A esclerose múltipla (EM) ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas (pessoas com genótipo caucasiano).
Este tipo de patologia leva a uma destruição das bainhas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebro pertencentes ao Sistema Nervoso Central ou SNC).
Esta doença causa uma piora do estado geral do paciente: fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em partes do corpo.
Em alguns casos a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência sexual.
Nos estágios mais graves da doença, pode ocorrer um comprometimento respiratório. Isto pode acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez, para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral.
Sinais e sintomas
MAIS COMUNS:
– Fadiga: 88% – Fraqueza muscular – Parestesia: 60% – Deambulação instável: 87% – Diplopia: 58% – Tremores: 41% – Disfunção vesical/intestinal: 65% – Problemas cognitivos
MENOS COMUNS: – Hemiplegia – Neuralgia do trigêmeo – Paralisia facial – Ataxia
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO: • EM recidivante-remissiva: recidivas, recuperação e estabilidade. • Progressiva primária: deterioração contínua, progressão constante, não interrompidas por recorrências definidas. • Progressiva secundária: recidiva e remissão, seguida de progressão com ou sem recaídas ocasionais, discreta remissão ou platô. • Progressiva recidivante: progressiva desde o início, com recorrências claras, que podem regredir ou não
FATORES DE EXACERBAÇÃO: • Fadiga excessiva • Trauma • Aumento da To: – Interna à febre – Externa à banho quente ou To climática elevada
DIAGNÓSTICO • Pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico com idade entre 10 e 59 • Evidências em lesões no SNC: RM
MEDICAMENTOS • Redução na taxa de recorrência: – Avonex (interferon beta 1a) – Betaferon (interferon beta 1b) – Copaxone (acetato de glatiramer)
AVALIAÇÃO DA FISIOTERAPIA: • Força • Tônus • ADM • Equilíbrio • Coordenação • Marcha • Fadiga/resistência • Condição cardiovascular e respiratória • Mobilidade no leito/locomoção • Deficiência intestinal/vesical/sexual • Deglutição • Fala • Condição visual • Sensibilidade • AVD • Cognição
TRATAMENTO:
Problema | Objetivo | Plano |
Fraqueza | Fortalecimento | Exercícios conforme protocolo, Kabat |
Espasticidade | Adequação do tono | Alongamento, crioterapia, TENS. |
Sensibilidade diminuída | Estimular percepção sensorial | Estimulação sensorial (Rood) |
Dor | Suprimir a fonte de dor | TENS, terapia manual |
Fadiga | Aumentar e conservar a energia | Exercícios conforme protocolo |
Equilíbrio | Aumentar equilíbrio | Pranchas, bolas suíças, rolos |
Coordenação | Estimular o controle | Exercícios de Frenkel, Kabat |
Deambulação/ transferências | Mobilidade segura e eficiente | Reforçar os itens anteriores e treino de marcha |
Programa de fortalecimento: 1. Alongamentos 2. Exercícios à resistência submáxima 3. Intervalo de 1 a 5 minutos 4. Início: 8-10 repetições 5. Cada 2-3 semanas aumentar 1-2 repetições até 20-25. 6. Depois disso acrescentar ½ a 1 kg e as repetições reduzidas a 8-10 7. Temperatura ambiental baixa
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