A criança, desde o período embrionário, apresenta-se exposta a diferentes fatores que podem influenciar o seu desenvolvimento e crescimento, determinando condições de risco ou criando mecanismos de alteração da normalidade. O desenvolvimento destas crianças podem sofrer a influência continua de fatores intrínsecos e extrínsecos que, ao se combinarem, provocam variações de um indivíduo para o outro e, assim, tornam o desenvolvimento de cada criança único e individual
Quando se fala em desenvolvimento, podemos dividi-lo em duas categorias: as potencialidades, aquilo que a criança já traz e é capaz de executar, e as transformadas, que podem ser desenvolvidas como habilidades e competências. Portanto, quando se refere ao desenvolvimento, estamos falando da integridade neurológica, das aptidões para enfrentar desafios na vida adulta, da inteligência, das condutas da criança e do aprendizado.
O desenvolvimento motor é um processo que acompanha o indivíduo durante toda sua existência sendo definido como mudanças que ocorrem ao longo do tempo de maneira ordenada e relativamente duradoura, as quais afetam estruturas físicas e neurológicas, processos do pensamento, emoções, interações sociais e outros comportamentos. Este desenvolvimento refere-se a alterações qualitativas e quantitativas, as quais podem apresentar diferentes dimensões e características que Inter relacionam-se com o crescimento e produzem transformações na vida da criança.
Desta forma, quando a criança apresenta alguma alteração na cognição e/ou no físico e/ou no social não estando compatível com sua idade, dizemos que ela apresenta ADNPM (atraso no desenvolvimento neuropsicomotor)
• O que a Fisioterapia Pediátrica faz no ADNPM?
A fisioterapia pediátrica atua na prevenção, cura e reabilitação da parte motora da criança, visando sempre um desenvolvimento neuropsicomotor adequado. Quaisquer patologias/doenças que possam interferir na seqüência normal de desenvolvimento podem ser amenizadas com o recebimento de estímulos precoces e com a promoção de uma integração do indivíduo com o seu meio social, por restabelecer a independência funcional.
• Como o fisioterapeuta avalia se a criança possui um atraso ou não?
Através de uma avaliação precisa e completa da criança, levando em consideração o desenvolvimento motor e o que a criança realiza de forma espontânea e ativa, definindo seu quadro motor e a faixa etária motora que a criança apresenta e se esta está compatível ou não com sua idade biológica. Desta forma, estabelece metas, objetivos e o deve ser trabalhado e estimulado.
Deve-se ressaltar que há crianças que não apresentam atraso, porém apresentam risco para o mesmo, como crianças prematuras ou as que apresentaram alguma intercorrência perinatal. Estas precisam ser estimuladas para minimizar este risco ou até mesmo o anularem.
Fonte: Fisioterapia Pediátrica
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