Televisão é desculpa para vida social sem graça e saúde frágil

Quem vira refém do aparelho reclama da falta de amigos e do sobrepeso

Filmes, novelas, telejornais, programas de auditório: a televisão traz informação, entretenimento, emoção e uma solução prática para as horas de tédio. Mas, se você abusa do aparelho, pode acabar prejudicando a sua saúde. "Precisamos guardar um tempo para trabalhar, estudar e se divertir", afirma o psicólogo Tiago Lupoli, da clínica CEAAP. "Ficar muito tempo na frente da televisão acaba roubando o tempo que você usaria para outras atividades". Nem sempre, entretanto, é simples identificar quando a televisão serve como escape para a monotonia ou, ao contrário, é o que originou os momentos sem graça. Para ajudar a responder essa dúvida, especialistas fazem um apanhado dos principais problemas que surgem em consequência do exagero em frente ao aparelho, se você for vítima de dois deles ou mais, vale a pena rever seus hábitos.

Estresse - foto: Getty ImagesIsolamento

Você é daqueles que troca o passeio com os amigos, o almoço de família ou um encontro amoroso pela sua série predileta? Uma vez ou outra tudo bem, mas fazer isso com frequência pode ser um sinal de que você está abusando da tela. Tiago Lupoli explica que isso pode chegar ao estágio de alienação. "Nessa situação, o paciente dedica a maior parte do seu tempo à TV e esquece compromissos e lazer", afirma. A consequência é o enfraquecimento dos laços com a família, os amigos e todas as outras pessoas do seu círculo social.
Se você sente que esse hábito já tomou conta da sua vida, procure ajuda profissional. Mas, se sente que ainda dá retomar hábitos saudáveis, diminua o tempo que passa assistindo televisão e tenha certeza de que ela não está atrapalhando as outras atividades do seu dia a dia. Outra dica: quando não der para perder aquele jogo, chame os amigos para assistir com você.

 

Comendo em frente à televisão - foto: Getty ImagesEstresse

O dia de trabalho foi cansativo e você chega em casa querendo relaxar. A primeira atitude é ligar a TV para esquecer as preocupações? Se você respondeu que sim, pode estar cometendo um grande erro. O psicólogo Tiago Lupoli defende que as cenas de violência, os ruídos muito fortes e até mesmo os momentos em que o filme fica mais agitado podem gerar estresse mesmo sem que você perceba. As pessoas se envolvem com aquilo que estão assistindo e, se o seu objetivo for relaxar, opte por uma caminhada, uma aula de ioga ou até mesmo uma noite bem dormida.

 

Sono ruim - foto: Getty ImagesAlimentação errada

Uma pesquisa feita pela área de medicina da Faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que ficam muito tempo na frente da televisão engordam mais. Isso acontece porque, quando está vendo TV, o metabolismo descansa e, por isso, precisa de menos energia para se manter ativo. Logo, o corpo queima menos calorias. De acordo com a nutricionista Roberta Stella, cores, texturas e sabores fazem parte dos alimentos. "Quando não prestamos atenção na quantidade de alimentos que colocamos no prato e nos envolvemos com uma atividade paralela, tendemos a comer mais do que realmente seria necessário", afirma.

 

Indivíduo sedentário - foto: Getty ImagesSono ruim

A chegada de luz aos olhos é o estímulo que desperta o corpo ou, pelo menos, foi durante muito tempo. Hoje os principais responsáveis pelo despertar são os irritantes barulhinhos do despertador, mas isso não inativou a sua capacidade de acordar quando os primeiros raios entram no quarto ou quando a os ruídos da rua ficam mais altos. "A televisão é um tubo que emite luz e muitos ruídos, desde diálogos até barulhos", afirma o médico Dirceu Valadares, presidente da Fundação Nacional do Sono (FUNDASONO). "O aparelho empurra o sono cada vez para mais tarde, as pessoas acabam dormindo menos e o tempo de descanso fica menor". Além disso, os estímulos nada harmônicos da TV podem até aparentemente estimular a sonolência, mas, na realidade, eles bloqueiam a fase mais profunda do sono, que permanece superficial. Siga a recomendação do especialista: "O quarto é lugar de dormir ou namorar, deixe a TV na sala ou em outro cômodo para garantir um bom descanso".

 

Mulher assistindo televisão - foto: Getty ImagesSedentarismo

Se for bem dosada, a televisão te deixa bem informado, mas em excesso, você fica preguiçoso e sedentário. Existem casos em que a pressa para voltar ao sofá é tanta que você evita até sair de casa a pé, para não demorar muito. Além disso, o vício acaba tomando o tempo que você teria para fazer exercícios. O fisiologista do exercício Raul Santo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conta que o hábito de assistir TV é mais intenso em quem é sedentário ou sofre com a obesidade. "Essas pessoas costumam ficar mais em casa e se movimentar menos, por isso o aparelho se torna tão importante", afirma o especialista. O resultado não poderia ser outro: a situação vira uma bola de neve. Para se livrar desse péssimo hábito não tem jeito, o que vale mesmo é calçar o tênis e praticar atividade física. Mas se está difícil, comece com programas de TV que estimulam a atividade física ou até mesmo videogames com esse fim. Quem sabe assim você se inspira a correr para a academia?

 

Menino dormindo no sofá - foto: Getty ImagesVista cansada

O oftalmologista Canrobert Oliveira, presidente do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), conta que a musculatura dos olhos se ajusta - contraindo ou esticando - para achar o foco perfeito de visão. Quanto mais tempo você passa em frente da TV, mais essa musculatura fica cansada. Os olhos são também ricos em pigmentos que tem papel fundamental na visão. Quando a luz incide, esses pigmentos são queimados. O excesso de TV consome mais pigmento, o que leva à estafa visual e pode causar sonolência, principalmente em pessoas que têm hipermetropia. Uma boa solução para evitar esse problema, além de diminuir o tempo que você passa em frente ao televisor, é comprar um aparelho de TV de acordo com o tamanho da sua sala. "Uma televisão de 29 polegadas precisa de, no mínimo, três metros (o ideal são cinco metros) de distância até o telespectador", afirma o especialista. "Outra dica é sair da frente da TV no intervalo e olhar pela janela, a maioria das pessoas já faz isso inconscientemente".

 

Esquecer as obrigações

Você deixa de estudar para ver televisão? Ou chega atrasado ao trabalho porque ficou minutos a mais na frente da tela? A TV é inimiga da responsabilidade, quanto mais deveres a cumprir, maior a vontade de assisti-la. Nesse caso, a solução é algo que você provavelmente ouvia dos seus pais: primeiro a obrigação, depois a diversão. O psicólogo Tiago conta que, ao dividir o seu dia em fatias, e reservar com antecedência um tempo para cada atividade, você retoma o controle da rotina.

Fonte: Yahoo

PARAPLÉGICO SE TORNA ATLETA DO PARAHIPISMO

 

Após ficar paraplégico por cair de um cavalo, o atleta Marco Fernandes Alves participa do parahipismo.

Histórico – Paraequestre
O que é Adestramento Paraequestre?
Única disciplina do Hipismo do Programa Paraolímpico, o Adestramento Paraequestre é a 8ª disciplina esportiva da Federação Equestre Internacional (FEI), sendo praticada por pessoas portadoras de necessidades especiais(PPNE).
Os benefícios da equitação terapêutica são conhecidos desde 460 a.C. e sua prática adotada nos países europeus ao longo da história. A partir da década de 1970, no entanto, esta forma de reabilitação física e social de pessoas com alguma deficiência ganhou também o status de competição por iniciativa de países como Escandinávia e Grã Bretanha. Nascia o Adestramento Paraequestre.
Vários países do Continente e a América do Norte adotaram a modalidade que em 1984 foi apresentada na Paraolimpíada de Nova York. No entanto, o número insuficiente de participantes acabou tirando o esporte das Paraolimpíadas de 1988, 1992 e 1996. O Adestramento Paraequestre só voltaria a fazer parte da programação nos Jogos de 2000, em Sidney, Austrália.
Hoje, o Adestramento Paraequestre marca presença em 40 países e é praticado por atletas com diferentes tipos de deficiência.
Marcos Fernandes Alves, o Joca, Ícone máximo do Adestramento Paraquestre brasileiro, contabiliza participação nas Olimpíadas de 2004 e 2008 (com duas medalhas de bronze), Mundiais, Panamericanos e Sul-americanos
No Brasil, a equitação terapêutica foi adotada também na década de 1970 e entre os pioneiros estavam a fisioterapeuta Gabriele B. Walter e o Centro Equestre do Torto, na Granja do Torto, em Brasília (DF), onde nasceu a ANDE-Brasil – Associação Nacional de Equoterapia. O conceito esportivo, no entanto, só se concretizou a partir de 2000, tendo Gabriele B. Walter como pioneira na ministração de cursos e busca do apoio da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) que passou a regulamentar o esporte a partir de 2002.
As categorias de atletas
Objetivando agrupar tipos de deficiência semelhante, os atletas paraequestre são divididos em quatro classes: Grau I (Ia e Ib), Grau II, Grau III e Grau IV.
O Brasil conta com diversos centros de Equoterapia e Equitação Terapêutica, celeiros em potencial para atletas de Adestramento Paraeuestre; acima jovem praticante no Clube Hípico de Santo Amaro
Os profissionais que trabalham com o Adestramento Paraequestre – terapeutas, fisioterapeutas e professores de equitação – é que avaliam o atleta para definir o perfil funcional que ele pertence e enquadra-lo em uma das quatro classes (graus).
No Grau Ia o atleta faz sua reprise ao passo; no Grau Ib se apresenta no passo e trote; no Grau III o atleta compete no passo, trote e galope e no Grau IV faz sua apresentação no passo, trote e galope com trabalho lateral.
Grau IA e IB – Fazem parte deste grupo “cadeirantes” (usuários de cadeiras de rodas) com pouco controle do tronco ou comprometimento da função nos quatro membros ou com ausência de controle de tronco e boa funcionalidade nos membros superiores, ou controle de tronco moderado com comprometimento severo nos quatro membros.
Grau II – Nesta classe estão cadeirantes ou aqueles com comprometimento locomotor severo, envolvendo tronco e com boa a razoável funcionalidade dos membros superiores ou atletas que possuem comprometimento unilateral severo. Geralmente estes atletas são capazes de andar sem ajuda. A classe engloba, ainda, pessoas com comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Cegos totais de ambos os olhos também fazem parte desta classe.
Grau III – Nesta classe estão as pessoas que são capazes de andar sem auxílio, mas que possuem comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Cegos totais de ambos os olhos também fazem parte desta classe.
Grau IV – É a classe que engloba atletas que possuem um ou dois membros comprometidos ou com alguma deficiência visual.
A competição
As provas de Adestramento Paraequestre obedecem a critérios conforme a competição. Em campeonato, por exemplo, atletas apresentam movimentos pré-determinados pelo Comitê Internacional Paraequestre (IPEC). Nas apresentações “Estilo Livre” (Kür) os atletas criam suas “rotinas” (figuras, no Adestramento Clássico) incorporando movimentos exigidos pelo IPEC de modo a demonstrar harmonia entre o cavaleiro e sua montaria. Existem, ainda, as “duplas livres”, competição opcional em que atletas executam rotinas (figuras) aos pares.
Para um país participar como equipe em competições internacionais é obrigatório que o time seja formado por 3 ou 4 atletas, onde pelo menos um deles deve pertencer ao Grau I ou II.
Os atletas dos Graus I, II e III apresentam suas reprises (exercícios) em pistas de 20mx40m, enquanto os de Grau IV em pistas com medida de 20mx60m.
A pista deve oferecer níveis de segurança maiores do que as pistas convencionais. Para isso, a areia, ao contrário do Adestramento convencional, é compactada para facilitar a locomoção do cavaleiro.
As letras de posicionamento são maiores para facilitar a leitura e a identificação. Uma sinalização sonora é usada para orientar o atleta cego: são os “chamadores”, que gritam letras conforme o cavaleiro se aproxima de um obstáculo.
O local de competição precisa ter uma rampa de acesso para os competidores subirem em suas montarias.
Mulheres e homens competem juntos nas provas e diferente de outras modalidades do hipismo, no Adestramento Paraequestre os cavalos também são premiados.

Fonte: CBH

USAR MUITO SALTO ALTO PODE CAUSAR PROBLEMAS ORTOPÉDICOS

 

Usar salto alto pode causar problemas de coluna e joelho

Um sapato de salto alto deixa qualquer mulher elegante, mas com o tempo, o uso excessivo pode causar alguns problemas.
Algumas das regiões que podem ser afetadas são os pés, os calcanhares, os tornozelos, os joelhos e a coluna. Mas isso não significa que todas as mulheres que usam salto terão essas complicações.
O sapato com salto altera a maneira de andar: os ombros vão para trás e a cabeça para a frente e isso muda a angulação da coluna, o que pode prejudicar o pescoço e a lombar, além de aumentar as chances de alteração postural. O calçado ideal deve respeitar o formato dos pés, protegendo-os e evitando zonas de compressão. A dica dos especialistas é reduzir o tempo em cima do salto e variar os tipos de sapatos.
Especialistas afirmam que até 5 cm, o que equivale a 3 dedos, o salto é relativamente seguro. Acima disso, aumentam as chances de pressão na planta dos pés e outras complicações. Usar o salto três vezes por semana, mais ou menos por 7 horas por dia, é um fator de risco grande para problemas futuros.
No entanto, como explicou o ortopedista Túlio Diniz, a falta total do salto também pode ser prejudicial. Os sapatos baixos, como as sandálias rasteirinhas, não conseguem absorver o impacto da caminhada e isso também sobrecarrega os tornozelos e os joelhos.
Um sintoma muito comum de que os sapatos não estão adequados é o aparecimento de calos. Fora isso, o uso do salto pode aumentar a lordose, dobrar a carga que o joelho recebe e até triplicar a carga que o quadril recebe.
Ao colocar uma carga muito pesada na frente dos pés, as articulações começam a ser esmagadas e afastadas. Por isso, os dedos apertados começam a desviar para fora, formando o joanete. Quanto mais estreito for o salto na parte da frente, pior para formar o joanete.
Há também o sneaker, um sapato que parece um tênis mas tem um salto por dentro. Eles possuem uma plataforma alta, que gera desequilíbrio dos membros inferiores.
Segundo o ortopedista Túlio Diniz, esse sapato faz com que a pessoa coloque um peso maior nas pernas, perca a sensibilidade da pisada e isso facilita o entorse. Por isso, os sneakers devem entrar para a categoria de salto.
O resultado da enquete feita no nosso site foi bastante equilibrado e a maioria das mulheres respondeu que usa o salto apenas uma vez por semana. Veja o resultado no fim da página.
Para as 15% que responderam que usam o salto todos os dias, a dica principal é reduzir esse uso. Para o dia a dia, o ideal é optar pelos tipos com até 5 cm de altura e com base larga.
Os solados emborrachados também são os mais indicados porque absorvem melhor o impacto. E, se for possível, ao sentar, tire o salto e apoie os pés no chão ou outra base de apoio, principalmente se for ficar muito tempo sentada.
Tênis
O ortopedista e médico do esporte Gustavo Magliocca mostrou no Bem Estar os diferentes tipos de tênis e para quais situações eles são recomendados. Os tênis são desenvolvidos com base nos diferentes tipos de pisada.
Para saber qual o melhor, é preciso primeiro pensar para que o tênis vai servir.
Por exemplo, para uma caminhada diária e uma corrida leve, o ideal é um calçado com solado estruturado, bom amortecimento e aderência no solo.
Mas, para as pessoas que correm mais, o indicado é um tênis com um solado que permite a transferência da energia, que tenha boa aderência e um tecido que permite a transpiração, porque isso evita que os pés fiquem aquecidos e apareçam bolhas.
O ortopedista também deu dicas para quem faz academia. Nesse caso, os tênis devem ser mais macios. Para quem malha mais pesado, ele recomenda os tênis com salto maior no calcanhar.

Fonte: G1

UM POUCO MAIS DA FISIOTERAPIA

Dra. Maria Ayaki Sakuraba, fisioterapeuta, dá entrevista ao Dr. Drauzio Varella

Quando falamos em fisioterapia, a primeira imagem que nos vem à cabeça é a do jogador de futebol, afastado do campo porque sofreu uma contusão. Para muitos, as sessões de fisioterapia resumem-se a ajudar na recuperação desses atletas ou a exercícios para aliviar dores na coluna.
Fisioterapia é muito mais do que isso. Área da saúde que experimentou grande evolução nos últimos anos, é de fundamental importância não só para resolver problemas ortopédicos, mas também no tratamento de pacientes graves internados nos hospitais, para os que tiveram os movimentos comprometidos por acidente vascular cerebral, para os que apresentam distúrbios respiratórios crônicos e para os idosos a fim de garantir a todos eles melhor qualidade de vida.

TREINO BILATERAL VERSUS UNILATERAL MELHORANDO A NEUROPLASTICIDADE

Na grande maioria dos tratamentos com pacientes neurológicos, as intervenções restringem-se a recuperação somente do membro afetado, pórem através de novos estudos como os de Bracewell77, Cauraugh et al.88, Luft et al.89, Whitall et al.90, entre outros, observa-se que o treino bilateral, incluindo o membro não lesado, pode trazer maiores benefícios para os indivíduos do que o treino unilateral.
O planejamento e execução de movimentos bilaterais podem facilitar a plasticidade neural, e isso pode ocorrer por três mecanismos: (a) desinibição do córtex que permite maior uso das vias poupadas no hemisfério danificado; (b) aumento do recrutamento de vias ipsilaterais para suplementar as vias cruzadas danificadas do hemisfério contralateral e (c) aumento da regulação dos comandos descendentes.
Há evidências que alterações anatômicas são dependentes do maior uso do membro não prejudicado. Se esse membro for imobilizado durante o período de maior desenvolvimento dendrítico (0-15 dias pós lesão) a arborização dendrítica não aconte
Alguns autores através dos resultados de seus trabalhos demonstram que o membro superior prejudicado tem uma melhor performance quando treinado em ações bimanuais do que quando utilizado sozinho. Mesmo porque a maioria das ações do dia a dia são bimanuais, há um extenso "maquinário neural" que envolve a coordenação bimanual de uma ação, por isso deve-se pensar antes de escolher o retreinamento do membro lesado.
Summers et al., em um estudo com pacientes que sofreram AVC, realizarm um tratamento que envolvia tarefas funcionais como agarrar, levantar objetos, e comparou o treino bilateral com o unilateral. Os resultados encontrados foram que os indivíduos que receberam treino bilateral tiveram redução no tempo de movimento do membro lesado, aumento da habilidade funcional e diminuição do volume do mapa do músculo alvo no hemisfério não afetado comparados com os que receberam o treino unilateral. Portanto a prática bilateral pode promover melhor recuperação da função.
O papel do hemisfério intacto na recuperação
As alterações contralaterais a lesão tem impacto na neuroplasticidade e são observadas depois de lesão unilateral no córtex de humanos e animais. Essas alterações no hemisféro intacto, como estimulação do crescimento axonal e a reinervação de regiões desnervadas no cérebro e na medula espinhal, além da expansão dos mapas corticais, podem influenciar a recuperação funcional e são responsáveis por bons resultados em pacientes neurológicos.
Alguns estudos confirmam que o desenvolvimento das alterações morfológicas como aumento do volume dendrítico no córtex motor contralateral acontece 18 dias pós lesão e o aumento do número de sinapses por neurônios 30 dias depois da lesão.
O hemisfério contralesional parece se beneficiar também com o enriquecimento motor por habilidades específicas ou movimentos voluntários. O prejuízo da função motora, geralmente contralateral, em algum tempo, provoca o uso compensatório do lado intacto.Em um estudo que observou 8 pacientes com boa recuperação do AVC todos tinham aumento da extensão ventral do campo da mão no córtex contralateral a lesão, tinham também grande ativação de áreas motoras suplementares, demonstrando que a plasticidade contralateral é melhor que a ipisilateral produzindo melhor recuperação.
Considerações importantes para uma melhor recuperação
Após lesão encefálica, tanto a intensidade do tratamento, como o intervalo de tempo entre a lesão e o início da reabilitação influenciam a recuperação da função nervosa.
É necessária precaução para começar os tratamentos, pois o uso excessivo antecipado (1-7 dias depois da lesão) no membro prejudicado causa exacerbação da lesão e piora dos resultados comportamentais. Estudos que comprovam essa teoria observaram que animais submetidos a uso forçado precoce do membro apresentaram colocação errônea do mesmo, respostas diminuídas à estimulação sensorial e uso defeituoso da pata para suporte postural. Ainda mais, o córtex desses animais apresentou grande aumento da lesão e ausência de crescimento dendrítico e de brotamento.
As diferenças individuais, como fatores genéticos, experiências pessoais em tarefas particulares, também devem ser relevantes durante o tratamento, pois interferem nos efeitos da prática. Diferentes modelos de ativação são observados em indivíduos com maior ou menor nível de familiariade com respectiva tarefa ou estímulo utilizado.
Fonte

FLACIDEZ E SUAS CAUSAS

A flacidez acontece quando fibras de sustentação da pele, o colágeno e a elastina, são afetadas pela falta de nutrientes ou oxigenação.

É decorrente de uma atrofia do tecido; seja muscular ou cutâneo. Desta forma, podemos encontrar flacidez de pele (tissular) ou flacidez muscular. É muito comum que os dois tipos apareçam associados, dando um aspecto ainda pior às partes do corpo afetadas. Os músculos ficam flácidos principalmente pela falta de exercício físico. Se eles não são solicitados, as fibras musculares ficam atrofiadas e causa a flacidez.

Principais causas:

Envelhecimento: Com o passar dos anos, além das alterações nas fibras de colágeno da pele, há redução de massa muscular em todo o corpo, o envelhecimento prejudica a tonicidade dos músculos.

Sedentarismo: fazer exercícios com peso, enrijece os músculos e tonifica a pele, melhorando muito os casos de flacidez. Com exceção de alguns casos onde a flacidez é muito acentuada.

Emagrecimento: o estiramento excessivo da pele, que acontece principalmente na gravidez, e as dietas milagrosas são outros fatores que podem determinar um corpo flácido. Engordar e emagrecer constantemente, o chamado efeito sanfona, acaba levando ao estiramento da pele e, consequentemente a flacidez.

Hormonal: Após a menopausa os cuidados com a flacidez devem ser redobrados para manter a consistência firme, por causa da variação hormonal, há uma diminuição do colágeno e da elastina, fibras que dão sustentação à pele. Além de uma diminuição nos líquidos da pele.

Predisposição genética: Existem pessoas que têm maior predisposição à flacidez. Devido a uma maior propensão genética, alguns indivíduos têm a estrutura da pele alterada, com diminuição ou alteração das fibras de colágeno e elastina.

Tratamentos Indicados:

Existem vários métodos elétricos e mecânicos nas clínicas. A indicação ou a quantidade de sessões vai depender de cada caso.

Corrente Russa: Estimulam a musculatura por meio de eletrodos ligados a aparelhos que produzem corrente elétrica de baixa intensidade. Melhoram o tônus muscular e, consequentemente, a flacidez dos tecidos.

Carboxiterapia: A técnica Carboxi promove aumento do fluxo de sangue para a região, além de estimular a produção de colágeno e fibras elásticas, responsáveis pela firmeza da pele. 

Mesolifting: Indicado para melhoria de tônus muscular, oxigenação dos tecidos e combate a flacidez, através da aplicação de corrente farádica.

Microcorrente: Aplicação do aparelho de correntes especiais em baixa intensidade, causa relaxamento, rejuvenescendo o rosto, amenizando as marcas de expressão.

Termofrequência: No tratamento corporal é indicado para flacidez superficial, estimula a produção de colágeno e promove uma drenagem da celulite. Consiste na utilização de ondas eletromagnéticas que conduz ao tecido da pele o efeito de um campo energético. Uma potência indica a penetração da energia que provoca a reação nos tecidos, quanto mais próxima à aplicação do eletrodo ativo, mais efetivo será o campo energético e menor será a dispersão térmica pelo sistema circulatório.

É um tratamento não invasivo, não agressivo, rápido, indolor. Não exige cuidados pós procedimento ou internações. Capaz de dar firmeza à pele, aumentando a produção de estruturantes da derme entre outros a de colágeno.

ERGONOMIA NO POSTO DE TRABALHO NO COMPUTADOR

 

Para a maioria das pessoas que utilizam computadores como ferramenta de trabalho, essa tarefa se limita apenas em sentarem-se diante da máquina, ligá-la e realizar suas tarefas laborativas. Poucos têm conhecimentos de que a postura inadequada, a cadeira muito alta ou baixa, pouca ou muita claridade ou até mesmo a temperatura ambiente podem provocar desconforto e até mesmo agravar ou desencadear problemas físicos.
Inúmeros problemas podem surgir ao longo do tempo, principalmente quando não são utilizados equipamentos adequados às características individuais de cada pessoa.
Existem vários fatores que devem ser levados em conta numa avaliação ergonômica do posto informatizado, entre elas destacamos:
Cadeira: Está deve ser estofada e revestida com tecido absorvente diminuído deste modo o efeito da transpiração. Se for revestida por outros tecidos de porosidade baixa (couro) acabam aumentando a transpiração;
A altura da cadeira deve ser regulável de maneira a permitir que os pés estejam bem apoiados no chão, pois quando a cadeira é alta demais o usuário trabalha com os pés pendurados, tal posição dificulta o retorno venoso;
A cadeira deve ter o encosto alto (algumas cadeiras já dispõem desse tipo de regulagem), apoio para os braços na altura do teclado, e a borda anterior do assento deve ser arredondada permitindo a livre circulação na porção posterior da coxa, evitando deste jeito problemas circulatórios nas pernas e pés.
Mesa: deve ter regulagem para o monitor e teclado independente da altura. Quando fixa tem altura média de 76 cm, porém o teclado deve está na altura do cotovelo do usuário;
O móvel deve ter cor neutra (cinza claro, gelo ou bege) evitando deste modo reflexos e ofuscamento que podem causar fadiga visual no usuário;
Os objetos sobre a mesa deve ser arrumados de forma organizada de tal  maneira que facilite o seu alcance e proteja o corpo contra riscos posturais.
Vídeo: A parte superior do monitor deve está a altura dos olhos, pois, quando alto ou baixo demais favorece a fadiga na região cervical.
Teclado e mouse: O teclado deve ser mantido à frente do computador e se situar a altura da mão do usuário. O mouse deve localizar-se ao lado do teclado como se fosse uma continuação do mesmo, evitando grande deslocamento da mão ou elevação do braço;
Iluminação: deve ser do tipo geral e uniforme. O usuário deve evitar a iluminação direta no monitor, pois esse tipo de iluminação causa reflexos que podem causar fadiga visual.

Fonte: Faça Fisioterapia

PLANO DE SAÚDE x PARTICULAR x SUS

 

Quais são as reais diferenças entre os atendimentos de Fisioterapia? Saiba mais sobre cada tipo de atendimento antes de decidir qual é a forma de Fisioterapia que você irá escolher.

Muitos escutam os profissionais de Fisioterapia se queixando dos baixos salários da área, por outro lado, muitos profissionais estão satisfeitos com o valor que recebem. Mas qual é o real problema? Na realidade o problema são os valores repassados pelos planos de saúde e SUS. Ou seja, o problema da Fisioterapia acaba virando um círculo vicioso, onde se inicia pelos baixos valores repassados aos profissionais, para compensar, esse Fisioterapeuta terá que atender muitos pacientes por hora e o resultado disso é um tratamento não muito eficiente. Aí surge a fama de que “Fisioterapia não funciona”, “Fisioterapia não faz efeito”, “o Fisioterapeuta era ruim”...
E dá pra ser um ótimo profissional ganhando R$ 4,00 a hora? Sim, isso mesmo, o valor não está errado. Muitos recebem na média de R$ 4,00 por hora. Então, se o profissional resolver realizar um atendimento personalizando, como deveria ser, aos pacientes de plano de saúde, trabalhando 40 horas semanais, irá receber R$ 640,00 por mês. Esse é o valor que ele irá receber se fizer um atendimento como deveria. Isso porque não foi calculado as faltas de paciente. E aí vem a pergunta, é viável? É certo uma pessoa que fez quatro anos de faculdade pagando em média R$ 1.000,00 por mês e pós-graduada, receber, muitas vezes, menos que um salário mínimo?
É por isso que o profissional se obrigada a atende muitos pacientes por hora e com isso sim, às vezes a Fisioterapia não surge o efeito esperado pelo paciente e profissional.
Então, em um atendimento de plano de saúde, geralmente a sala tem mais pacientes realizando a Fisioterapia ao mesmo tempo. Cada um com um tipo de exercício de acordo com a patologia referida. A Fisioterapeuta fica a disposição para quando precisar dar o apoio. Não é possível criar um vínculo tão grande com o profissional igual ao atendimento particular. Os resultados demoram um pouco mais a aparecer e a clínica e o profissional são focados em conseguir quantidade. A manutenção dos equipamentos é constante e muitas vezes os pacientes acabam por não poder utilizar o equipamento, pois já está sendo utilizado.
O SUS não fica muito longe da realidade dos planos de saúde. A diferença é que em algumas regiões do Brasil, o SUS acaba pagando melhor que muitos planos. Outra diferença que pode ter é nos equipamentos utilizados, que podem ser muito antigos. Além disso, o sistema do SUS geralmente funciona por chamada. Por ter muitos pacientes realizando a Fisioterapia, muitas vezes não há vagas. Então o paciente deve esperar ser chamado para iniciar as sessões de Fisioterapia. Mas essa espera pode ser longa, piorando a situação da patologia.
O que vemos por aí é que por ter plano de saúde, os pacientes acabam não cogitando a ideia de fazer a Fisioterapia em clínicas particulares. Mas esquecem do fato que um tratamento particular acaba sendo mais personalizado. Muitos pacientes conseguem o resultado esperado em apenas 10 ou 20 sessões. O vínculo com o profissional acaba sendo maior, o que ajuda na hora de descobrir algo de errado (saber a história e a rotina do paciente é essencial para o tratamento). Os equipamentos por sua vez, podem ser mais modernos e mais calibrados e o foco desse profissional fica em alcançar a qualidade do atendimento e o resultado.
O que os planos de saúde e o SUS deveriam ter em mente é que os mais prejudicados pelo repasse mínimo aos Fisioterapeutas são eles mesmos. Com um atendimento sem ser personalizado, o paciente acaba por fazer mais sessões de Fisioterapia. Consequentemente, acaba dando mais gastos.

Fonte: Fisioterapia.com

FISIOTERAPEUTA EXPLICA A TERAPIA COM BOTOS

 

Bototerapia é o nome dado à técnica. Equipe atua para preservar boto-vermelho ameaçado, afirma veterinário. A terapia é feita com deficientes físicos

Uma nova técnica para ajudar no tratamento de crianças e jovens com deficiência têm atraído público cada vez maior no estado do Amazonas. Criada há sete anos pelo fisioterapeuta Igor Simões Andrade, a bototerapia se propõe a levar os jovens a travar contato com os animais, parentes dos golfinhos que habitam rios na região.
As crianças interagem, brincam e acabam conhecendo mais sobre o meio ambiente dos botos, o que ajuda a trazer auto-estima e a amenizar efeitos de certos problemas, segundo Andrade. Acompanhados dos pais, os jovens são levados em grupos de cinco ao encontro dos botos, uma vez por mês.
"A terapia pode, por exemplo, ajudar uma criança muito agitada, que não dorme, hiperativa. Ela entra em contato com o animal e com o tempo acaba cochilando no barco, coisa que nunca aconteceu. Para cada caso, tem uma coisa que favorece o tratamento", diz o fisioterapeuta.
A ideia é levar gratuitamente jovens deficientes que não teriam condições de pagar um tratamento como este, pondera Andrade. Podem ser crianças com hemofilia, leucemia, cegas, surdas, com problemas motores ou com autismo, por exemplo. Elas são levadas de barco até o local onde ocorre a bototerapia.
Já houve pacientes do Hemoam (Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas), de escolas de educação especial de Manaus e de outros estabelecimentos, diz Andrade.
Sem substituir tratamento
A bototerapia não visa substituir tratamentos tradicionais, necessários para crianças paraplégicas, hemofílicas ou com outros problemas. "Nós queremos ajudar a criança, complementar. Por exemplo, uma criança com autismo e que não tinha foco, não prestava atenção em nada, o pai hoje diz que houve uma melhora geral, que ela têm mais foco", afirma o fisioterapeuta.
Segundo o veterinário Diogo Lagroteria, um dos integrantes do projeto, a preservação do boto, que está ameaçado, é uma das preocupações do grupo. A equipe atua para conscientizar as comunidades de pescadores. "A espécie [usada na terapia] é o boto-vermelho, e há uma pressão da caça muito grande. Os pescadores usam a carne do boto como isca para pegar outros peixes."
O local onde ocorre a bototerapia fica a cerca de 30 quilômetros de Manaus, nos arredores do Parque Nacional de Anavilhanas, na margem esquerda do Rio Negro. O grupo tem apoio e patrocínio de um hotel de selva localizado na região, segundo Lagroteria.
Além das crianças, parentes e auxiliares são levados de barco para o rio no dia da bototerapia. O grupo costuma ter de 12 a 15 pessoas, segundo Andrade.
Baixo impacto
Analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), o veterinário Lagroteria ressalta que o trabalho da bototerapia segue normas para o baixo impacto com os botos.

O grupo desenvolveu as regras em um estudo, criado para ajudar no turismo como boto, prática comum em hotéis na região. A ideia é que o turismo seja feito de forma controlada, sem que o animal seja molestado nem haja grande interferência na sua vida.
"Estimamos quanto alimento deve ser dado, para não deixar o boto dependente do ser humano. Também estimamos que não é todo dia que pode haver interação, para o animal não criar vínculo afetivo", diz Lagroteria.
Uma das ideias principais do estudo é que o boto consiga sobreviver sozinho, mantenha as habilidades de caça para buscar alimento e não dependa das pessoas, afirma o veterinário.
A técnica utilizada por Andrade na terapia é o rolfing, que trabalha com a manipulação de tendões, músculos e outras partes do corpo, segundo o fisioterapeuta. "O músculo pode comprimir o nervo ciático, por exemplo. Ele visa alinhar a pessoa, organizar o joelho, descomprimir o pescoço e outras atividades, buscando um equilíbrio para o corpo."
A demanda nos últimos anos está tão grande que tem havido "overbooking", pondera o criador do projeto. Ele ressalta que não há como atender a todos que procuram a terapia, e que se houvesse mais patrocínio seria possível atender mais gente.

Fonte: G1

MASSAGEM NA ÁGUA... TRATAMENTO QUE RELAXA E CURA

 

Existe um grande número de técnicas e estilos que podem ser feitos, como o Watsu, Waterdance, e a Técnica Jahara.

Fazer uma massagem na água relaxa e cura o corpo. Existe um grande número de técnicas e estilos que podem ser feitos, como o Watsu, Waterdance, e a Técnica Jahara. Parte-se do príncipio que a terapia na água é feita no ambiente ideal para esticar, tonificar e massagear os músculos. As práticas até então desenvolvidas fazem com que se possa libertar a coluna vertebral e liberar-se do estresse.
Watsu
Este é um estilo onde o shiatsu é feito na água. Durante uma sessão, são feitas massagens na água morna, e exercícios em movimentos ritmicos. A promessa é de que o Watsu promove liberdade de movimentos, e detém benefícios terapêuticos que afetam todos os níveis do ser.
Waterdance
O Waterdance, ou dança na água foir criada em 1987, pelos alemães Arjana Brunschwiler e Peter Aman Schröter. É uma modalidade que integra práticas de Watsu, e em seguida são feitas evoluções para movimentos de alongamento. O relaxamento é profundo quando se termina a sessão.
Técnica Jahara
A Técnica Jahara foi criada pelo brasileiro Mario Jahara. É mais centrada na cura de condições clínicas. Durante a sessão é utilizado um dispositivo, chamado de terceiro braço, que permite flutuar na água de maneira flexível, e com liberdade de movimentos. Basicamente, são feitos ajustes do corpo, através de um alinhamento estrutural. São feitos movimentos suaves e circulares. Quem pratica garante que é eficaz principalmente para tratar condições que afetam a região lombar.
Hoje em dia existe uma infinidade de aquaterapias. Uma técnica que vem ganhando espaço é a Terapia da Flutuação. Fica-se flutuando numa banheira, dentro de uma cabine, com água com temperatura quase igual a do seu corpo. A água é preparada com sais de banhos, e nela flutua-se ouvindo uma trilha sonora à sua escolha. Proporciona profundo alívio do estresse e um grande relaxamento.
Independente da escolha da terapia, e qual a condição que quer tratar, o importante é considerar locais que disponham de profissionais que levam seu trabalho a sério, e que realmente vão oferecer o tratamento adequado.

Fonte: Outramedicina.com

FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ AUMENTA O RISCO DE SIBILÂNCIA E ASMA NAS CRIANÇAS

O tabagismo materno durante a gravidez está associado com sibilos e asma em crianças com idade pré-escolar, mesmo se essas não forem expostas à fumaça de cigarro após o nascimento.

Segundo pesquisadores do Institute of Environmental Medicine, na Suécia, existem evidências epidemiológicas que sugerem que a exposição ao tabagismo materno durante a vida fetal aumenta o risco de sibilância e asma na criança.

O estudo envolveu 21.000 crianças, das quais 735 foram expostas ao tabagismo materno apenas no período fetal. Essas crianças apresentaram maior risco para sibilância e asma na idade pré-escolar, especialmente aquelas cujas mães fizeram uso de tabaco no primeiro trimestre de gestação.

Na análise ajustada para sexo, escolaridade dos pais, asma parental, peso ao nascer e recorrência do problema em irmãos, o tabagismo materno durante a gravidez só foi associado com aumento do risco de sibilância e asma com a idade de quatro a seis anos. Além disso, o tabagismo materno durante o primeiro trimestre da gravidez, mas não durante o terceiro trimestre ou no primeiro ano após o parto, foi associado com aumento do risco de sibilância subsequente e asma.

De acordo com os pesquisadores, os resultados indicam que os efeitos nocivos do tabagismo materno sobre o sistema respiratório fetal começam no início da gravidez, talvez antes que as mulheres estejam conscientes de que estão grávidas.

Fonte: EurekAlert!,

A ATEROSCLEROSE NA VISÃO DO CARDIOLOGISTA

Tradicionalmente, os Cardiologistas têm direcionado seus esforços maiores no diagnóstico e no tratamento da doença arterial na árvore coronária, com menor foco no acometimento da aorta e das carótidas e sem uma forte atenção para a doença nas artérias renais e nas dos membros inferiores.
Com o conhecimento que fomos adquirindo nas últimas duas décadas, esta postura não contempla a percepção de que, sendo a aterosclerose uma doença sistêmica e os acometimentos dos territórios não coronários, fortes marcadores de risco de eventos cardiovasculares, o foco de atenção deve sempre ser o aparelho cardiovascular como um todo.
Em contraste com a doença coronária, a prevalência da afecção aterosclerótica não coronária depende da população estudada, do método diagnóstico empregado e se os sistemas são considerados e incluídos na estimativa. O que se observa, em geral, é que a doença extracardíaca é subdiagnosticada e, por isto, subtratada. Por exemplo, a doença arterial periférica, em grandes populações estudadas nos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, varia de 4,6% a 19,1%. Menos prevalente em jovens, atinge mais os idosos e os homens do que as mulheres.
Uma série de fatores de risco modificáveis está associada à doença arterial coronária, mas também contribui para aterosclerose da circulação extracardíaca. Neste particular, além do tabagismo, da dislipidemia, da hipertensão e da hiperhomocisteinemia, o diabetes melito goza um papel relevante, em especial se considerarmos sua crescente incidência, ano a ano, em decorrência do envelhecimento das populações e do aumento da obesidade e do sedentarismo. A aterosclerose cardiovascular no diabético é mais extensa e mais grave, com maior propensão à calcificação e maior acometimento distal. No estudo de Framinghan, o diabetes contribui mais como fator de risco para doença arterial periférica do que para doença coronária ou acidente vascular cerebral.
Após o reconhecimento, o tratamento da aterosclerose cardiovascular como um todo é igualmente desafiante, não só pela variedade de acometimentos isolados e múltiplos, de opções farmacológicas, percutâneas, cirúrgicas e associações terapêuticas, como pelo custoefetividade e segurança oferecidos pelas diversas propostas de tratamento, no curto e longo prazos.
A terapêutica não farmacológica, que visa à mudança do estilo de vida, incluindo: alimentação adequada, exercícios programados e postura anti-stress, tem comprovado eficiência como coadjuvante de todas as outras formas de tratamento.
Entre os fármacos, os quatro grupos de medicamentos recomendados (antiplaquetários, estatinas, betabloqueadores e inibidores da ECA) oferecem reais probabilidades de melhor evolução clínica, com excelentes efeitos na redução dos eventos, por meio de vários mecanismos, entre eles a estabilização das placas ateroscleróticas (estenóticas ou não), a inibição dos fenômenos trombóticos, com a prevenção das síndromes oclusivas arteriais agudas.
Por outro lado, contemplamos a extraordinária evolução das técnicas de revascularização percutânea, de maneira rápida e constante, nos últimos anos, com a introdução de métodos e técnicas, com sem número de novos materiais e, principalmente, com grande evolução na habilidade e desempenho dos intervencionistas, que se deparam, cada vez mais, com casos complexos e desafiadores da competência.
Fonte

ARTICULAÇÕES BARULHENTAS

Esses "clecls" podem ser atribuídos a diferentes fenômenos. Uma explicação é que quando uma articulação sai de sua posição normal (que pode ocorrer durante posturas do yoga ou em outros esportes), gases, primeiramente o nitrogênio, são deslocados e escapam do fluído sinovial (líquido das cavidades articulares), causando o som de estalo.

Outra razão do barulho é proveniente do tendão movimentando-se através da junta ou de mudanças do artrítico que já ocorreram na articulação, ou seja, inflamações. Entretanto é inoportuno tentar estalar as articulações, especialmente os joelhos. Essa prática tende a criar uma hipermobilidade e pode ocasionar uma instabilidade da articulação. Essa instabilidade pode causar um encurtamento e estreitamento na musculatura que envolve a articulação.

Logo, toda vez que você pratica Yoga, você leva as articulações ao completo alcance do movimento. Isso pode ajudar a prevenir artrites degenerativas, suavizar a deficiência de "espremedura e absorção" de áreas da cartilagem que normalmente não são utilizadas.
A cartilagem da articulação é como uma esponja; recebe nutrientes frescos apenas quando seu fluído é exprimido e um novo suprimento pode ser absorvido. Sem a substância apropriada, áreas negligenciadas da cartilagem podem eventualmente se desgastar, fazendo com que o osso fique em exposição. Se o estalo é proveniente de uma artrite, continue prestando a atenção na região, e se os sintomas mudarem, se há dor associada com o barulho do estalo, siga as orientações de um profissional qualificado da área de saúde.

Fonte: Faça Fisioterapia

A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

A vacinação tem como objetivo estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos para proteger o organismo, em caso de contato com algum agente infeccioso, por meio do próprio agente, ou parte dele, em sua forma inativada ou atenuada. Desta maneira, ela atua prevenindo o surgimento de doenças causadas por vírus e bactérias, sendo geralmente administrada por via injetável.
Embora todas as pessoas precisem ser vacinadas e exista um calendário especifico para cada faixa etária, é importante destacar a importância da vacinação na infância, especialmente os até os cinco anos de vida.
Ao nascer, a criança não possui o sistema imunológico formado, o que a coloca em maior risco de contrair doenças. Por isso, as primeiras vacinas que ela recebe, logo que chega ao mundo, é a BCG, que protege contra as formas graves da tuberculose, e a Hepatite B - cuja dose deve ser repetida no segundo mês de vida e 180 dias após o nascimento.
A partir daí, começa uma série de vacinas, pelo menos 18, que visam a proteção contra doenças como coqueluche, paralisia, meningite, sarampo, catapora, rubéola, tétano, entre outras.
É importante lembrar que até o primeiro ano de vida, a criança já deverá ter tomado todas as vacinas do esquema básico. Todas essas doses, gotinhas e injeções, geralmente um "pesadelo" para as crianças, são de fundamental importância para o seu desenvolvimento. As vacinas podem ser dadas em postos de saúde, cobertas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - sem custos para os pais, ou então em clinicas privadas.
Algumas crianças podem apresentar efeitos colaterais após algumas vacinas, no entanto, eles geralmente são raros e leves, como febre e vermelhidão no local da aplicação. Nada que gere preocupação, especialmente pelo fato de serem medicações bastante seguras.
É importante sempre observar a validade da vacina que está sendo aplicada e solicitar que ela seja registrada na carteira de vacinação da criança, que ajuda a controlar às doses e períodos de novas administrações.
Os benefícios da vacinação podem ser atestados pelo fato de muitas enfermidades terem desaparecido ou diminuído consideravelmente, especialmente em regiões onde ela é aplicada corretamente, conforme o calendário. A poliomielite (paralisia infantil) é um exemplo de doença que desapareceu do cenário nacional.
Segundo dados de 2008 da Organização Mundial de Saúde (OMS), 106 milhões de crianças no mundo estão imunizados contra as principais enfermidades infantis. Mas, apesar do grande volume, a OMS destaca que 24 milhões de crianças ainda não tiveram acesso a essas vacinas.
A vacinação é considerada pelos especialistas um dos principais avanços na saúde pública mundial, evitando pandemias e garantindo adultos mais saudáveis.
Confira o calendário de vacinações da infância no link do Ministério da Saúde.
http://portal.saude.gov.br

CRIANÇAS CEGAS SUPERAM MEDOS E DIFICULDADES PARA ANDAR SOZINHAS

 

O deficiente visual pode ter a postura curvada, por medo de bater em algo no caminho. Com a equoterapia, passa a andar com a coluna mais reta e a cabeça mais erguida.

Poliana de Abreu Brito, 7, chorava muito quando saía de casa, assustada com barulhos e movimentos. João Eduardo Jansen, 11, não podia chegar perto de animais e vivia com as costas curvadas. Pedro Bola, 7, tinha medo de andar e de tocar em objetos.
Os três, cegos desde o nascimento, superaram as dificuldades com atividades como equoterapia (terapia com cavalo), natação e balé.
Crianças cegas, claro, precisam de ajuda no dia a dia. Mas os esportes e a dança conseguem deixá-las mais seguras, inclusive para tentar se virar sozinhas. "Ela andava curvada e insegura, mesmo com a bengala [que usa para se guiar quando anda e descobrir se há algum obstáculo à frente]. Isso mudou desde que entrou no balé, há dois anos. Agora tem gente que pensa que ela enxerga!", conta Izabel, mãe de Poliana.
Assim como em outras atividades, o toque é o segredo para aprender os passos do balé. Poliana passa as mãos no corpo da professora para entender as posições. E a professora vai "moldando" o corpo da menina --dobra a perna, os braços, puxa mais para um lado, para outro etc.
João Eduardo e Pedro ganharam uma postura melhor e segurança para caminhar na equoterapia. "O cavalo joga o quadril do cavaleiro para todos os lados, o que é bom para a coordenação motora", diz a psicopedagoga e psicanalista Liana Pires Santos.
O deficiente visual pode ter a postura curvada, por medo de bater em algo no caminho. Com a equoterapia, passa a andar com a coluna mais reta e a cabeça mais erguida. "E ganha confiança e autoestima [sente-se uma pessoa melhor] por conseguir dominar o cavalo", completa Liana.
"Adoro quando desço do cavalo e pego a rédea pra puxá-lo", conta João Eduardo.
Outro ponto positivo dessas atividades é a socialização. Isso quer dizer que as crianças ganham amigos, cegos ou não. "No começo, tinha preguiça de ir à natação. Mas acabei gostando e fiz vários amigos", fala Pedro.
A escola onde Poliana faz balé tem alunos não cegos. "Eles aprendem a respeitar e a ajudar os que não enxergam", diz Fernanda Bianchini, presidente da Associação de Balé e Artes para Cegos.

Fonte: Folha


BRINQUEDOS DOS ANOS 80 QUE ESTIMULAVAM AS CRIANÇAS

 

Nos anos 80 haviam brinquedos que faziam mais do que divertir as crianças. Muitos faziam uma boa estimulação da coordenação motora.

Lego, Pogobol, genius e muitos outros brinquedos dos anos 1980 animam conversas de quem passou horas se divertindo com eles e daria tudo para saber como funcionavam esses e outros passatempos comuns na infância passada. Quem sonhava em tirar a dúvida, agora tem chance: o Genius, jogo de memória e agilidade que desafiou muitas crianças, está com relançamento marcado e você já pode convidar os amigos para uma sessão nostalgia. "Existem habilidades, como o raciocínio lógico e a noção de espaço, que os brinquedos mais antigos desenvolvem com mais eficiência do que os jogos tecnológicos de hoje", afirma a professora Cristina Laclett Porto, do curso de Pedagogia da PUC-Rio. Outras opções de brinquedos nunca saíram de linha, então que tal experimentar a rapidez do seu raciocínio ou o refinamento das habilidades motoras?

Parecia um brinquedo inofensivo, mas o fato é que as brincadeiras de antigamente estimulavam a criança como um todo. Testavam habilidades motoras, equilíbrio, memória e comunicação, tudo ao mesmo tempo.

Genius
Para alegria dos mais nostálgicos, o grande sucesso dos anos 1980 vai ressurgir nas prateleiras das lojas de brinquedo a partir do mês de setembro. Se você acha que aquele joguinho cheio de cores e sons só servia para confundir seu raciocínio, está muito enganado. "O Genius estimula não só a memória, mas também a coordenação viso motora (de espaço e movimentos) e o raciocínio rápido", afirma a psicopedagoga infantil Fernanda Spengler.

Lego
Um mundo de criações se abria para quem se aventurava com uma caixa de Lego. As pecinhas se encaixavam de várias maneiras e era possível criar desde castelos até bichos ou o que mais a sua imaginação permitisse. "Além dessa riqueza de possibilidades, as peças ensinavam à criança a ideia de tridimensionalidade, e isso é muito rico para o aprendizado", afirma a professora Cristina Laclett Porto, da PUC-Rio. A área motora também é estimulada a partir do contato com os blocos, e uma noção de projetos futuros já começa a se formar na cabeça dos pequenos.

Pogobol
"Atualmente, computador e TV tomam conta da rotina de muitas crianças, por isso que jogos e brincadeiras que estimulam a coordenação motora ampla devem ser explorados", diz a psicóloga Fernanda Spengler.Brinquedos que trabalham os músculos e transmitem noção de espaço também são essenciais para qualquer aprendizado. É nesse contexto que entra o pogobol, a engraçadíssima bola com suporte para os pés, com o qual as crianças podiam pular para onde quisessem. "Essa é uma forma divertida de gastar muita energia sem deixar de aprender o tempo todo". Outros clássicos da diversão também são muito úteis nesse sentido: elástico de pular, corda, bambolê... Vai dizer que você não se lembra de todos?

'Radinho' da Gradiente
Este é certamente o brinquedo mais 'moderno' da lista. Entenda por modernidade a presença de um microfone e de um player que gravava e reproduzia em fitas K7, coisa que os nascidos nos anos 2000 nem têm ideia do que seja. Quem amava ficar falando por horas no aparelho, entrevistando todos os parentes ou cantando pelos cômodos da casa não devia imaginar, mas estava estimulando a espontaneidade e a imaginação que seriam muito úteis alguns anos depois. "Esta vivência podia até mesmo despertar um envolvimento com a área de comunicação, mas o maior ganho é aquele momento de diversão para a criança", afirma a especialista Fernanda Spengler.

Lousa mágica
Criar, errar, refazer e se divertir com esses erros. Na hora de explicar esses conceitos, há alguns brinquedos que podem ajudar. A lousa mágica é um deles: tendo a chance de escrever, desenhar e apagar tudo o que é registrado nela, fica mais fácil aprender que não há problemas em tentar de novo. "É importante que a criança aprenda que a necessidade de fazer e refazer é natural e não precisa ser considerada uma falha", afirma a especialista em educação infantil Cristina Porto. Em questão de instantes, os desenhos se transformam, também estimulando a linguagem escrita, a produção artística e habilidades manuais.

Cubo mágico
Há brinquedos que continuam sendo divertidos para muita gente mesmo depois da infância. É o caso do cubo mágico, que tem até torneios e campeonatos espalhados pelo mundo para gente de todas as idades. Além de colocar a cabeça para funcionar, ele ajuda a difundir conceitos como o desafio e a persistência em atividades. "Concentração, atenção e paciência são estimuladas por este brinquedo, que também exercita as habilidades motoras manuais e o raciocínio lógico concreto", diz a psicopedagoga Fernanda Spengler.

Pega Vareta
Nessa brincadeira ganhava quem ficava com um maior número de varetas. Mas para isso, a criança deveria ter amaior habilidade motora com uma ótima coordenação fina, afim de movimentar apenas a vareta que queria pegar.

Ioiô
Alguns crianças brincavam com esse objeto de maneira impressionante. Tinha até campeonato. Manobras utilizando não apenas as mãos mais o corpo todo poderiam ser realizadas com o brinquedo. A coordenação e noção de espaço poderiam ser trabalhados com esse objeto.

Fonte: Minha Vida

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA É CORTADO DOS HOSPITAIS NA GRÃ-BRETANHA

 

Um dos principais cirurgiões da Grã-Bretanha se manifestou contra o subfinanciamento crônico dos cuidados nos pós-cirúrgicos, que está deixando vítimas de derrame e pacientes de traumatismo craniano sem a Fisioterapia Hospitalar.

Jake Timóteo, um neurocirurgião com base em Leeds Teaching Hospital Trust, disse que a “erosão” da fisioterapia, cuidados de enfermagem e terapia ocupacional estão escassas, afetando diretamente o tempo de recuperação e deixando a qualidade de vida dos pacientes em risco.
As reivindicações de Timóteo foram apoiadas na noite passada por Phil Gray, presidente-executivo da Sociedade de Fisioterapia Chartered (CSP), que disse que os cortes nos serviços de fisioterapia significava forçar os pacientes a se recuperar apenas fora do hospital, deixando-os em risco o desenvolvimento e levando a sérios problemas a longo prazo.

Como membro do Colégio Real de Cirurgiões, Timóteo, pediu mais investimentos em serviços de reabilitação para encurtar "o internamento caro".

Ele disse: "Não há como ter um bom resultado da cirurgia se não houver recursos para ajudar os pacientes a recuperar do episódio agudo e,  no caso de lesão neurológica,se não houver uma boa reabilitação, irá ter tem um grande impacto em ambos os lados: família e sociedade.
"Seria muito mais custo-benefício para os contribuintes e administradores hospitalares investir nos serviços de reabilitação que irão acelerar a recuperação e diminuir o internamento caro, especialmente em tempos de tais restrições financeiras. Isso nos permitiria tratar melhor os pacientes.
"Infelizmente, os administrados precisam tomar decisões difíceis em matéria de financiamento devido a limitações financeiras, mas dentro de neurocirurgia esses cortes têm implicações importantes para a qualidade de vida de nossos pacientes."Gray disse que o CSP tinha recebido relatórios de cortes de serviços de fisioterapia por causa de pressões financeiras. Ele acrescentou: "Nós sabemos do número de funcionários reduzidos em departamentos de fisioterapia e estão ouvindo que os fisioterapeutas com especialização em áreas-chave ou especialista estão sendo substituídos por funcionários com baixos níveis de habilidades, a fim de cortar custos. Isto irá ter um impacto negativo sobre a qualidade do serviço prestado aos pacientes a longo prazo, não vai resultar em economia. O corte para serviços de fisioterapia resultará em muitos pacientes ter que ficar no hospital por mais tempo do que deveriam. O acesso precoce à fisioterapia é essencial para ajudar os pacientes a fazer uma recuperação rápida, que em por sua vez, pode liberar mais rápido os leitos hospitalares. Além disso, a Fisioterapia também pode impedir os pacientes de desenvolverem sérios problemas de longo prazo.
"Felizmente, muitos hospitais estão reconhecendo o valor de fisioterapia e expandiram o número de fisioterapeutas. Esperamos que os outros sigam e adotem essa abordagem."
Timóteo é atualmente em dos pioneiros na reparação da coluna vertebral em cirurgia minimamente invasiva, para reduzir o tempo de recuperação do paciente, exprimiu as suas preocupações depois de descobrir que um de seus pacientes, de 56 anos de idade, John Armstrong, tinha permanecido na ala 25 da Trust Leeds General Infirmary vários meses depois de sofrer hemorragia no cérebro nas primeiras horas de 15 de março. Armstrong e a esposa, Liz Meenan, escreveram a Timóteo a decepção da falta de cuidados após a cirurgia e lançaram uma campanha para lutar por fisioterapia adequada.

Ela já conseguiu garantir um cuidado extra para o marido e outros pacientes. Mas ela acredita que a falta de tratamento após a sua operação como resultado de cortes nos serviços pós-cirúrgicos deva ter afetado diretamente a qualidade de vida, com o seu marido frequentemente  deprimido e agitado devido a lentidão de sua recuperação.
Timóteo escreveu a Meenan, dizendo que concordava com suas preocupações em relação à prestação de fisioterapia hospitalar. Ele disse: "Houve um subfinanciamento crônico do que é um serviço tão importante, particularmente em neuro-reabilitação."
Em uma reunião, a equipe médica reconheceu a "falta de fisioterapeutas e sessões de fisioterapia e o impacto sobre a reabilitação de Sr. Armstrong.
Cada membro presente pediu desculpas "em nome do sistema" e simpatizava com a posição de Meenan.
Meenan disse: "O hospital acaba de aprovar um pacote de reabilitação para John, e para outros pacientes.”.
O Serviço de Apoio ao Paciente e de Ligação (PALS) está investigando caso de Armstrong depois de receber uma denúncia formal, e disse que vai apresentar um relatório em 31 de agosto.

Fonte: The Guardian

TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA TORNAR A CELULITE INVISÍVEL

 


A cura para a celulite ainda não foi descoberta, mas novos tratamentos, que viraram febre nas clínicas de estética, podem torná-la praticamente invisível no corpo. A carboxiterapia e a endermologia agem na "raiz" do problema, e os resultados já são notados logo a partir da primeira sessão.

Segundo a cirurgiã plástica Célia Sampaio Costa Accursio, que é membro da Sociedade de Cirurgia Plástica e Medicina Estética, o aparecimento da celulite está ligado à questão hormonal e a problemas de microcirculação da região do corpo em que a celulite aparece, causando uma fibrose e o encarceramento de líquido, que resulta nos terríveis nódulos.

"Pessoas com tendência a varizes têm mais celulite, pois ela é causada por um problema circulatório", alerta a médica. Por isso, dificilmente cremes garantem bons resultados no combate a essa inimiga das mulheres. "O que os cremes fazem é hidratar e melhorar o aspecto da pele. Nada mais", afirma Célia.

Um dos novos tratamentos, a carboxiterapia, age na microcirculação, proporcionando a troca de oxigênio dos tecidos e eliminando os nódulos da celulite. "Com uma agulha bem fina é injetado gás carbônico que gruda na hemoglobina do sangue, que por sua vez libera oxigênio melhorando e dando vitalidade, nutrindo os tecidos e aumentando o fluxo sangüíneo", explica. Antes de iniciar a aplicação, a região do corpo que será tratada é aquecida por uma manta térmica que aumenta o fluxo de sangue.

Quanto à dor, a cirurgiã garante que a paciente pode sentir algum incômodo durante a aplicação na distribuição do gás carbônico. "Mas dor é uma questão individual e subjetiva. Algumas pacientes sentem mais ou menos dor", comenta.

O tratamento também não tem contra-indicação, já que o gás carbônico é fisiológico. "Nós inalamos e exalamos gás carbônico, por isso não há risco algum para a saúde", afirma Célia.

Uma sessão de carboxiteraperia dura em média meia-hora, mas pode variar dependendo da extensão da região a ser tratada. Dez sessões é o mínimo recomendável, sendo duas aplicações por semana.

A endermologia, quando aliada à carboxiterapia, traz resultados excelentes no combate à celulite e ainda ajuda a modelar o corpo. "Essa associação de tratamentos é a coqueluche do momento", conta a médica. O tratamento é baseado numa técnica de apalpar e rolar através de um aparelho que faz o massageamento da pele com vácuo e vai desfazendo os nódulos da celulite. "Logo na primeira sessão a paciente já sente a pele mais lisa", explica a médica.

Nas duas primeiras sessões é normal sentir repuxar a pele. Uma sessão dura em média 40 minutos. A massagem atinge todo o corpo e também promove uma drenagem linfática. O recomendável para um bom resultado são 20 sessões, feitas duas vezes por semana.

Benefícios da carboxiterapia:

- Age na microcirculação, oxigena e elimina os nódulos da celulite.

- Proporciona nutrição e mais vitalidade à pele.

- Melhora a circulação e a coloração da pele (indicado para fumantes).

- Não tem contra-indicação.

- O preço de uma sessão varia entre R$ 100 e R$ 150.

Benefícios da endermologia:

- Descola a pele desfazendo os nódulos da celulite.

- Trabalha a microcirculação.

- Promove a drenagem linfática empurrando o inchaço e o líquido retido para fora do corpo.

- Modela o corpo.

- O preço de uma sessão varia entre R$ 60 e R$ 70.

Dicas para combater a celulite:

- Evite o sedentarismo, faça ginástica.

- Dieta adequada, quanto mais açúcar e carboidrato, mais celulite.

- Cuidar da parte hormonal, pois o desequilíbrio causa retenção de líquido e mais celulite.

- Cuidar das doenças venosas, principalmente das microvarizes.

- Mexer sempre o pé para fazer com que o sangue não fique parado nos membros inferiores.

Diagnóstico da celulite:

-É feito a olho nu e através da apalpação, nenhum aparelho conseguiu substituir esse método com eficácia.

- Também não existe um padrão de classificação da celulite, pois ela pode aparecer em maior ou menor grau dependendo da região do corpo.

- Normalmente atinge membros inferiores e tecido adiposo.

- As partes do corpo mais atingidas são coxas, quadril e barriga.

- Todo mundo tem celulite, em maior ou menor grau, dependendo da quantidade de hormônio feminino.

SAIBA MAIS OSBRE O FISIOTERAPEUTA NA CARDIOLOGIA

Quem acha que fisioterapia não tem nada a ver com o coração está enganado. A especialidade fisioterapia cardiovascular existe e trabalha em duas frentes. A primeira é hospitalar e consta de tratamentos voltados para pacientes internados após eventos cardiovasculares. Nessa fase realiza-se fisioterapia respiratória, com exercícios físicos de baixa intensidade e um programa de reabilitação educacional em relação aos fatores de risco. Ou seja, trabalha-se junto ao paciente a importância de praticar exercícios como parte do tratamento não medicamentoso. O objetivo é focado na alta hospitalar precoce com as melhores condições físicas e psicológicas.

A segunda é ambulatorial e tem como principal finalidade aprimorar a condição física do paciente, aumentar sua capacidade aeróbia, a fim de melhorar sua saúde e qualidade de vida num contexto global. Mesmo os pacientes com insuficiência cardíaca grave podem receber um treinamento para fortalecer os músculos respiratórios, desde que seja através de técnicas bem específicas e orientadas pelo Fisioterapeuta Cardiovascular.

De acordo com Andrea Kaarina M. Bueno Silva, fisioterapeuta especialista em Reabilitação Cardiovascular e Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca, o profissional dessa área precisa entender a doença, seus sinais e sintomas, para tratar o que foi causado no coração. Ela destaca: "o fisioterapeuta tem que entender de todos os mecanismos de ação do exercício e os fatores determinantes de intolerâncias a ele, os fatores de risco para os diabéticos, hipertensos, os de colesterol alto, obesos, fumantes, dentre outros, para tratar corretamente o paciente".

A primeira avaliação é sempre do cardiologista. É ele que instrui a seqüência de exercícios ideais, o que pode ser feito e traça metas. Cabe ao fisioterapeuta montar um programa para o paciente, utilizando seu histórico clínico, sua força muscular, seu sistema respiratório e sua capacidade física através de teste ergométrico ou cardiopulmonar prévio para englobar as fases da reabilitação hospitalar ou ambulatorial.

Esta especialidade começou a ganhar força com o surgimento das equipes multidisciplinares dentro dos hospitais. A fisioterapia é peça fundamental no processo de reabilitação tanto de pacientes que já sofreram algum evento cardiovascular quanto àqueles considerados de risco moderado a alto risco.

Fonte: Terra

AUMENTA O NÚMERO DE FISIOTERAPEUTAS NAS COMPETIÇÕES

 

Pela primeira vez uma Seleção Feminina disputa uma competição com dois fisioterapeutas, os responsáveis por recuperar as jogadoras e prevenir suas lesões.

Nas Olimpíadas de Londres, o chefe do Departamento Médico da Seleção, José Luiz Runco, autorizou a ida de um outro fisioterapeuta para o Mundial Sub-20, no Japão, e Sub-17, que acontecerá de 22 setembro a 13 de outubro no Azerbaijão.
- A partir de agora, em todas as competições oficiais, as seleções de base e feminina terão dois fisioterapeutas na comissão.
Os dois fisioterapeutas da Sub-20, Henrique Furlan e Amir Curcio, trabalham em dupla, para otimizar o rendimento. Como o Mundial é uma competição rápida, em que há jogos em um curto intervalo de tempo, a recuperação acelerada é algo essencial.
- Durante um torneio, temos pouco tempo entre um jogo e outro. Com dois fisioterapeutas, acelera o trabalho – explicou Amir.
Além de ter de recuperar as jogadoras, Henrique e Amir acumulam outras tarefas: organização da parte de hidratação antes, durante e depois dos jogos e treinos; treinamento de recuperação pós-jogo na academia e prevenção de lesões.
Atualmente, a equipe de fisioterapia da Seleção Feminina é totalmente integrada, desde a Sub-17 à Principal. Os profissionais têm um trabalho de prevenção de lesões padronizado.
Por conta desta mesma integração, Thaisinha, que disputou as Olimpíadas de Londres e agora está com a delegação Sub-20, no Japão, deu continuidade ao tratamento que iniciou na Inglaterra com Flávio Bryk, fisioterapeuta que acompanhou os Jogos Olímpicos.

Fonte: CBF

BRASILEIROS CRIAM PAINEL INTERATIVO PARA DEFICIENTES FÍSICOS COM KINECT

 

Sistema identifica pessoas que perderam membros e cadeirantes. Usuários podem usar comandos de voz em português para navegar na web.

O Kinect, acessório para Xbox 360 e PC que reconhece os movimentos do jogador, é muito usado em games e dispensa o uso de joystick. Desde o lançamento do aparelho no final de 2010, desenvolvedores "hackearam" o dispositivo para usá-lo com outras funcionalidades, o que fez a Microsoft lançar um kit de desenvolvimento aberto para que o Kinect fosse utilizado para outras finalidades.
Finalidades estas que o FIT - Instituto de Tecnologia, de Sorocaba, no interior de São Paulo, percebeu que poderia aplicar ao Kinect para melhorar a interação de deficientes físicos com a tecnologia. "Criamos um painel interativo em que qualquer pessoa, com deficiência física ou não, pudesse interagir", disse ao G1 o analista de sistemas do FIT Maurício Oliveira, responsável pelo projeto que demandou dois meses de trabalho e foi concretizado há três semanas. "Exploramos a questão da deficiência como fator de inclusão, mas o mesmo aplicativo permite que pessoas sem deficiência possam usá-lo".
Foi desenvolvido um painel interativo em que cadeirantes ou quem perdeu parte dos braços possa usar e interagir, acessando informação. O aplicativo usado apresenta um mapa do mundo, no qual os usuários navegam pelos continentes utilizando os braços e obtêm informações sobre 60 países.
O sistema também reconhece comandos de voz em português - no Kinect para o Xbox 360, o idioma ainda não foi lançado oficialmente, embora na feira E3, a Microsoft tenha dito que uma atualização traria comandos de voz em português nos próximos meses.
"Mais do que um game, queríamos fazer algo com propostas mais nobres. Já que o Kinect reconhece braços e cabeça do jogador, ele poderia rastrear qualquer outra parte do corpo", explica. "Foi um trabalho de programação e de estudo das características da deficiência física da pessoa. Vimos que é fácil controlar o sistema pelo Kinect com o braço, mas é mais complicado para quem tem apenas parte dele e, por isso, tivemos que calibrar o sistema".
Segundo Oliveira, o FIT tem mais de 200 pessoas com deficiência física, que ajudaram a criar o sistema.
Usos da invenção
De acordo com Oliveira, não existe um único propósito do que pode ser feito. O programa pode ser construído do zero para qualquer finalidade. "O potencial [dele] é forte", afirma. Ele exemplifica, dizendo que lojas podem usar o sistema para criar uma vitrine virtual que pode ser utilizada por qualquer pessoa.
Ainda, Oliveira acredita que o Kinect pode ser usado na área da educação. "As crianças, por iniciativa própria, podem usar e brincar, assimilando conteúdo que só conseguiriam aprender ou gravar do modo tradicional".
O potencial na área médica também é destacado. "Muitas empresas têm usado o Kinect na fisioterapia. Procuramos criar aplicações para atender esta área".
Deficientes visuais
O sistema criado pela FIT também permite que deficientes visuais utilizem o sistema. Por meio de comandos de voz, eles podem navegar na internet. "Ele sabe o que há na tela por meio de uma narração dinâmica. O sistema pode até ler uma notícia para a pessoa".

Fonte: G1

ISIOTERAPIA PODE REDUZIR RISCO DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO

 

Serotonina e ativação da área do cérebro responsável pelo afeto explicam a redução

Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Fisioterapia e publicada na revista Physical Therapy, exercícios de fisioterapia podem reduzir as chances de depressão pós-parto. Para chegar a essa conclusão, a universidade recrutou 161 mulheres que tinham dado à luz recentemente. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos.
O primeiro era composto por 62 delas, que se comprometeram a fazer com seus bebês, uma vez por semana durante dois meses, exercícios físicos orientados por um fisioterapeuta, além de cumprir 30 minutos de aula de educação parental com profissionais da saúde.
O segundo, com 73 voluntárias, recebeu apenas o material escrito de educação. O último, com 26, não teve qualquer intervenção. Todas as mulheres foram avaliadas no início do projeto, após oito semanas e, então, quatro meses mais tarde, tiveram que responder questionários sobre bem-estar, depressão e quantidade de exercícios físicos.
Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que houve melhoras significativas no bem-estar e de sintomas depressivos até o fim das análises no primeiro grupo em comparação com os outros.
O número de pacientes identificadas com chance de ter depressão pós-parto foi reduzido em 50%. Já nas que não receberam o acompanhamento fisioterapêutico, os índices não se alteraram.
Nas mães que receberam só as aulas de educação parental, houve pequena redução dos casos, apenas 5%, mas nada muito significativo.
Para os pesquisadores, isso acontece porque quando mãe e bebê praticam atividades físicas juntos compartilham sentimentos e ativam a área do cérebro responsável pelo afeto e produzem mais serotonina, causando mais prazer na convivência entre eles.
Porém, os médicos alertam para a importância da escolha certa de exercícios para não causar efeitos distintos.

Fonte: Minha Vida

ACUPUNTURA É ALTERNATIVA PARA CIRURGIA DE ARTROSE DE JOELHO

 

Melhorias clinicamente significativas nos níveis de dor, flexibilidade e capacidade funcional podem ser observados com a Acupuntura.

Osteoartrite
Pesquisadores da Clínica St. Albans (Reino Unido) constataram que a acupuntura é uma alternativa eficaz às cirurgias para tratamento da artrose ou osteoartrite do joelho.
A artrose, ou osteoartrite, do joelho é uma doença degenerativa das articulações, muito debilitante, que acomete sobretudo idosos.
A cirurgia funciona bem, mas não é recomendável para todos os pacientes, além do que uma porcentagem significativa daqueles que passam pela cirurgia continua sofrendo dores anos após o procedimento.
Tratamento alternativo voluntário
Em um oferecimento totalmente voluntário, os pesquisadores relatam que 90 dentre 114 pacientes aceitaram o tratamento de acupuntura para combater as dores no joelho.
A idade média dos pacientes era de 71 anos, todos apresentando sintomas severos, como dor forte e incapacidade para andar longas distâncias, e todos elegíveis para a cirurgia.
Nesse grupo, 50 afirmaram estar preparados para a cirurgia, 29 não queriam a cirurgia e quatro disseram que só iriam para a cirurgia em último caso.
O tratamento alternativo consistiu em uma sessão de acupuntura por semana no primeiro mês, reduzida para uma sessão a cada seis semanas nos meses subsequentes.
Acupuntura para artrose
Depois de um ano, 41 dos pacientes continuavam frequentando as sessões, e 31 continuavam assíduos ao final do estudo, dois anos depois.
Mas, logo ao final do primeiro mês, os resultados mostraram "melhorias clinicamente significativas nos níveis de dor, flexibilidade e capacidade funcional", relata o estudo, publicado no British Medical Journal.
Além de evitar os riscos da cirurgia, mais elevados sobretudo pela maior idade dos pacientes, os pesquisadores ressaltam a economia de custos para o sistema de saúde, evitando-se uma cirurgia cara, substituída por um procedimento já regulamentado e muito barato.
No Brasil, a espera na fila do SUS para uma cirurgia para artrose no joelho pode levar vários anos - o tratamento de acupuntura produziu resultados em um mês.

Fonte: Diário da Saúde

O FISIOTERAPEUTA E O SALÁRIO

 

De onde vem os valores dos salários dos Fisioterapeutas? É pouco? A profissão é valorizada? Entenda um pouco mais da origem de algumas indagações...

Temos nos salários pagos aos fisioterapeutas um dos maiores problemas para o crescimento da profissão. Digo crescimento no sentido de estímulo, satisfação e realização profissionais.
Vários aspectos devem ser analisados para que uma ação efetiva seja levada a cabo.
Esse problema não é recente, mas vem se agravando na medida proporcional em que a competitividade e a aparente falta de mercado aumentam.
É fundamental entendermos o que acontecia no passado e que é uma prática efetivada no Brasil até hoje, se buscarmos quaisquer fontes de pesquisas do IBGE. O salário pago às mulheres é mais baixo do que aqueles pagos ao homem. A categoria da fisioterapia é formada, em sua maioria, por mulheres. Quando citei o que ocorria no passado era um fato bastante comum termos fisioterapeutas do sexo feminino que exerciam a profissão como um “hobbie” para sua satisfação pessoal, durante meio período do dia e sem nenhum estímulo de crescimento profissional. Como estava era bom; é desagradável citar isso, mas ocorria muito. Um outro ponto importante mencionarmos na raiz desse problema é a formação antiga do fisioterapeuta. Nem todos sabem, mas a fisioterapia no Rio de Janeiro cresceu e se firmou a partir da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Um grupo de médicos ortopedistas, reumatologistas e neurologistas importaram a idéia da medicina física e reabilitação dos Estados Unidos e Europa e passaram a aplicá-la aqui. Surgiu um grande problema: quem iria “executar” as técnicas de tratamento fisioterápico? Foi, então, criado um curso técnico voltado essencialmente para a prática e os alunos possuíam nível médio de formação, usando calça jeans, tênis e camiseta branca como uniforme.
Essa lagartixa se transformou em um jacaré que se voltou contra esse grupo e a fisioterapia cresceu; passou a nível superior na década de 1960 e, quando ocorreu a regulamentação da profissão em 1969 pela junta militar que governava o país, todos aqueles de nível médio foram agraciados com o título de nível superior. Foram sem dúvida, grandes heróis esses profissionais, mas a base da profissão era puída.
A noção que se tinha e a que se tem ainda hoje da fisioterapia é de uma coisa menor. A principal categoria de nossos pacientes de hoje é formada por idosos, jovens àquela época e com essa visão distorcida ao longo das décadas. Tudo isso contribuiu para que a fisioterapia fosse distorcida e aviltada, pois parece uma coisa que todo mundo aplica, que todo mundo conhece.
Observem uma distorção que todos nós usamos no dia a dia e que contribui para essa desvalorização: quando alguém relata para você algum problema orgânico, qual é a pergunta? Você está fazendo tratamento médico? Se o problema citado é odontológico, qual é a pergunta? Você está fazendo tratamento dentário? E com relação à fisioterapia? Você ESTÁ FAZENDO fisioterapia? Quem faz fisioterapia é o acadêmico da graduação, os pacientes fazem tratamento fisioterápico. Na prática quem valoriza dessa maneira?
Um outro problema crônico e que voltou a aumentar na última década está relacionado aos fisioterapeutas. De forma crescente, vemos ex-alunos cursando medicina, enfermagem, nutrição, farmácia, além de educação física. Alguns buscam outras categorias por apresentarem melhores salários, mais vagas em concursos públicos, maior estabilidade; outros buscam porque queriam ser médicos e /ou odontólogos e, não conseguindo, iniciaram pela fisioterapia como um trampolim. Ora, se essas pessoas buscaram o curso de fisioterapia frustrados porque queriam outra formação, que vínculo, que engajamento, que comprometimento vão ter com a fisioterapia e suas lutas?
Basicamente nada vão fazer para ajudar a trazer de volta com maior ênfase a credibilidade e a respeitabilidade da fisioterapia junto aos profissionais da equipe de saúde.
Eu costumo chamar isso de cultura fisioterapêutica. Outras categorias mais antigas e mais sedimentadas possuem essa cultura. A fisioterapia como é mais recente, com vários problemas estruturais e com várias deformações, não a possui e isso interfere bastante.
Os cursos pré-vestibular continuam enaltecendo medicina, engenharia e direito. Será que só existem essas profissões?
Será que somente essas profissões são respeitáveis?
Será que as pessoas só serão felizes e realizadas nessas três opções? Os pais ficam muito satisfeitos e orgulhosos com essas escolhas; olham com desconfiança outras alternativas – fisioterapia então, …
O aluno de medicina, direito, educação física, engenharia etc., já incorporam o profissional quando o curso começa. E o fisioterapeuta? A grande maioria dos alunos não sabe o que é fisioterapia ao iniciar o curso e, o que causa mais preocupação, continua sem saber ao terminar o curso.
Felizmente, temos alunos que percebem isso claramente e serão fisioterapeutas de forma visceral como eu sou e muitos colegas espalhados pelo país também o são; mas somos poucos ainda para atender as necessidades da população brasileira. A criação dessa consciência, vai gerar um profissional lutador, participante ativo do processo de crescimento que queremos, vai correr na frente e não atrás como é costume para que perdeu a oportunidade.
Apesar de ser uma colocação desconfortável, considero o profissional responsável por grande parte da culpa pela maior parcela das situações inadequadas pelas quais passamos.
Sabe-se que, no Brasil, os profissionais da área da saúde não são bem remunerados via de regra. A exceção fica por conta do serviço público federal e algumas unidades estaduais que tenham alguma autonomia e apresentam salários diferenciados. No mais, os salários oferecidos chegam a ser um deboche com as categorias.
Em relação à fisioterapia o problema torna-se mais angustiante por vários motivos: o tratamento fisioterápico de médio e longo prazos apresentam custo financeiro elevado, sendo impossível para as famílias manterem por muito tempo um tratamento seqüencial de qualidade. A partir daí, se o tratamento não puder ser interrompido, inicia-se uma competição absurdamente desastrosa, onde quem cobrar menos pelo atendimento passa a tratar do paciente.
Há relatos de atendimentos por R$2,00. Não foi erro de digitação, o atendimento por dois reais é uma realidade. Em função disso, vários desdobramentos passam a ser evidentes. Se o profissional cobra dois reais, porque o paciente pagará oitenta, cem reais pelo mesmo tratamento (dentro do raciocínio leigo de que é o mesmo tratamento); o profissional que cobra esse valor ou proporcionalmente menos para competir é um fisioterapeuta consciente da sua responsabilidade junto àquele que recebe seu atendimento e junto à sociedade? O fisioterapeuta qualificado, consciente, comprometido, estudioso, ético, que valoriza seu trabalho e o desempenha com qualidade, seriedade e amor não merece receber o valor proporcional e justo pela sua competência?
É nesse ponto que focalizo o porque de achar que o fisioterapeuta é o principal culpado da situação salarial e, por conseqüência, de mercado que presenciamos hoje.
É fundamental que o profissional se nivele por cima. Não importa o comportamento das outras categorias; o que interessa é que o fisioterapeuta seja sempre muito bom e valorize o próprio trabalho para que todos também o façam. Costumo afirmar que, só encara com argumentos aquele que sabe e tem embasamento para o que está falando; quem não sabe se submete e se submete como conseqüência direta da sua incompetência, não tem o que reclamar. Se todos forem bons, não haverá como nivelar por baixo nem como permitir a vulgarização e mesmo a prostituição da  profissão. Para isso começar a acontecer é necessário que a graduação melhore urgentemente a formação dos profissionais não só no aspecto técnico-científico, como também ético e de conhecimento a respeito do que é realmente a fisioterapia. É fundamental que os docentes fisioterapeutas tenham pleno vínculo com a profissão e não, como faz uma minoria, falem em sala de aula que a fisioterapia está com o mercado saturado, que os alunos deveriam procurar outra carreira, que não sabem o que os alunos estão fazendo ali, entre outros comentários desastrosos e sem ética.
Quanto mais consciente for o aluno do primeiro período a respeito da profissão que escolheu, quanto mais subsídios ele tiver precocemente para crescer e entender que o profissional se forma quando inicia o curso e não quando termina, melhores profissionais teremos e, com certeza, não haverá lugar para as submissões que vemos acontecer no dia-a-dia.
Outro ponto que contribui para o quadro atual é a falta de opções e de vagas na esfera pública (federal, estadual e municipal) uma nação decente para com os seus habitantes. Se os governos entendessem e agilizassem a funcionalidade da saúde, o panorama seria outro. Em relação à fisioterapia faz-se necessária uma literal invasão dos hospitais públicos.
Há anos que venho repetindo que, o futuro da fisioterapia de qualidade está nos hospitais. Porque no hospital público essa noção torna-se mais clara? Porque lá está o contingente mais necessitado da atenção fisioterapêutica primária, secundária e terciária. Lá a fisioterapia se mostra em toda a sua amplitude e competência na busca pela respeitabilidade e dignidade profissionais. Nos hospitais e clínicas particulares encontramos até fisioterapeutas em maior quantidade, mas a realidade é bem mais preocupante, pois os problemas e distorções são bem mais graves, mas nem por isso o fisioterapeuta é menos responsável.

Fonte: Revista Nova Fisio

A SAÚDE DO FUTURO JÁ COMEÇOU!

 

Daqui a alguns anos não existirão medicamentos inovadores. Smartphones, tablets e até videogames serão os aliados da assistência à saúde

A tecnologia da comunicação sempre esteve a favor da saúde. Quem ainda se lembra do bipe, por exemplo, vai recordar também como os "doutores" foram os primeiros a terem esses aparelhinhos trabalhando a seu favor, recebendo mensagens sobre emergências e plantões. Depois, com a chegada dos celulares, logo os pacientes com problemas mais graves puderam ligar para seu médico em situações de emergência. Além disso, se alguém passar mal na rua, várias pessoas têm como chamar por socorro imediato. Mas o mundo hoje está em constante evolução, principalmente ao lidar com os aparatos eletrônicos. Portanto, celulares, tablets e muitas outras inovações têm tudo a ver com saúde e há muito por vir.
Essa relação se dá justamente devido à mobilidade, o que será muito útil para o futuro, já prevê a empresa de consultoria Ernst & Young. De acordo com uma pesquisa encomendada a eles, grande parte da assistência médica daqui a alguns anos será feita no chamado "terceiro lugar", ou seja, a casa do paciente ou qualquer local em que ele esteja (o primeiro e o segundo são os hospitais e consultórios). "Os meios para isso já existem, o que discutimos são os padrões de monitoração e qualidade de atendimento", fala Chao Lung Wen, chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenador desse mesmo setor no Hospital das Clínicas (SP).
A tendência é que as inovações na medicina se voltem à prevenção e diagnóstico. "No futuro, não existirão medicamentos inovadores e, já hoje em dia, eles já estão mais raros", explica Walban Damasceno de Souza, diretor de assuntos corporativos da BD Brasil, empresa especializada na fabricação de aparelhos de saúde.
Aplicativos aplicados
Os pacientes que mais se beneficiarão com a mobile health são os portadores de doenças crônicas. "Haverá acompanhamento em tempo real de diabéticos e hipertensos", diz Luiz Vicente Rizzo, diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (SP). Nesse campo, destacam-se o uso dos "apps" para celulares. "Neles, pode-se montar um cardápio, ver receitas, administrar dados de pressão, agendar consultas e exames, programar lembretes ao longo do dia, enfim, há uma infinidade de situações e possibilidades", fala o endocrinologista Márcio Krakauer (SP). Há também a criação de gadgets que se conectam a esses dispositivos, amplificando essas funções e possibilitando medições. As melhoras nesse aspecto trarão interações maiores, como aponta Wen, ainda mais com a chegada do 4G, que terá melhor velocidade e capacidade de enviar dados de alta performance, ensina o especialista.

Grande parte da assistência médica daqui a alguns anos será feita no chamado "terceiro lugar", ou seja, a casa do paciente ou qualquer local em que ele esteja.
ENQUANTO ISSO, NOS LABORATÓRIOS...
A tecnologia dentro deles também tem evoluído para o cuidado de emergência e da medicina diagnóstica. Veja alguns desses avanços:
SALA HÍBRIDA DE CIRURGIA
A ideia é das empresas Siemens Healthcare e Maquet. Ambas se uniram para tornar os centros cirúrgicos mais completos e permitir que eles realizem procedimentos diversos. Isso possibilita fazer várias práticas médicas em caso de emergências ou complicações.
ROBÓTICA EM ANDAMENTO
O cientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade de Duke (Estados Unidos), estuda a conexão dos impulsos do cérebro a exoesqueletos, para devolver a mobilidade a paraplégicos e fazer um deles dar o chute inicial da Copa de 2014.
VEIAS VISÍVEIS
A Becton, Dickinson & Company (BD) lançou o AccuVein, aparelho que ajuda a localizar veias e auxilia na coleta ou infusão de medicamentos. O profissional encontra os vasos corretamente, sem machucar o paciente, especialmente no caso de negros, idosos e crianças, em que é difícil encontrar o local de aplicação. Ele usa o infravermelho, mostrando no visor onde estão as estruturas.
Jogos na telona
Mas os aparelhos menores não têm exclusividade quando o assunto é saúde interativa. O sensor de movimento, presente na nova SmartTV da Samsung e nos videogames Wii (Nintendo) e Xbox-Kinect (Microsoft), também será de grande auxílio nessa área. "Isso pode ser conectado a uma rede que permite acompanhar atividade física em casa, pois consegue registrar a exata movimentação e se ela está sendo feita corretamente", prevê Wen. E o reconhecimento de gestos e a câmera podem monitorar pacientes de risco, verificando a ocorrência de quedas, etc.
E não só os consoles serão importantes, como os jogos, que têm potencial para ajudar as pessoas na adoção de novos hábitos. Já existe um para crianças com diabetes tipo 1, que são dependentes de insulina. "O jogador vai ganhando pontos se suas glicemias estão normais, e o aparelho é acoplado a um monitor desta taxa", descreve Krakauer. Além disso, eles já estão sendo utilizados no tratamento de questões emocionais, seja resgatando indivíduos de estados de depressão e ansiedade ou preparando-os para possíveis situações-problema, simulando-as e impedindo que desencadeiem reações de pânico quando ocorrerem na vida, por exemplo. "Isso conceitualmente funciona, mas ainda não é comprovado", alerta Wen.
Contêineres de saúde
Mais uma vantagem dessas tecnologias móveis é sua abrangência: elas podem chegar a lugares bem distantes, o que é muito comum no interior do Brasil. "Serão a solução para as regiões remotas, onde não há acesso a laboratórios e médicos, o deslocamento fica complicado e superlota o sistema de saúde dos grandes centros", esclarece Souza.
Há também o conceito de "contêineres de saúde", unidades específicas com várias especialidades, que podem ser transportadas por estrada, trens, helicópteros e embarcações para zonas de devastação ou isoladas, e mesmo grandes eventos. Dependendo da finalidade, uma combinação diferente. "Há como unir um de laboratório clínico, um de sistemas de imagem, um com pequeno ambiente cirúrgico e um de gerador de energia, e fazer uma campanha de prevenção em lugares longínquos", explica Wen. Assim, é possível criar atendimento em diversas regiões, atendendo cada uma de suas necessidades.
A comunicação dos smartphones e tablets permite que os médicos se mudem para esses locais sem correr o risco de ficarem desatualizados. Com a internet nesses meios, os profissionais têm acesso aos bancos de dados das instituições e aos estudos mais importantes. Distância não será o problema.
Ao vivo é melhor
Porém, nem toda a informação advinda das novas tecnologias é verdadeira, tanto na busca na internet quanto na procedência do aplicativo, por exemplo. Normalmente, os leigos são mais propensos a acreditarem em conteúdos errados. "Esses serviços serão confiáveis se ofertados por instituições de qualidade. Mas é preciso a criação de mecanismos que homologuem ou certifiquem locais que fazem trabalhos bons também", acredita Wen. E é importante frisar que essas tecnologias são um complemento ao atendimento ao vivo. "Sem a consulta e o exame pessoal não existe a parte mais importante na relação médico-paciente, apenas uma coleção de dados clínicos e de medicina diagnóstica que representam uma parcela do problema", salienta Rizzo.
A comunicação por meio de Smartphones e tablets permite que os médicos se mudem para locais distantes sem correr o risco de ficarem desatualizados.
Tecnologia com ternura
O médico pode educar melhor, conscientizar o paciente de sua doença e conhecer sua história, além de verificar a manifestação dos sintomas, que costuma variar de pessoa pra pessoa, e assim compreender o quadro, algo que o Dr. Google não consegue fazer. "A medicina é uma arte que mescla profundo conhecimento técnico científico ao equilíbrio de individualizá-lo em um único ser", fala Krakauer. Portanto, que venha a tecnologia, mas sem perder a ternura e o calor humano.

Fonte: Uol