FISIOTERAPIA E TECNOLOGIA ALIADAS



Para melhorar o desempenho de corredores, muitos profissionais estão aliando a Fisioterapia e a tecnologia
Como numa grande máquina, na qual todas as peças estão interligadas, os ossos, músculos e articulações que formam nosso esqueleto trabalham juntos para nos colocar em movimento. Durante o exercício de corrida, todo esse sistema é posto para funcionar e, se uma simples peça estiver fora do lugar, todo o resto fica comprometido, favorecendo a incidência de dores e lesões. Através da análise de corrida, conhecimentos da fisioterapia, aliados à tecnologia de ponta, podem ajudar identificar as falhas e apontar as soluções para funcionamento correto do corpo no exercício.

O procedimento consiste na simulação de situações recorrentes na corrida, cuidadosamente observada pelo fisioterapeuta, que, com ajuda de modernos equipamentos, pode identificar os comportamentos que geram transtornos ao corpo do corredor. A partir dessa constatação, é possível aconselhar o atleta quanto ao exercício adequado para correção, o tênis ideal para o treino ou uma palmilha que minimize o problema. "Todo corredor deve fazer análise de corrida para traçar seu perfil biomecânico, seja para ter uma orientação em relação ao treino, seja para tratar uma lesão instalada", afirma o fisioterapeuta Leonardo Soares de Azevedo, pioneiro na análise de corrida em Pernambuco.

O processo começa com uma conversa com o fisioterapeuta, quando o atleta pode contar sua experiência, detalhar sua rotina de treinos e citar as lesões que já tenha sofrido. Em seguida, o profissional observa a postura do corredor em diversas posições, identificando pontos de tensão, padrões inadequados de movimento e sobrecargas nos ossos, músculos e articulações. Esses desvios podem ser os causadores das dores que afligem os adeptos da corrida de rua.

A próxima etapa é o mapeamento dos pés: o corredor marca em tinta o desenho de seus pés numa folha de papel, como um carimbo. Assim, o fisioterapia é capaz de conhecer o formato do pé e áreas de pressão. Em casos de inadequação, ele pode criar uma peça corretiva personalizada, para ser incorporada à palmilha.

Depois, o atleta começa a correr numa esteira, e o fisioterapeuta observa seu desempenho através de uma câmera de vídeo  Nessa etapa, ele pode identificar a entrada do corredor no solo, sua postura de tronco e o movimento do quadril enquanto corre, entre outros aspectos. Por fim, o atleta corre sobre o baropodômetro - uma plataforma capaz de quantificar a pressão que cada área do pé exerce sobre o solo. Pisar de maneira inadequada pode criar risco de lesões nos pés e nos joelhos.

O resultado desses testes é dado durante a orientação de corrida. Nesse momento, o fisioterapeuta transmite ao corredor os resultados de sua observação, apontando os aspectos de sua postura em repouso e em movimento que devem ser corrigidos. Nesse sentido, apresenta os exercícios físicos recomendados para resolver os problemas, e ainda identifica o tipo de tênis mais adequado para as características físicas do atleta. Se necessário, o profissional ainda elabora uma palmilha personalizada, compensando as irregularidades dos seus pés. 

Fonte: Correio 10

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