JOGO QUE AUXILIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

 

Dois Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC da Universidade Feevale estão auxiliando algumas mulheres na recuperação após a cirurgia de retirada parcial ou total da mama

Quatro pacientes, atendidas na clínica-escola de fisioterapia, dentro do projeto Mama, estão utilizando um jogo de exercícios, em sessões de Fisioterapia – exergame. Hélio Paulo Mendes Junior, acadêmico de Sistemas de Informação, cursando o último semestre, desenvolveu, com a parceria dos cursos de Jogos Digitais e Fisioterapia, o jogo Soft Life.
A partir de estudos fisioterapêuticos, foi possível definir uma série de atividades e exercícios que podem ser utilizados para prevenir ou minimizar os impactos e complicações pós-cirúrgicas. Durante o jogo, a paciente senta-se à frente do monitor, e vai realizando movimentos de acordo com os que são “solicitados” por um avatar na tela.
O Kinect, dispositivo desenvolvido pela Microsoft como apoio ao console Xbox, captura seus movimentos, e aplica uma pontuação à jogadora. Assim, ao mesmo tempo em que a paciente joga, está praticando exercícios importantes para a sua recuperação. De acordo com o professor dos cursos de Jogos Digitais e Ciência da Computação e orientador de Mendes Junior, João Mossmann, jogos aplicados à Saúde já são uma realidade.
Luís Gustavo Ruthner Goulart, acadêmico de Fisioterapia, cursando o último semestre, tinha ideia inicial de trabalhar com o esporte no seu TCC, mas quando soube da possibilidade de utilizar exergames na reabilitação, se interessou de imediato.
Orientado pela professora Alessandra Reis, o objetivo de seu trabalho é aplicar os exercícios, trabalhando diretamente com as pacientes, e verificar se há melhora na funcionalidade do ombro para as atividades de vida diária após a aplicação do protocolo de exercícios. Outro intuito é verificar o grau de satisfação das pacientes frente à inserção dos jogos digitais como recurso durante as sessões de Fisioterapia.
“Tratamento está muito prazeroso”, diz paciente
E as maiores beneficiárias dessa interação entre as áreas, pelo que se já pode perceber, estão satisfeitas. Maria Lúcia da Silva Ferraz, de 60 anos, aposentada, realizou uma mastectomia em 2001. Ela é atendida desde 2005 pelo projeto Mama, tendo experimentado vários tratamentos. “Achei esse jogo fantástico! O tratamento está muito prazeroso, pois é um jogo, uma brincadeira, e os benefícios vêm em consequência dessa diversão”, conta.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer – Inca, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, representando 22% dos casos novos a cada ano. Ele, também, é o tipo de câncer mais frequente em mulheres na região Sul, com uma estimativa de 65 casos a cada mil mulheres. Durante o tratamento, muitas necessitam realizar a mastectomia.
Para essas mulheres, a reabilitação física por meio da fisioterapia é fundamental, pois estudos comprovam que a mastectomia pode acarretar diversas complicações, como dor, alteração da sensibilidade e morbidades que afetam as habilidades funcionais.

Fonte: Feevale

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