CUIDADO COM A DOR DE COTOVELO

 

Problema pode ser epicondilite lateral, condição associada principalmente a trabalhos braçais.

Se a dor de cotovelo não passa, o sintoma pode estar relacionado à epicondilite lateral, um dos problemas mais comuns nessa região do corpo. O incômodo atinge a face lateral do cotovelo e em casos mais agudos prejudica a movimentação do braço e dificulta a realização de tarefas simples, como escovar os dentes ou abrir uma porta.
Apesar de também ser conhecida como "tendinite do tenista", a enfermidade acomete mais a população em geral, sobretudo trabalhadores braçais, do que os esportistas. Segundo o médico ortopedista do Hospital VITA Curitiba Fabio Martynetz, o termo se popularizou na época em que as raquetes de tênis ainda eram bastante pesadas e, associadas aos movimentos repetitivos de força, acabavam desencadeando a patologia. "Hoje os tenistas são os que menos sofrem com a epicondilite lateral e os que mais se previnem", acrescenta.
O ortopedista explica que a lesão geralmente deriva de atividades de repetição que envolvem o movimento de força e preensão do punho e dos dedos, como martelar, serrar, operar uma máquina e até digitar em excesso, além de exercícios esportivos. Pessoas que apresentam o problema e dormem com a mão fechada podem piorar a condição.
A primeira abordagem no tratamento da epicondilite lateral, segundo Martynetz, deve ser conservadora, com a identificação da causa, a suspensão da ação desencadeante do estresse físico, repouso, fisioterapia para o fortalecimento da região e medicação para controle da dor. "Em 90% dos casos, essas medidas são suficientes para resolver o problema, porém para os outros que não se solucionam existe a artroscopia de cotovelo", esclarece o médico, que realiza o procedimento há mais de cinco anos, com diversos trabalhos apresentados e recentemente participou como convidado durante curso promovido pela Mayo Clinic, localizada em Rochester, nos Estado Unidos, abordando técnicas de segurança e novidades na realização do procedimento.
A artroscopia consiste em uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, que possibilita a avaliação detalhada e precisa das estruturas tendinosas, ósseas, cartilaginosas, ligamentares e nervosas do cotovelo. Durante a artroscopia de cotovelo, são realizadas duas pequenas incisões na articulação a ser tratada, uma utilizada para a colocação do endoscópio (aparelho com uma microcâmera) e outra para a introdução dos instrumentos necessários para a cirurgia. Por ser um procedimento delicado e trabalhoso, ainda é pouco difundido no Brasil, apesar das vantagens que oferece tanto no tratamento quanto na recuperação do paciente, que pode voltar rapidamente às suas atividades cotidianas.
Sintomas mais comuns
· Dor na faixa lateral do cotovelo que se irradia até o punho;
· Sensação de dor que se agrava com as atividades físicas;
· Nos casos mais graves, perda de força no braço e dificuldade para realizar ações simples como escovar os dentes, carregar uma pasta e pentear o cabelo.
Para prevenir
· Identificar os fatores presentes no cotidiano que podem levar ao problema;
· Realizar alongamentos prévios antes dos exercícios e também do trabalho, sobretudo aqueles que realizam movimentos repetitivos de preensão;
· Trabalhar em condições ergonômicas;
· Fazer pausas regulares;
· Em caso de suspeita, procurar ajuda médica antes que o problema se torne crônico.

Fonte: Central Press

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