SÍNDROME DA PERNA CURTA


Um dos principais enfoques no Método Matheus de Souza de Quiropraxia está na identificação da perna curta.


Um dos principais enfoques no Método Matheus de Souza de Quiropraxia está na identificação da perna curta. Mais importante que identificá-la é descobrir o que levou a isto. A perna curta pode ser anatômica, quando o individuo já nasce com uma perna menor que a outra, ou ser originada a partir de uma série de eventos compensatórios por disfunções musculoesqueléticas. Um dos efeitos compensatórios comumente descritos e encontrados é o desequilíbrio pélvico. Rotações do ilíaco em relação ao sacro podem levar ao encurtamento ou alongamento do membro ou se manifestar como reposta biomecânica ao membro curto. Uma vez manifestada a rotação ilíaca, haverá, portanto, o desequilíbrio sacro-ilíaco que deverá ser compensado a partir de uma torção do sacro em relação ao ilíaco. Com isso, um dos princípios de equilíbrio postural enunciado por Marcel Bienfait, a horizontalidade do olhar, será comprometido. Para restabelecê-lo, o corpo lançará mão de uma série de eventos biomecânicos disponíveis na coluna lombar, torácica e cervical.


   Na coluna lombar, a compensação se fará pela rotação posterior do lado da perna curta e lateralização das vértebras para o lado contrário, levando assim a uma escoliose lombar. Se isto for o bastante para restabelecer o equilíbrio, o processo compensatório se finda, sob pena de levar a processos degenerativos zigapofizários e discais. Não sendo suficiente, o processo ascende a coluna torácica. Nesta, vale ressaltar que a rotação contrária das vértebras torácicas necessárias para compensar a rotação lombar inferior oposta geralmente é composta perto do nível de T8. As vértebras, após ultrapassarem esse nível, repousam em um nível relativamente plano, sendo outra curva produzida para trazer a coluna de volta a linha média perto do nível de C7. Assimtrias também podem se manifestar na coluna cervical inferior e superior, trazendo diversos sintomas como torcicolos freqüentes, dor cervical, tensões na musculatura cervical e cintura escapular, discalgia, sintomas de origem nervosa, entre outros.

   Essa série de eventos pode ocorrer de forma ascendente, como relatado acima, ou descendente, podendo não seguir essa mesma ordem. A perna curta pode ser uma causa ou uma conseqüência, como por exemplo um evento traumático ocorrido no ilíaco ou sacro que leva a desequilíbrios sacro-ilíaco repercutindo nos seguimentos inferiores e superiores. Tais eventos necessariamente levarão a manifestações musculares, por músculos hiper ou hipotônicos que deverão ser identificados e tratados para um eficiente protocolo terapêutico.


José Diego Sales



Fonte: http://www.jdfisio.com

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