EXERCÍCIOS PENDULARES DE CODMAN. SAIBA COMO FAZER...

 

Parece um exercício simples, mas faz a grande diferença. Saiba a importância e a maneira correta de se fazer.

Ernest Amory Codman, (1869 - 1940) foi um cirurgião norte americano que fez importantes contribuições em seis diferentes campos da medicina (anestesiologia, radiologia, cirurgia de úlcera duodenal, oncologia ortopédica, cirurgia do ombro, e também no estudo de desfechos clínicos – mais tarde seria considerado um dos pais da medicina baseada em evidências).


Em 1934, ele propôs um tipo especial de mobilização do ombro, especialmente recomendada após o reparo do manguito rotador. Os exercícios de Codman, ou exercícios de pêndulo, como também são conhecidos, consistem basicamente na realização de uma automobilização por meio de movimentos circulares e pendulares com o braço, obtidos com movimentos suaves do tronco, sem a contração de qualquer músculo do ombro.
Segundo o livro “Exercícios Terapêuticos, fundamentos e técnicas” (Kisner e Colby), estes exercícios ajudam a aliviar a dor através de movimentações oscilatórias com leve tração e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e líquido sinovial. A ênfase do exercício está em manter o ombro e o braço o mais relaxados possível. Neste sentido, existe uma discordância entre os profissionais quanto ao uso de pesos durante a execução deste exercício. Alguns argumentam que para relaxar bem, o paciente não deveria segurar nenhum peso, enquanto outros defendem que o peso ajudaria no alongamento e tração da glenohumeral... ambos os lados têm bons argumentos, e ainda não há estudos definitivos sobre o assunto.
Os exercícios pendulares de Codman são uma forma simples e custo eficaz para diminuir a dor e restaurar a amplitude de movimento do ombro após uma lesão ou cirurgia. Estes exercícios incorporam três padrões distintos de movimento do ombro: circundução, flexão e extensão (para frente e para trás) e abdução horizontal (de um lado para o outro).
Os exercícios pendulares geralmente são executadas usando apenas o peso de seu braço. Para aqueles que defendem a idéia de se utilizar pesos, a recomendação é que a carga seja introduzida gradualmente e que não exceda 2Kg (aprendi esta recomendação em um simpósio há muito tempo atrás, e não encontrei na literatura alguma justificativa para este limite).
O grande erro na execução desta técnica está em não orientar o paciente a iniciar o movimento pelo corpo. O paciente deve deixar o braço afetado solto, com os músculos do pescoço, ombro e cintura escapular o mais relaxados possível. Ele deve evitar ao máximo contrair os músculos desta região. O movimento do braço deve ser conseguido a partir do deslocamento do corpo (e não ativamente pelo próprio braço). Este é o detalhe mais importante do exercício, e onde a maioria das pessoas erra!

Fonte: Kisner e Colby

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