Importância da inspirometria de incentivo antes e após os procedimentos cirúrgicos


Importância da inspirometria de incentivo antes e após os procedimentos cirúrgicos
As complicações respiratórias pós-operatórias (CRP) são temidas pelo corpo clinico envolvido diretamente com o paciente que será submetido a qualquer procedimento cirúrgico. Essa é uma preocupação que surge desde o período que antecede o procedimento até 30 dias depois da cirurgia.
As complicações pulmonares pós-operatórias aumentam o período de internação, elevam os custos previstos e contribuem de forma significativa para a mortalidade especialmente para as toracotomias (cirurgias no tórax) e laparotomias superiores (cirurgias abdominais). Recentes estudos relataram a incidência das CRP, a saber: 10% a 40% para as toracotomias, 13% a 33% para as laparotomias superiores e 0 a 16% para as laparotomias inferiores. Vários fatores estão associados com o surgimento destas complicações: a proximidade do procedimento com os pulmões, o tipo e o tempo de anestesia e a dor pós-operatória, entre outros fatores.
Um fator que tem sido muito observado é a força da musculatura respiratória. Sabe-se que a disfunção dos músculos respiratórios (fraqueza) prévia ao ato cirúrgico pode retardar o período de restabelecimento esperado para as alterações fisiopatológicas, favorecendo o aparecimento das CRP, especialmente quando as incisões se aproximam do músculo diafragma. Vale enfatizar que o pico da disfunção diafragmática pós-operatória ocorre 2 a 8 horas após a cirurgia e o retorno aos valores pré-cirúrgicos podem demorar de 7 a 10 dias.
Por esses motivos, as grandes equipes preparam seus pacientes para as intervenções cirúrgicas. Quando se trata de procedimentos como: cirurgias torácicas, cardíacas, abdominais, principalmente transplantes de pulmão e coração, o preparo é exigência da equipe para diminuir as chances de complicações no pós-operatório. Equipes que não se preparam bem, ou melhor, que não preparam bem seus pacientes, muitas vezes tem bom êxito do procedimento realizado, mas os pacientes ficam sem condições respiratórias para terem alta, justamente por evoluírem com alterações pulmonares secundárias ao procedimento cirúrgico.
A fisioterapia acontece desde o preparo para a cirurgia até a reabilitação pós-alta hospitalar. Os exercícios respiratórios têm objetivos diferentes (expansão pulmonar, melhora da oxigenação, fortalecimento dos músculos respiratórios, adequação do padrão respiratório, higiene brônquica), porém todos visam a melhora da performance do paciente e a prevenção do surgimento de complicações.
Existem exercitadores respiratórios que podem ser utilizados com muita segurança em todo esse processo. Aqui no Brasil, temos o Respiron Easy e o Classic. Ambos são inspirômetros de incentivo orientados a fluxo, permitem ajuste gradual da dificuldade do exercício acompanhando a melhora do paciente e ajustando-se as necessidades de cada individuo. Antes do procedimento cirúrgico promovem benefícios como: manutenção dos volumes e capacidades pulmonares e fortalecimento da musculatura respiratória principalmente a musculatura inspiratória.
No pós-operatório, o padrão respiratório tende a ficar alterado devido: efeito residual anestésico, manipulação cirúrgica, colocação de drenos, incisões e o próprio quadro de dor. Para quem oferece assistência logo no pós-operatório imediato a esses pacientes, é nítida a diferença daquele que fez um preparo e daquele que não fez. Nesse momento também é possível usar os inspirômetros de incentivo. Não só objetivando reexpansão pulmonar, mas higiene brônquica, com o uso de dispositivos que utilizam oscilação oral de alta frequência, como o Shaker que mobiliza as secreções pulmonares tornando a higiene brônquica mais eficiente, principalmente quando o quadro álgico não está bem controlado e o paciente não tolera nenhum estímulo manual, como as manobras de higiene brônquica.
Após a alta hospitalar esses pacientes devem seguir realizando fisioterapia respiratória, pois estima-se que as complicações pulmonares pós-operatórias podem surgir até 30° depois da cirurgia. Mais uma vez, vale ressaltar a importâncias dos inspirômetros, pois podem ser realizadas em casa, várias vezes por dia, alternando com os demais exercícios respiratórios, tendo a vantagem do estimulo visual fornecido por esses aparelhos e o excelente custo benefício.
NCS do Brasil
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