Uma abordagem na área de saúde, criada em 1905 nos Estados Unidos, está cada vez mais difundida no mundo inteiro e garante avanços muito positivos para o tratamento das doenças crônicas: a abordagem multidisciplinar.
Com o desenvolvimento das demais profissões da área da saúde, o atendimento de um paciente deixou de ser exclusividade do médico. De acordo com o geriatra Dr. Carlos Augusto Sperandio, “hoje, o apoio de profissionais como o fisioterapeuta, o psicólogo, o assistente social, o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, o educador físico e até mesmo o musicoterapeuta já é bastante aceito e muito bem-vindo”, afirma.Segundo o especialista, as doenças crônicas como a depressão e outras afecções da saúde mental necessitam de um apoio constante do profissional da saúde. “Essa tarefa tem maior rendimento quando o paciente é orientado a procurar suporte fora do consultório médico, principalmente na terapia e na atividade física”, diz. “Ao realizar interconsultas com profissionais que falam a mesma língua, o paciente se sente mais seguro e apresenta uma resposta mais positiva ao tratamento”, completa.
Outro exemplo de sucesso do tratamento multidisciplinar é a obesidade. As pessoas que estão muito acima do peso desenvolvem chegam a essa condição devido a uma série de fatores, como: ansiedade, falta de controle, distúrbio de comportamento, depressão, falta de apoio familiar, sedentarismo, gula, entre outros, e podem ser tratados de modo multidisciplinar. “Para isso, é importante oferecer um acompanhamento mais próximo e periódico, com médicos clínicos gerais, endocrinologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e até psicólogos”, ressalta Sperandio.
Para o neurologista e Gerente Médico de Operações dos CIMs, Giovanni Zenedin Targa, o principal benefício é controlar a doença e tratá-la em um período de tempo menor. “Entre os ganhos também estão uma maior qualidade de vida, menos sequelas e limitações funcionais, além do retorno mais rápido a rotina”, conta o neurologista.
No caso das gestantes, o acompanhamento de outros especialistas pode ser fundamental. “O obstetra faz o encaminhamento para, por exemplo, um cardiologista caso a mulher tenha hipertensão, ou para uma nutricionista quando está acima ou abaixo do peso ideal”, explica o clínico geral, Dr. Heitor Lagos.
Orientações
O clínico geral, Dr. Heitor Lagos, orienta quem pensa em entrar nesta nova onda. “O tratamento multidisciplinar é, antes de tudo, um esforço conjunto de vários profissionais, mas como uma orquestra deve estar bem afinada, através da troca constante de informações entre todos e, principalmente, um acompanhamento regular dos pacientes crônicos ou em condições de risco. O primeiro passo é perguntar ao seu médico se você precisa algum outro acompanhamento para melhorar sua saúde”, ressalta.
Fonte: Paraná Shop
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