água durante o dia é uma delas. Outra recomendação é ir ao banheiro com freqüência, não segurando o xixi quando a vontade vier, principalmente depois das relações sexuais.

É fundamental lembrar-sede cuidar da higiene pessoal, passando o papel higiênico de frente para trás.

O tratamento da infecção urinária pode ser feito com antibióticos indicados pelo médico para que não afete o desenvolvimento do bebê.
Exercícios físicos que melhoram capacidade respiratória para idosos.

Na terceira idade, é comum a redução da capacidade respiratória dos pulmões. O organismo enfraquecido por causa do envelhecimento, poluição, sedentarismo e tabagismo são fatores que podem facilitar a contração de algumas doenças pulmonares , como pneumonia, enfisema e bronquite crônica, responsáveis por 10% das internações de idosos do estado de São Paulo.
Uma forma de prevenir a menor incidência de contração de doenças respiratórias é a introdução de atividades fisicas na vida do idoso. Segundo Dr. Benjamin Apter, especialista em Medicina Esportiva e diretor da Academia B-Active, programas bem elaborados respeitando a fisiologia do idoso e a sua individualidade são capazes de melhorar a função respiratória.
A B-Active, academia especializada em Medicina Esportiva, possui atendimento especializado para a terceira idade, com atividades de baixo impacto, que evitam lesões causadas por treinamentos inadequados e melhoram a capacidade respiratória do indivíduo. Os programas são desenvolvidos e coordenados por médicos nutricionistas, fisioterapeutas e professores de educação física pós-graduados em fisiologia do exercício.
Com a melhora da capacidade pulmonar, o idoso pode manter a rotina com qualidade de vida. Atividades do dia-a-dia, como subir escadas ou caminhar pelo bairro, podem ser executadas com maior conforto.
Além de atividade física com acompanhamento profissional, é necessário agregar alimentação adequada, tomar vacinação contra gripe, evitar o fumo e manter as áreas comuns ventiladas para evitar a contração de doenças pulmonares.