É um aumento do arco plantar que frequentemente é acompanhado de antepé valgo (queda da borda anterior do pé para dentro) ou varo (queda da borda anterior do pé para fora) e de dedos em “garras”. Na prática, trata-se de uma redução significativa na área da planta dos pés, cuja função é dar apoio. O surgimento de calosidades volumosas e dolorosas não é raro. Isso se dá em virtude do aumento natural de pressão sob o calcanhar e a região da frente dos pés.
Como surge o pé cavo?
Geralmente é hereditário e evolutivo. Em casos mais graves, o pé cavo está relacionado a possíveis causas neurológicas como é o caso de uma distonia ou paralisia consequente de uma deformação vertebral ou desordens nervosas centrais (poliomielite). O pé cavo neurológico pode estar associado à doença de Charcot-Marrie-Tooth. Quando não há causa neurológica para o surgimento do pé cavo, estes são chamados de pés cavos idiopáticos (sem causa aparente). No caso das crianças, o pé cavo ainda é flexível, perdendo, progressivamente, a flexibilidade na adolescência e fase adulta que terão tendência a fixar-se com garra característica dos dedos, ocasionando calos e pontas que podem ser dolorosas.
Como tratar?
O tratamento é conservador, mas poderá ser cirúrgico se os pés não estiverem fixados e com muitas dores, ou evoluindo rapidamente para os pés cavos neurológicos.
No caso do tratamento cirúrgico o objetivo é promover uma correção da anatomia do pé, viabilizando a pressão plantar uniforme, o que reduz a sobrecarga em outras áreas e consequente surgimento de calosidades dolorosas. Mesmo com o processo cirúrgico é imprescindível um período de fisioterapia para a recuperação da força, do equilíbrio e para a própria adaptação à nova maneira de pisar no chão frente à correção da deformidade dos pés.
Tratamento fisioterapêutico:
– Primeiramente retirar a dor do paciente;
– Trabalhar com cinesioterapia, a fim de alongar e fortalecer a musculatura plantar e intrínseca dos pés;![pé-cavo](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_u8UIzw7IPK12klbr8L4tTeq3iaRLTES0xbqQMr4F36_R7j3i3-tzmkpWQz1NKW_J4FFBGydg6D2xt35YQXjrVj295mpcCIlK_s5x4kiXpQIPBLwCglkZ8fGMxjSW8ifOxe8YqQdFiZLgwdqnHQwSw=s0-d)
– É muito importante que o paciente use palmilhas corretivas durante o dia, calçados adaptados e órteses corretivas e/ou de compensação;
– Realizar correção da postura geral e da marcha.
Fonte: fisioterapiamanual.com.br
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