Segundo a pesquisa, essas crianças desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e têm risco duas vezes maior de sofrer morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.
A pesquisa foi feita com a urina do fumante e de alguém da família que não fuma e foi constatada a presença de nicotina também nos fumantes passivos. “O fumante passivo também corre o risco de dependência e de inflamação das mucosas. Todos os que têm tendência a desenvolver doenças como rinites e bronquites vão sofrer e ter mais problemas. Nesses casos, a mucosa já é inflamada, e com a fumaça piora muito”, explica o coordenador da pesquisa e diretor do ambulatório, João Paulo Lotufo.
Ele destacou que muitos pais alegam que fumam fora de casa para não prejudicar os filhos, mas tal cuidado não adianta, pois o cheiro do cigarro fica no corpo e nas roupas do fumante e, consequentemente, as crianças acabam aspirando. “Só o cheiro já é motivo de inflamação. Sem dúvida é melhor fumar fora, mas o ideal é parar”.
Lotufo observou que depois que São Paulo aprovou a Lei Antifumo houve diminuição dos casos de doenças cardiocirculatórias. “Infelizmente são só sete estados que têm essa lei em vigor. O Brasil ainda não é um ambiente livre de fumaça. A lei que abrange todo o país já foi aprovada, mas ainda não regulamentada. Estamos em um movimento para que ela ente em vigor o quanto antes”.
Fonte: Drauzio Varella
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