CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME SE EXERCITAM

 

Tratamento faz parte de um programa de extensão da UFU. Doença é hereditária, mas exercícios certos garantem qualidade de vida.

Crianças com anemia falciforme participam de um programa de extensão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Duas vezes por semana elas fazem atividades acompanhadas por alunos dos cursos de Fisioterapia e Educação Física. A doença é hereditária, mas com o tratamento certo os resultados são notáveis na qualidade de vida.
Para algumas crianças que participam do programa tudo parece brincadeira, mas é cuidado com a saúde. "Eu gosto, pois é muito legal a gente na piscina, fazendo alongamento, aprendendo as atividades, também fazendo alguns testes", disse Laura dos Santos Martins, de 10 anos.
A professora da UFU, Célia Regina Lopes, explicou que a doença compromete a saúde das crianças. "Nas crianças temos comprometimento mais frequente pelo calibre reduzido dos vasos. Isso pode trazer embolias periféricas, pulmonares, cerebral e dores articulares importantes", disse.
Além disso, segundo especialistas, existe o traço falciforme, que é uma herança genética que pode estar presente nos pais, sem manifestação clínica. No entanto, isso não impede que os filhos apresentem a doença como é o caso de Gheisseler Pereira dos Santos. Ela e o marido têm o traço, a filha tem a doença e participa do programa desde o início. "A minha filha apresentava muitas doenças, estava constantemente em hospitais internada. A partir do momento que ela começou a participar do projeto a resistência física e a qualidade de vida dela melhorou muito", ressaltou Santos.
A estudante de Educação Física, Letícia Baioco, disse que exercícios ajudam no desenvolvimento físico das crianças. "Além das atividades aquáticas, há exercícios aeróbicos como alongamento, corrida, entre outras atividades para melhorar a circulação e o fortalecimento muscular das crianças", salientou.
As crianças do projeto da UFU foram encaminhadas pelo Hemominas, mas outras que têm a doença também podem participar do programa. Já no caso de adultos é preciso ter demanda para que as turmas sejam iniciadas. Mais informações podem ser obtidas pelo (34) 3239-4861.

Fonte: Fisioterapia.Com

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