EXERCITAR MÚSCULOS DO CORE E OMBROS PODE EVITAR LESÃO COMUM EM TENISTAS


Conhecida como 'cotovelo de tenista', epicondilite lateral é causada por erros na técnica de movimentação e afeta principalmente iniciantes e amadores
A epicondilite lateral, uma inflamação na região lateral do cotovelo, é mais conhecida como “cotovelo de tenista”. Existe uma estimativa de que 50% dos jogadores de tênis vão sentir algum grau de dor na lateral do cotovelo ao longo da vida. No entanto, a incidência da patologia é muito maior em jogadores iniciantes e amadores em relação a profissionais, pois o erro na técnica de movimento é um dos principais fatores que causam essa inflamação.

O epicôndilo lateral é uma proeminência óssea no cotovelo que abriga a inserção dos músculos que fazem a extensão do punho (movimento da mão para trás) e a supinação do antebraço (movimento de girar a palma da mão para cima). Movimentos repetitivos e feitos de maneira incorreta levam à inflamação destes músculos e deixam o local bastante dolorido.

No tênis, o golpe que gera maior sobrecarga nessa região é o “backhand”. Para que ele seja realizado de forma mais eficiente e segura, é necessário que o corpo todo esteja atuando no golpe, não somente o braço. As pernas devem dar sustentação ao corpo, o abdômen deve estar contraído, e as costas alinhadas, para que o braço tenha um ponto de apoio estável para poder desenvolver o movimento da forma adequada. Além disso, em casos de “cotovelo de tenista”, alguns técnicos treinam o atleta a usar ambas as mãos no “backhand”, para que a carga seja dividida entre os dois lados, e a utilizar mais o golpe de frente (“forehand”) quando possível, pois nele o músculo bíceps e a musculatura abdominal têm mais ação, aliviando a carga na extensão do punho.

Embora a epicondilite lateral seja chamada de “cotovelo de tenista” desde sua primeira descrição, em 1883, apenas 10% das pessoas com essa patologia são realmente jogadores de tênis. A prevalência de epicondilite na população, em geral, é de aproximadamente 3% e ocorre principalmente entre os 45 e 54 anos. Movimentos repetitivos com o punho sem uma boa estabilidade de tronco e ombro são a principal causa.

O tratamento fisioterapêutico começa com medidas anti-inflamatórias, como gelo e o uso de laser de baixa potência. Em seguida, o movimento deve ser corrigido. Como sempre digo, cada caso é muito particular, mas de uma forma geral é necessário treinar os músculos do tronco (core) e a cintura escapular (ombro) para distribuir melhor a carga que estava somente sobre o punho. Evitar movimentos repetitivos também é importante no processo de recuperação.

Fonte: Globo Esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário