A fisioterapia respiratória surgiu em 1901, quando se relatou o benefício da
drenagem postural no tratamento da bronquiectasia. Nessa época, a tomada de
decisão na clínica diária baseava-se em estudos científicos em sua maioria
realizados com métodos rudimentares, no conhecimento fisiopatológico das
doenças, em experiências pessoais e em informações obtidas através de livros
e opiniões de professores ou peritos.
Esse modus operandi certamente não responde às necessidades do profissional
de saúde de hoje em dia. Seja para aqueles que seguem explicitamente os
"paradigmas" da medicina baseada em evidências, seja para os que
atuam de maneira diversa, a pesquisa evoluiu e a informação científica
cresceu nos últimos anos de forma tal que o médico, fisioterapeuta ou outro
profissional da área, necessita de uma postura crítica e atualizada no que
diz respeito às intervenções que utiliza.
A fisioterapia respiratória tem como objetivo a remoção de secreções das vias
aéreas, reduzindo a obstrução brônquica e a resistência das vias aéreas,
facilitando as trocas gasosas e reduzindo o trabalho respiratório. Em
afecções agudas, visa a encurtar o período de doença ou de repercussão
funcional. Em processos crônicos, visa a retardar sua progressão ou mantê-los
estacionados.
O tratamento do empiema pleural, segundo os livros-texto de Pediatria e de
Pneumologia Pediátrica, consiste em medidas de suporte, antibioticoterapia
voltada para os germes prevalentes e drenagem pleural. Não há, no entanto,
recomendações para o uso de fisioterapia respiratória. Uma revisão recente
sobre fisioterapia respiratória em pediatria não incluiu o empiema como
indicação. Todavia, verifica-se na prática diária que grande parte das
crianças e adolescentes com a afecção utilizam este recurso. Com base nestas
observações, os autores efetuaram uma revisão sistemática da literatura sobre
a eficácia da fisioterapia respiratória no empiema pleural.
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Como surgiu a Fisioterapia Pneumofuncional
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