Dor… quem não tem?

 

Pode ser de cabeça, articular, muscular, tensional, ligada ou não à prática de atividade física, leve, contínua, em forma de queimação, de facada, constante ou temporária, mas não há quem não a conheça. Dados da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), juntamente à International Association for the Study of Pain (IASP), apontam que a dor afeta ao menos 30% dos indivíduos no planeta. E entre 10% e 40% dessas pessoas sentem dor por um período que ultrapassa 24 horas. Nos Estados Unidos, esses números representam aproximadamente 86 milhões de americanos. Destes, 75% apresentam incapacidade total ou parcial. No Brasil, estima-se que 50 milhões de pessoas sofram com dores crônicas.

Ainda de acordo com o IASP, a dor pode ser descrita como uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano presente ou potencial”. Ela também é apontada como a principal causa de afastamento do trabalho na sociedade moderna. E, claro, por todos esses motivos bem que gostaríamos de ficar longe dela. Evitá-la ou escapar para sempre de suas temíveis consequências. Como isso não é possível, melhor aceitarmos a ideia de que, na maioria das vezes a dor é algo positivo, já que ela existe para sinalizar que alguma coisa está errada e que o organismo deve se preparar para reagir.

O corpo possui diversos receptores de dor espalhados por todas as regiões. Esses receptores têm a função de transportar as informações relacionadas à dor até a medula espinhal, através de impulsos elétricos e, posteriormente, ao cérebro. Geralmente quando essas informações chegam à medula, provocam imediatamente uma resposta reflexa, gerando um sinal de fuga ou retirada. Quando o cérebro recebe esse sinal ocorre o processamento e a interpretação dessas informações e a pessoa se conscientiza da dor.

A dor aguda preocupa, mas serve principalmente para alertar que alguma coisa não vai bem. A dor crônica, aquela que permanece por muito tempo, provoca limitações e incapacidades que interferem na qualidade de vida, saúde e bem-estar das pessoas. A dor deixa de ser aguda e passa a ser crônica quando perde a função biológica de alertar. Não há consenso científico sobre o período de duração que determine a cronicidade. Alguns autores afirmam que ela começa após 15 dias consecutivos da sensação, enquanto outros usam o prazo de três meses, ou até seis meses.

O que precisamos aprender é que uma dor, aguda ou crônica, jamais deve ser ignorada. É importante dar atenção imediata a esse processo para que a causa seja identificada o mais rápido possível, tratada e eliminada. Se entendermos a forma como o nosso corpo se comunica, estaremos preparados para ajudá-lo a permanecer saudável.

Fonte: carolina v.r. d'aurea, dor

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