A FISIOTERAPIA NA HEMOFILIA

 

A Fisioterapia pode mudar a vida do hemofílico...

A Hemofilia é caracterizada pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue. A doença é considerada como genética/ hereditária, ocorrendo quase exclusivamente no sexo masculino. Ela pode ser classificada como grave, moderada e leve, podendo passar despercebida até a idade adulta. As mulheres são portadoras da doença, no entanto, em geral, não desenvolvem a hemofilia, sendo responsáveis somente pela transmissão aos filhos do sexo masculino.

O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue e os sintomas variam, de acordo com o grau da doença. Nos quadros graves, as hemorragias são intramusculares e intra-articulares, desgastando primeiro as cartilagens e provocando, depois, lesões ósseas. Esse processo gera dores fortes, aumento da temperatura e restrição de movimento. Já nos casos leves os sintomas se manifestam em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas.

Após tratamento com anti-hemofílico e dada as orientações do médico, o paciente é encaminhado para fisioterapia, a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular, uma vez que as articulações mais comprometidas são os joelhos, tornozelos e cotovelos.

A fisioterapia é um recurso fundamental na atenção global ao hemofílico. É cientificamente comprovado que um melhor condicionamento muscular diminui a freqüência e a intensidade das hemorragias, protegendo as articulações dos danos que podem ser causados por elas, além de reabilitar os prejuízos que já foram feitos pela doença.

O diagnóstico precoce ajuda a evitar diversas seqüelas, por isso, atente-se aos sintomas e siga as orientações dos profissionais da área da saúde:
* Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma;
* Manchas roxas que aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, podem ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia;
* A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados;
* Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.

Fonte: Clínica Reacciona


A FISIOTERAPIA E A TÉCNICA DE ALEXANDER

Problemas como rouquidão, bronquite e dor nas costas podem ser agravados pelos maus hábitos corporais. Sendo assim, a proposta dessa técnica australiana é fazer um bom uso do corpo para ter saúde

O australiano Frederick Matthias Alexander era um ator bem- -sucedido no fi nal do século XIX. Conhecido por seu exímio talento como declamador das obras de Shakespeare, Alexander viu sua carreira ruir quando uma rouquidão crônica praticamente lhe roubou toda a voz. Desacreditado por seus médicos — que não conseguiam descobrir o porquê de o problema se manifestar quase sempre durante suas declamações —, ele passou a observar minuciosamente seu corpo. Por fi m, concluiu que sua postura e seus pensamentos estavam infl uenciando negativamente o desempenho de sua voz e seu processo de respiração. Nascia, assim, a Técnica de Alexander, abordagem que visa reconhecer, entender e impedir a repetição de atitudes que afetam a coordenação neuromuscular. “Trata-se de um processo educacional no qual aprendemos a evitar aqueles hábitos que, sem nos darmos conta, criam tensões, enrijecimentos e dores. Eles afetam não só os movimentos, mas também o modo de pensar, sentir e agir”, resume Ana Thomas, professora e membro da Associação Brasileira da Técnica Alexander (ABTA).
Um dos carros-chefes da Técnica de Alexander é o procedimento batizado de Controle Primário. Ele busca harmonizar a relação da cabeça com o pescoço e as costas, provocando menos tensão na musculatura. Seus benefícios, entretanto, são extensos e vão muito além do aprimoramento do aporte vocal.
Um estudo feito em parceria pelas universidades inglesas de Southampton e Bristol, por exemplo, elegeu a Técnica de Alexander como a melhor alternativa para reduzir dores nas costas. A pesquisa dividiu 579 voluntários que sofriam com o problema em quatro grupos, de acordo com o tipo de tratamento: atendimento normal, massagem, massagem com aulas de Técnica de Alexander e apenas aulas específi cas de Técnica de Alexander.
A surpresa foi que os pacientes submetidos à prática australiana apresentaram uma média de 3 dias de dores, contra 21 dias das demais abordagens. “São infi nitas as possibilidades de alcance da técnica, sendo o controle da tendinite e da bronquite asmática algumas dessas possibilidades. Entretanto, esses benefícios são simplesmente efeitos de um trabalho sobre nossos próprios hábitos. É como um novo ‘uso de si mesmo’”, esclarece Ana, fazendo uso e destacando a frase que dá nome a um dos livros de Alexander publicados no Brasil.
Outro importante diferencial da técnica é uma avaliação personalizada do aluno. São justamente as necessidades vivenciadas em seu dia a dia que pautarão as atividades desenvolvidas em cada sessão. “Trazemos o cotidiano para a aula. Por ser um trabalho voltado para a vida real e prática, trabalhamos as necessidades de um músico com seu instrumento, de alguém que trabalha muitas horas digitando diante do computador, do esportista, do ator, da dona de casa, entre outros exemplos”, completa a terapeuta.
A rigidez muscular e a má postura prejudicam o funcionamento geral do corpo, provocando desde dor nas costas a perda de produtividade profissional. A Técnica de Alexander promove a harmonia dos movimentos para melhorar a qualidade de vida

Como funcionam as sessões?

As aulas de Técnica de Alexander geralmente são individuais e duram aproximadamente 45 minutos. Elas envolvem uma avaliação musculoesquelética do aluno quando parado e em movimento. Presta-se, ainda, uma atenção especial na liberação indesejada da cabeça, no pescoço e na tensão muscular ao longo da coluna vertebral. Para completar, a abordagem não visa movimentos mecânicos e repetitivos: o professor guia o aluno com toques sutis e orientações verbais para que ele vivencie uma nova experiência de se mover, respirar, ouvir e sentir. “O corpo não é sustentado por uma postura, mas por um conjunto de estruturas corporais e mentais. Com a T.A., o que chamamos de postura é efeito de um corpo harmonioso, coordenado e ativo. Brinco que ela condena à liberdade”, decreta a professora Ana Thomas.

5 RAZÕES PARA CONHECER O MÉTODO

1. Um dos focos da abordagem é a tensão muscular, que interfere negativamente nos reflexos, na coordenação motora, e pode acarretar em perda de produtividade no ambiente profissional.
2. As aulas estimulam o alinhamento correto da coluna, dos ombros e também da cabeça. O objetivo buscado é evitar ou diminuir as dores nas costas, nos ombros, assim como torcicolos.
3. A T.A. melhora a qualidade da expressão vocal. “Para nos expressarmos por meio da fala e do canto, usamos inúmeros movimentos corpóreos. Quanto mais organizado e livre eles estiverem, tanto melhor serão suas respostas”, explica Ana.
4. A técnica proporciona a consciência de que cada pessoa é responsável pelas condições de funcionamento de seu corpo, sendo igualmente apta a corrigir hábitos prejudiciais à saúde.
5. A T.A. também melhora a respiração de forma significante.

Fonte: Editora Escala

AJUDAR FAZ BEM À SAÚDE

A atuação voluntária aumenta a expectativa de vida para quem auxilia o próximo, evita doenças graves como as cardiovasculares ou o câncer e ainda previne o estresse e a depressão. Para ser um voluntário não são necessários requisitos especiais, apenas motivação e a vontade de ser solidário

Há pouco tempo, ser voluntário era apenas uma atividade realizada para ajudar os mais necessitados. Hoje, sabe-se que os benefícios para a saúde de quem pratica o voluntariado são significativos e podem até mesmo aumentar a expectativa de vida. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos".
Existem várias formas de atuação voluntária, e todas as pessoas em diferentes faixas etárias (de adolescentes a idosos) podem encontrar alguma atividade que cause identificação e a motivação necessária para continuar atuando. "Cada voluntário tem sua motivação interior para continuar atuando, mas identificar-se com a causa, conhecer e vivenciar os resultados das ações empreendidas solidificam a vontade de persistir no trabalho", afirma Marta Balotin, presidente do Voluntariado do Centro Infantil Boldrini. Portanto, não é necessário ter nenhum requisito especial para ser voluntário, apenas disposição, boa vontade e tempo disponível.
Por que ajudar?
Segundo especialistas, ser um voluntário estimula a preocupação com os outros e faz com que ocorra uma mobilização por causas de interesse comum. Assim, ao estabelecer laços de solidariedade e confiança mútua, o ser humano fica mais fortalecido para enfrentar as crises e torna a sociedade mais unida ao lutar por um objetivo. "É necessário que a pessoa sinta vontade de se doar em prol de uma causa, que esteja disposta a fazer de sua ação algo que transforme ou melhore alguém ou algum lugar. O potencial e as habilidades de cada um irão se somar para que o resultado da ação seja positivo para todos", relata Marta. Para Minda Nunes, presidente do Centro de Voluntariado de Osasco e Região (CVOR), escolher a área de atuação é fator fundamental: "Ao decidir em qual trabalho voluntário atuará, o indivíduo deve levar em conta os seus interesses pessoais como tempo disponível, motivação e principalmente se combina com a sua personalidade".
Identificar-se com a causa, e vivenciar os resultados das ações solidificam a vontade
de persistir no trabalho
A economista Lúcia Cantão fundou a Organização Não Governamental (ONG) Banco de Alimentos ao perceber que o desperdício nos alimentos no Brasil prejudicava a saúde de milhares de pessoas. Por ter conhecimentos na área, ela notou que esse problema poderia ser amenizado se ações corretas fossem realizadas. A ONG tem como objetivo minimizar os efeitos da fome, combatendo o desperdício e promovendo a educação e cidadania. "Somos todos um, tudo e todos estão relacionados. Não se trata mais só de mim ou você ou daquele outro: é a humanidade como um todo que está em questão. Ninguém deve mais se abster de sua responsabilidade individual de procurar entender e agir em relação à sua parte no processo de construção do ser humano pleno, da natureza e da vida", afirma.
Doe seu tempo e ganhe qualidade de vida
- Ao ser voluntário, há a oportunidade de se fazerem amigos, viver novas experiências, sem falar na possibilidade de conhecer outras realidades.
- Trabalho voluntário é uma via de mão dupla: ao doar sua energia e criatividade, quem é solidário enriquece sua formação, aprende informações novas e, ainda, vivencia a satisfação de se sentir útil.
- O voluntariado é uma ferramenta de inclusão social - todos têm o direito de ser voluntários. Crianças, jovens, pessoas portadoras de deficiência, idosos e aposentados são exemplos de pessoas que podem e devem ser mobilizados.
- Não há fórmulas nem modelos a serem seguidos. Cada voluntário deve buscar o seu próprio caminho e se sentir realizado com a escolha.

Fonte: Revista Viva Saúde

A fisioterapia onco-funcional na dor oncológica

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Comumente, na presença de dor oncológica, os pacientes reduzem a sua movimentação e sua atividade física como um todo, ocasionando um comprometimento gradual do condicionamento físico, da força muscular, da flexibilidade e da capacidade aeróbica, fatores esses que com frequência levam o paciente à chamada síndrome da imobilização, a qual compromete a coordenação motora, reduz a amplitude de movimento articular e acarreta retrações tendíneas.
Assim como no pós-operatório, a cinesioterapia se torna um recurso de grande valia, visto que auxilia na restauração e na melhora do desempenho funcional dos segmentos acometidos, desenvolvendo propriocepção, o movimento, a força e o trofismo muscular, prevenindo a imobilidade no leito e devolvendo a amplitude de movimento articular (Sampaio et al,1999).
Estimulação nervosa elétrica transcutânea - (TENS) e outros recursos eletroterapêuticos
Segundo a Associação Internacional de cuidados paliativos e hospitalares, 2003(IAHPC) dentre as intervenções fisioterapêuticas para a dor, a eletroterapia traz rápidos resultados; todavia, o alívio é variável entre os pacientes. No entanto, não é possível tratar a dor oncológica apenas com a utilização de corrente analgésica, mas, de acordo com estudos, pode se diminuir de maneira significativa o uso de analgésicos e seus efeitos colaterais.
Outro estudo, utilizando TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea), verificou que o uso desta corrente diminui em até 47% o uso de morfina comparado com o TENS placebo (não ligada), ocorrendo também diminuição da percepção da dor através da Escala Análoga Visual, associada à incidência de náuseas e prurido de forma significativa (HAMZA, 1999).
O que determina a percepção individual de um estímulo doloroso é a "abertura" ou "fechamento" da comporta a esses estímulos. Como a condução elétrica da TENS ocorre através das grandes fibras mielínicas, as quais são altamente sensíveis à estimulação elétrica e de condução rápida, levando rapidamente a mensagem até a medula espinhal, o TENS pode propiciar um mecanismo que mantenha o portão fechado a esses estímulos. O mecanismo pelo qual é impedido esse trânsito ocorre através das fibras nociceptivas (condutoras de dor).
De acordo com Sampaio e colaboradores, quanto mais próximo da área afetada se puder aplicar a TENS, maior será a chance de inibir os estímulos nocivos. Esse processo de redução ou minimização da transmissão da dor é conhecido como neuromodulação. Portanto, esta corrente pode ser utilizada com segurança em pacientes oncológicos, todavia deverá ser aplicada onde a sensibilidade tátil estiver preservada e a pele estiver íntegra.

A estimulação elétrica é alcançada ligando a máquina de TENS a eletrodos, na pele dos pacientes, estimulando fibras mielínicas aferentes, o que reduz o impulso dos nociceptores à medula e ao cérebro ("gatecontrol").
Em pacientes com dor crônica, 70% respondem ao TENS, inicialmente. No entanto, apenas 30% ainda se beneficiam de sua eficácia, após um ano.
As indicações em Cuidados Paliativos são para aqueles pacientes com dor de leve a moderada intensidade, especificamente:
- dor em região de cabeça e pescoço;
- dor derivada de compressão ou invasão tumoral nervosa;
- nevralgia pós-herpética;
- dor óssea metastática
O uso da Corrente Interferencial é bem estabelecido para diminuição da dor, no entanto ainda não há consenso sobre qual variação da amplitude modulada de frequência (AMF) é mais eficaz. Não foram encontradas diferenças na analgesia em grupos com AMF de 5, 40, 80, 120, 160, 200, 240 Hz. Talvez esta diferença esteja relacionada com as características individuais de tecidos da pele e músculos durante passagem da corrente, sendo que variações de lípides, água e íons interferem na geração da Corrente Interferencial, não sendo possível definir o quão é reprodutível o fenômeno no interior dos tecidos (JOHNSON,2003).
Outras modalidades de técnicas complementares para controle da dor podem ser utilizadas, como calor local, frio local, massagem, acupuntura e mesmo exercícios, encorajando o paciente a manter a atividade o maior tempo possível.
A acupuntura pode ser de grande ajuda em casos de dor devido a espasmo muscular, espasmo vesical e em casos de hiperestesia, disestesia e nevralgia pós-herpética, mas ainda há poucos estudos que avaliem a efetividade real desta modalidade, no controle da dor de câncer.
A termoterapia
A termoterapia, através do calor superficial, é usada frequentemente para reduzir o desconforto e promover o relaxamento muscular através da interferência no ciclo dor-espasmo-dor devido à redução da atividade das fibras aferentes do fuso muscular (tipo II) e o aumento da atividade das vias aferentes dos órgãos tendinosos de golgi, bem como pela remoção de produtos do metabolismo e mediadores químicos responsáveis pela indução da dor.

Acredita-se que o calor reduza a dor por diminuir a isquemia tecidual aumentando o fluxo sanguíneo e relaxamento muscular. Produz alívio da rigidez articular, espasmos musculares e em inflamação superficial localizada. Pode ser aplicada no local da dor por meio de bolsas, compressa ou por imersão a temperatura entre 40 e 45 graus Celsius durante 20 a 30 minutos de 3 a 4 vezes ao dia.
Porém, a aplicação deste recurso é contraindicada em áreas pós-cirúrgicas, devido à perda de sensibilidade no local, ou diretamente sobre as áreas do tumor maligno, visto que provoca vasodilatação, aumentando assim a irrigação sanguínea no local e apresentando risco de disseminação de células tumorais por via sanguínea e/ou linfática. Da mesma forma, todas as formas de calor profundo também estão contraindicadas em fases imediatamente após a intervenção cirúrgica (Sampaio et al,1999).
A aplicação do calor desde que respeitadas às contraindicações e aplicações distantes do tecido tumoral iniciais, pode ser aplicado a partir de criteriosa observação do quadro clínico dos pacientes e análise do custo-benefício da terapêutica empregada.
O uso da crioterapia
A ação analgésica do frio está relacionada à contração muscular, diminuição do fluxo sanguíneo e diminuição de edema. O frio reduz a velocidade da condução nervosa, retardando os estímulos nociceptivos à medula. Aplica-se o frio superficial em torno de 15 graus Celsius, durante 15 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia por meio de bolsas e hidrocolóides, imersão e compressas de gelo "mole" (mistura de 3 partes de água gelada para uma de álcool).
Segundo Sampaio e colaboradores,1999 não foram encontrados estudos que comprovem a eficácia da crioterapia para a dor oncológica, mas a sua aplicação pode ser útil para as dores musculoesqueléticas, através de bolsas ou imersão em água gelada, duas a três vezes ao dia, durante 15 a 20 minutos. Porém, deve ser evitada a sua utilização em regiões onde não há integridade sensorial, comprometimento arterial periférico, em casos de intolerância ao frio ou alergia e onde o tumor compressivo pode ser o causador da redução da circulação local e em áreas de tratamento de radioterapia.
Métodos mecânicos
Segundo Pimenta, 2003 as técnicas de terapia manuais podem ser utilizadas como um recurso para a complementação do alívio da dor, pois produz estimulação mecânica dos tecidos, através da aplicação rítmica de pressão e estiramento, reduzindo assim a tensão muscular, melhorando a circulação tecidual e auxiliando na redução da ansiedade do paciente, proporcionando uma melhora na qualidade do sono e da qualidade de vida.

Massagem
A massagem para o alívio da dor pode ser intuitiva e entendida como aplicação de toque suave ou com força em tecidos moles, músculos, tendões e ligamentos sem causar mudança na posição das articulações.
Massagem ou movimentos com alteração na posição das articulações são manobras restritas aos fisioterapeutas. Acredita-se que a massagem melhore a circulação, relaxe a musculatura, produza sensação de conforto e afeto aliviando a tensão psíquica. A técnica pode ser utilizada em doentes com dor, acamados, ansiosos com distúrbios de sono ou tendência a isolamento. Não deve ser utilizada em áreas com lesão de pele, óssea ou se causar dor. Utilizam-se movimentos de deslizamento, amassamento, fricção, percussão, compressão e vibração, com o auxílio de óleos e cremes.
Exercícios e a atividade física
Muito importante ao controle da dor por combater as síndromes de desuso, distrofia e hipotonia muscular, diminuição da amplitude articular, decorrentes de repouso prolongado e limitação da atividade local.
A atividade física beneficia a melhoria do humor, qualidade de vida, função intelectual, capacidade de autocuidado, padrão de sono e alivia a ansiedade.
Os doentes devem ser estimulados a realizar atividade física e exercícios suaves de contração e alongamento. Lembrar que o uso de imobilizações de suporte e conforto, como coletes de sustentação postural devem ser valorizados. Sempre que possível com orientação de fisioterapeuta ou fisiatra.
A atividade física traz vigor e bem-estar a humanos, sendo que a atividade física moderada pode atuar na depressão, ser benéfica para o sistema imunológico e tem sido proposta como aliviadora de estresse emocional. Por exemplo, indivíduos fisicamente ativos têm baixa incidência de doenças oportunistas durante períodos de alto estresse e respondem melhor a testes imunológicos experimentais. Em pacientes com diagnóstico de depressão o sistema imune é afetado o que pode influenciar no curso clínico da doença já existente além de possibilitar a ocorrência de doenças oportunistas, diminuindo assim, a qualidade de vida destes pacientes (MORASKA A,2001).

Ruptura do Tendão Patelar do Joelho

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O tendão patelar é um ligamento que conecta dois ossos (patela e tíbia) e integra o aparelho extensor do joelho. Sua importância é fundamental nos movimentos do joelho.
As rupturas do tendão patelar são relativamente raras e geralmente unilaterais. A verdadeira frequência com que ocorre na população de esportistas é desconhecida, mas são observadas mais frequentemente numa população de indivíduos com idade inferior a 40 anos.
O treinamento esportivo geralmente beneficia as qualidades e características dos tendões, porém, a intensidade e frequência com que certas cargas são aplicadas aos tendões, podem ser, por vezes, perigosas e preocupantes. A capacidade de remodelação dos nossos tendões frente às cargas impostas é ainda motivo de pesquisas e interesse científico.
O mecanismo típico da lesão é a contração excêntrica violenta do músculo quadríceps com o pé fixo ao chão e o joelho flexionado na aterrissagem de um salto. Este mecanismo independe de um traumatismo direto sobre o joelho.
Nem só os atletas sofrem rupturas dos tendões, o que significa que cargas desproporcionalmente elevadas em relação à capacidade de resistência dos tendões podem provocar rupturas. Tendões doentes são vulneráveis, porém a maioria deles é assintomática, o que diminui a percepção do indivíduo sobre o problema. A força estimada para ocorrer a ruptura é superior a 17 vezes o peso corporal, porém tal intensidade pode ser atingida em algumas modalidades esportivas, sem que ocorra qualquer alteração do tendão. Tal fato se deve a múltiplos fatores de adaptação ao esforço e à condição genética.
A história mais frequente é o aparecimento de dor súbita e incapacidade de extensão ativa do joelho. O exame físico revela deformidade (patela alta ou luxada), inchaço, hematoma e limitação funcional. As radiografias avaliam a condição óssea da patela e os exames de ultrassom e ressonância magnética permitem a avaliação das características da ruptura (extensão e localização) e das lesões associadas.

A ruptura do tendão é totalmente incapacitante, resultando na inabilidade de realizar a extensão completa do joelho. Localiza-se no sítio de enfraquecimento do tendão, como resultado de degeneração crônica. Tal degeneração associa-se a microtraumas repetitivos e distúrbios de adaptação às cargas impostas durante a atividade física. O ponto de ruptura mais comum ocorre geralmente na transição entre o osso da patela (polo inferior) e o início do tendão, mas pode ocorrer no meio do tendão ou na inserção óssea na tíbia.
Outros fatores predisponentes às rupturas são descritos como: múltiplas infiltrações de corticosteroides, usuários de esteroides anabólicos, diabetes, insuficiência renal crônica, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e nos usuários crônicos de corticosteroides. Os pacientes submetidos a algumas cirurgias do joelho também podem sofrer rupturas, como: artroplastias totais (próteses), reconstrução do ligamento cruzado anterior com enxerto do tendão patelar e após a remoção cirúrgica de áreas de tecido degenerado.
A intervenção cirúrgica precoce e adequada permite a recuperação do movimento e da força. Avanços recentes nas técnicas cirúrgicas permitem a reabilitação mais precoce dos pacientes operados e a utilização de enxertos (tendão do semitendíneo e grácil) para reforçar a sutura do tendão é também utilizada de rotina nos reparos cirúrgicos.
Degeneração não é inflamação e esta diferença pode ser avaliada por métodos de diagnóstico por imagem (ultrassom e ressonância magnética). A avaliação periódica dos principais tendões (patelar e calcâneo) permite a identificação das tendinopatias (doenças dos tendões), além de quantificar e localizar as áreas enfraquecidas, o que fornece informações importantes sobre o risco de rupturas.

ACUPUNTURA PARA EVITAR LESÕES

 

Consagrada no tratamento de dores e contusões, a terapia chinesa agora se destaca como aliada na prevenção de problemas ligados aos esportes

Atletas profissionais do nível de Neymar já lançam mão delas há algum tempo para aliviar processos dolorosos e se recuperar rapidamente de desgastes musculares. Acontece que, aqui no Brasil, a terapia chinesa estava quase totalmente restrita ao tratamento de lombalgias, tendinites e outros chabus decorrentes do excesso de exercício físico. Mas o conceito de que ela pode impedir o surgimento desse tipo de problema começa a ganhar força em território nacional.
"A filosofia da acupuntura sempre foi focada na prevenção", informa o médico do esporte e especialista nessa técnica milenar Daniel Gentil, da Universidade Federal de São Paulo. Isso porque as agulhas agem nas causas funcionais, ou seja, nas inflamações, edemas, encurtamentos musculares e pequenos derrames nos músculos que, se não controlados, originam a lesão ou ao menos agravam outra já existente. "Aliás, grande parte dos quadros surge de antigos problemas mal reabilitados", adverte Liaw Chao, eletroacupunturista com foco em esportes do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).
Vale ressaltar que o método deve ser adaptado para cada prática. É que o acupunturista precisa identificar as áreas mais sujeitas a contusões com base na atividade física escolhida pelo paciente. A par dessas informações, ele aplica as agulhas em pontos específicos. "Cada esporte gera uma sobrecarga única em determinadas regiões", reforça Joel Steinmen, médico do esporte e acupunturista de Florianópolis, em Santa Catarina. "A acupuntura trabalha na estimulação dessas áreas a fim de encontrar e manter o equilíbrio para que as lesões não apareçam", completa.
Pelo corpo dos esportistas
Confira 11 tormentos que a acupuntura pode evitar
As agulhadas nos protegem por uma série de motivos. Elas relaxam a musculatura, facilitam a circulação sanguínea, controlam processos inflamatórios e trazem uma sensação prazerosa por promoverem a liberação de endorfinas.
"Segundo a tradição chinesa, a acupuntura age na harmonização das energias. Já do ponto de vista ocidental, ela ativa grandes nervos periféricos", ensina Gentil. De qualquer modo, a ideia é que as agulhas não produzem efeitos apenas onde são posicionadas, mas no organismo todo. "A técnica, por exemplo, patrocina a liberação de substâncias que trazem bem-estar. Portanto, incrementa não só a capacidade física como a mental", avalia Gilberto Rodrigues, médico acupunturista, de São Paulo. E, com bom humor, a chance de você não cair no sedentarismo por pura preguiça, pelo menos em tese, aumenta.
Mas será que o método também melhoraria o desempenho físico? Para Liaw Chao, a resposta é afirmativa. "Ao longo dos treinos, naturalmente surgem encurtamentos na musculatura, entorses e processos inflamatórios. Como a acupuntura resolve esses empecilhos, a performance do indivíduo melhora", argumenta. Embora a lógica faça sentido, faltam estudos científicos sérios que comprovem a teoria.
As contraindicações para a prática milenar são poucas. "Uma relativa é o medo de agulha", afirma Gentil. Pessoas com infecções graves também precisam tomar cuidado, porque os minúsculos furos causados pelas espetadelas servem de porta de entrada para micro-organismos oportunistas que agravam a situação. Felizmente, procedimentos similares foram criados como alternativa à versão original (veja a tabela abaixo). Mesmo assim, sempre consulte um especialista antes de se submeter às sessões. Com o aval dado, aposte sem medo na acupuntura para que as atividades físicas tragam todos os seus benefícios com um risco reduzido de sentir uma pontada durante o treinamento.

As diferentes modalidades
Eletroacupuntura Descargas leves emitidas por eletrodos são usadas como estímulo.
Laserterapia Uma radiação de baixa intensidade é liberada na pele.
Auriculoacupuntura Pequenas sementes são colocadas em partes específicas da orelha.
Moxabustão Os especialistas aquecem uma erva e, aí, usam o calor dela para ativar os pontos.

Fonte: Editora Abril

A FISIOTERAPIA DO FUTURO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E UM POUCO DE REALIDADE

 

Com o futuro da profissão novas técnicas surgirão, de modo que cada fisioterapeuta terá que estar preparado para esse novo momento

Nos últimos anos temos visto a evolução do Brasil no que diz respeito aos programas de assistência à saúde. Está havendo um grande investimento nesse aspecto, visando a ampliação do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para a população. Além disso, o governo federal tem procurado adaptar os novos programas às diversas realidades regionais existentes em nosso país, principalmente estimulando a participação comunitária e que os profissionais estejam cada vez mais envolvidos na comunidade, participando como coadjuvantes e co-resonsáveis no processo de saúde-doença daquela população.

Por essa razão, tem-se buscado um novo perfil de profissional de saúde, deixando de lado a hierarquização e o conhecimento médico-científico verticalizado, e passando a obtenção de um novo paradigma, onde os profissionais estão mais envolvidos e atuantes na comunidade, visando não apenas o tratamento paliativo, mas sim a prevenção, considerando as várias culturas e realidades regionais. Será que nós fisioterapeutas estamos preparados para esse novo momento? Será que a nossa formação acadêmica nos permite vivenciar essa realidade? E a tecnologia, agrega ou atrapalha essa nova concepção social?

O intuito da formação da Fisioterapia é formar um profissional generalista que veja o paciente como um todo e não segmentado ou especializado em uma única área. Este é um diferencial da nossa profissão e deve ser explorado e exigido do acadêmico cada vez mais, tendo a sua formação voltada para a realidade, seja desde o atendimento ao SUS até em clinicas particulares, trazendo sempre em mente, a equidade, responsabilidade e ética ao tratamento do paciente.

O governo tem buscado alcançar novos patamares no que diz respeito à tecnologia aplicada à saúde, entretanto, este ainda é uma questão limitada a grandes centros de pesquisa, principalmente das regiões sul e sudeste. Entretanto, a tendência é que aja uma ampliação nesse segmento, fazendo com que as inovações tecnológicas cheguem às outras regiões. E isso já vem ocorrendo em algumas universidades do Nordeste, que, por meio de projetos de pesquisa, investem em tecnologia.

De toda forma, sabemos que a área da saúde está em constante renovação e isso exige que, além da formação generalista, o profissional venha a ser inovador, de forma que ele busque a novidade dentro daquela realidade, e para que isso aconteça é necessário que ele tenha fome de conhecimento, curiosidade pela pesquisa e acima de tudo pela descoberta de novos métodos e/ou técnicas que venha a beneficiar os pacientes sem os extrapolar os limites da realidade vivenciada.

A cada dia se descobre algo novo, pesquisas surgem, equipamentos mais avançados, medicamentos e técnicas cirúrgicas evoluem. Isto exige uma abordagem diferenciada dos profissionais e uma constante atualização, que devem ser despertada ainda na faculdade. Por isso, o acadêmico deve ser incentivado pelos seus professores a ter uma visão crítica e renovadora sempre com base cientifica, para que esta ciência cresça e conseqüentemente essas inovações venham a trazer benefícios para a Fisioterapia.

Atualmente os programas de ensino contemplam muitas patologias e formas de tratá-las, deixando muitas vezes de lado a prevenção. Esse tipo de formação focada na doença não está adequada à nossa realidade. O nosso país está voltando-se cada vez mais para o aspecto preventivo. Temos uma população que está envelhecendo e que precisa de uma atenção do ponto de vista preventivo para que inúmeras doenças não venham a acometê-la. É fundamental que o profissional de saúde enxergue e saiba atuar nessa situação, mas para que isso ocorra, a universidade deve ser o ponto de partida para a conscientização.

É importante ressaltar que apesar de todos os avanços tecnológicos somos fisioterapeutas, e que o toque e o contato com o paciente é a nossa característica fundamental. Como citado anteriormente, é importante que o Fisioterapeuta cresça com a tecnologia e com as inovações, porém não podemos ficar refens delas. Os avanços da ciência não devem substituir nossa avaliação, anamnese e o contato com o nosso paciente, os quais são importantes aliados no crescimento da nossa profissão.

Com o futuro da profissão novas técnicas surgirão, de modo que cada fisioterapeuta terá que estar preparado para esse novo momento, por isso se torna fundamental a capacitação profissional e ter sempre a visão global do paciente. A Fisioterapia está caminhando a passos largos, porém seguros na conquista do seu espaço dentro da área da saúde.

A tendência é de crescimento da profissão movida pela procura do profissional fisioterapeuta. Se estivermos conscientes do nosso papel e focados em nosso trabalho, dignificando e fazendo valer a nossa ciência, certamente teremos um futuro produtivo e repleto de novidades. A nós, cabe também pesquisar e buscar enaltecer a Fisioterapia por meio da comprovação científica, constatando a eficácia e a eficiência da nossa profissão. Em poucas palavras podemos dizer que o futuro cabe a você, lutar pelo reconhecimento e acima de tudo pela valorização, renovando-se sempre e fazendo da ciência e da tecnologia parceiras na evolução e no crescimento da profissão. Esse é o caminho da Fisioterapia, a união e a dedicação serão as guias nessa caminhada rumo ao futuro. Nosso trabalho é tão digno e valoroso quanto qualquer outro, basta só enxergarmos isso e fazer valer todo nosso potencial. De uma coisa tenho certeza: o futuro não depende de ninguém além de nós!

Luan César Ferreira Simões

Fisioterapeuta

Fonte: Info Fisio


ERROS COMUNS DOS PACIENTES

 

Alguns erros são comuns entre os pacientes. Cabe ao profissional orientá-lo para tentar minimizar.

NÃO CONTAR A SUA HISTÓRIA REAL
Exagerar ou minimizar os sintomas, omitir detalhes da sua história ou do problema pode interferir na escolha do tratamento e induzir a erro de diagnóstico.
Para não errar: antes da consulta, tente se lembrar dos detalhes que deve mencionar, escreva os sintomas e os sinais.

FAZER AUTODIAGNÓSTICO
Você pode usar a sua própria experiência, a dos amigos ou mesmo algumas informações da internet para decidir a melhor conduta terapêutica para o seu caso. Seja como for, escolher o seu tratamento é sempre um erro grave. É muito fácil confundir as doenças. E só um profissional com experiência de prática sabe avaliar essas pequenas diferenças, que muitas vezes são sutis. O inverso também acontece: certas doenças têm sinais não característicos.
Para não errar: marque uma consulta. Você ouvirá a opinião de um especialista. O risco de erro cairá, mesmo que você não faça nenhum tipo de exame.

E POR FIM, O ERRO MAIS COMUM: PARAR A FISIOTERAPIA NO PRIMEIRO SINAL DE MELHORA
O primeiro foco da terapia é aliviar a dor. Porém, a melhora do sintoma não deve servir como indicativo de que é hora de suspender o tratamento. "Geralmente, quando há a melhora da dor, estamos ainda distantes da cura e a causa do problema nem começou a ser atacada", explica a fisioterapeuta Adriana de Bortoli, da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (Sonafe). Ou seja, ao interromper as sessões, aumentamos o risco de que o problema volte, e ainda mais forte. "Isso acontece, por exemplo, nos quadros de tendinite, pois primeiro atacamos a dor para depois trabalhar o fortalecimento do tendão. Porém, muitas pessoas ao se sentirem um pouco melhores param de ir às sessões e retomam as atividades. Só que o tendão estará tão vulnerável quanto no início do tratamento, e é possível que a lesão se agrave, podendo haver um rompimento dessa estrutura", diz. "Uma alteração que poderia ser abordada apenas com fisioterapia evoluirá para uma cirurgia ou um problema crônico", diz a fisioterapeuta Patricia Suassuna, do Centro Multidisciplinar da Dor.
Para não errar: se as sessões de fisioterapia estão fazendo você morrer de tédio, questione o profissional que o atende sobre os benefícios dos movimentos. Talvez isso o encoraje a seguir adiante. Se não funcionar, converse com o fisioterapeuta sobre a possibilidade de fazer adaptações aos exercícios, privilegiando movimentos que você esteja mais acostumado a fazer e que o agradem mais. Se houver uma boa comunicação entre vocês, será possível chegar a um meio-termo que atenda às necessidades de ambas as partes. Agora, se o seu problema é a falta de tempo para as sessões semanais, procure um caminho alternativo. "A solução é pedir ao fisioterapeuta alguns exercícios que você possa fazer em casa: você agiliza o tratamento e consegue terminá-lo muito mais rápido, sem prejudicar em nada a sua condição física", explica Adriana. No mais, priorize os lugares que atendam por hora marcada. "Tente encarar seu tratamento como um investimento. E acredite: se você fizer tudo certinho logo na primeira vez, estará economizando muito tempo no seu futuro", garante Patricia.

Fonte: Uol

ALONGAR OU NÃO ALONGAR?

 

A discussão da importância do alongamento ainda existe. Afinal, quais são as suas vantagens?

Alguns mitos sobre os benefícios do alongamento vêm sendo derrubados por pesquisas científicas recentes. Em contrapartida, seus ganhos em prol do aumento de flexibilidade, da força e na diminuição de dores crônicas são comprovadamente reais
A indicação dos alongamentos varia bastante de profissional para profissional. Essa falta de consenso entre educadores físicos, fisioterapeutas e ortopedistas foi o estopim para que centros universitários de todo o mundo se debruçassem em estudos sobre o assunto. Os resultados, entretanto, foram bem diferentes do que se esperava. A primeira informação contestada é a de que os alongamentos podem prevenir lesões quando praticados antes ou depois das atividades físicas. Os pesquisadores Robert Herbert e Marcos de Noronha, da Universidade de Sydney, revisaram dez estudos sobre o tema e não encontraram diferenças estatísticas entre os grupos que se alongavam e os que pulavam a atividade.
Para evitar acidentes, o mais indicado seria investir nos chamados exercícios de aquecimento, como polichinelos ou pequenas corridas sem sair do lugar. "O alongamento não tem a função primordial de aquecimento. Para aquecer é importante aumentar o fluxo de sangue nos vasos sanguíneos e músculos", explica Debora Reis Garcia, professora do curso de educação física da Universidade São Francisco (USF).
Efeito analgésico
Ironicamente, a coisa muda de fIgura nos estudos em que são avaliados pacientes com dores crônicas. Nessas situações, o alongamento sai na frente de práticas consideradas consagradas no alívio da dor. Uma pesquisa liderada pela pesquisadora Karen Sherman e publicada na revista Archives of Internal Medicine dividiu pacientes que sofriam dores crônicas na lombar em três grupos: aqueles que tiveram aula de alongamento, de ioga ou que apenas leram livros sobre como lidar com o problema. Três meses depois, os participantes que se esticaram foram os que mais relataram melhoras na dor sem o uso de medicamentos.
Benefícios reais
Mas aliar os alongamentos com exercícios físicos é algo ruim? A resposta é não. Segundo Debora, alongar-se antes de suar a camisa é um modo de preparar o corpo para o esporte. "Já o alongamento feito ao final de exercícios diversos - como caminhadas, corridas ou atividades domésticas - tem como objetivo compensar a musculatura que foi mais utilizada", indica a educadora física.
A prática também é excelente para os atletas que querem melhorar seu desempenho nos treinos. Segundo um estudo liderado por Arnold Nelson, professor associado da Universidade de Louisiana (EUA), os alongamentos periódicos aumentaram a resistência muscular, o desempenho em saltos e a força nos profissionais que se submeteram a treinos regulares. Entretanto, não é necessário exagerar na dose para conseguir bons resultados. Aumentar a intensidade dos exercícios pode potencializar microlesões musculares, principalmente nos adeptos da musculação. "O ideal é trabalhar a flexibilidade outro dia que não o da musculação ou em outro período. Mas se desejar realizá-los após o treino, a intensidade deve ser leve ou moderada", pontua.
Por fim, alongamentos são fundamentais para aumentar a flexibilidade. Mas para aperfeiçoar essa habilidade motora é necessário ter disciplina. "Os exercícios devem ser realizados ao menos duas vezes por semana. O tempo de execução deve ser superior a 30 segundos em cada movimento", completa.
Sinal verde
Praticamente todo mundo pode se alongar. A restrição fica por conta de quem apresenta problemas nas articulações, nos ossos, nos músculos e na coluna, como no caso da hérnia de disco. "Em linhas gerais, todos podem praticar alongamentos, desde que orientados para a execução correta dos movimentos. Mesmo pacientes acamados, quando bem orientados, podem realizá-los", esclarece Debora.
Mas muita gente não adere aos alongamentos porque sente um ligeiro desconforto. Salvo exceções, esse incômodo é normal. Sua aparição está vinculada ao aumento da flexibilidade de músculos e articulações. "Ele funciona como um mecanismo de alerta do próprio organismo para evitar que a sobrecarga nos tendões e articulações provoque danos. Ele deve ser tolerado em certa medida para que a flexibilidade aumente", explica.
Muita gente não adere aos alongamentos porque sente um ligeiro desconforto. Salvo exceções, esse incômodo é normal
Entretanto, a regra é não aumentar a intensidade dos alongamentos a ponto de extrapolar os limites pessoais. Nos alongamentos que antecedem a caminhada ou a faxina da casa, por exemplo, não há necessidade de ir além do início do desconforto. "Além disso, a duração do exercício para cada segmento corporal não deve exceder 15 segundos. Já para atletas profissionais, o grau de tolerância à dor pode ser maior", completa Debora.
Flexibilidade ampliada
Algumas dicas simples podem deixar os alongamentos mais eficientes, como expirar e inspirar corretamente. "A respiração aumenta a oxigenação dos músculos, a fluidez do sangue e a lubrificação das articulações. O aluno também fica mais concentrado para alcançar a amplitude do movimento", esclarece a professora.
Usar acessórios como faixas elásticas e barras para apoio é outro segredo para potencializar a atividade. Entretanto, nada mais eficiente - e divertido - do que alongar-se acompanhado de um amigo ou em grupo. "O apoio da dupla pode ainda auxiliar no aumento da amplitude do movimento", finaliza a profissional.

MULHER SE PREPARA PARA AMPUTAR O BRAÇO E RECEBER MEMBRO BIÔNICO

O cirurgião austríaco, Oskar Aszmann, irá examinar os nervos de seu antebraço. Ele poderá, então, transplantar os músculos para impulsionar sinais nervosos em seu braço, para que possa guiar a prótese.

A britânica Nicola Wilding, de 35 anos, que planeja amputar seu braço direito e substituí-lo por uma prótese, será submetida a uma cirurgia inicial em setembro para determinar se o plano pode ser levado adiante. O cirurgião austríaco, Oskar Aszmann, irá examinar os nervos de seu antebraço. Ele poderá, então, transplantar os músculos para impulsionar sinais nervosos em seu braço, para que possa guiar a prótese.
Wilding perdeu os movimentos do braço direito há 12 anos, em um acidente de carro. Ela realizou transplantes de nervos que devolveram algum movimento do antebraço, mas seus médicos disseram que ela nunca mais poderá mexer a mão. Após assistir a um documentário da BBC sobre o trabalho de Aszmann, ela decidiu considerar a possibilidade de amputação.
Wilding já começou a participar de competições de triathlon para levantar o dinheiro necessário para a cirurgia, caso decida levar o plano adiante.
Próximo passo
Wilding se encontrou com o cirurgião no início do ano, para uma consulta inicial, em Londres. Desde então, ela já viajou algumas vezes a Viena para a realização de testes, nos quais seu braço foi submetido a estímulos elétricos.
Segundo ela, o próximo passo será retornar a Viena, em setembro, para que o cirurgião possa abrir seu braço e ver se os nervos são sensoriais ou motores. "Se forem sensoriais, então não há nada a ser feito, e será o fim", disse Wilding à BBC.
"Se houver nervos motores, ele irá remover músculo das minhas pernas para implantar no antebraço, para que eu possa trabalhar e fortalecer o nervo e o músculo e, por fim, operar a prótese."
Em entrevista por telefone, desde Viena, Aszmann disse que ela tem alguns sinais muito fracos em seu antebraço, mas vai precisar de sinais mais fortes para controlar uma prótese. "Quando eu bato levemente em sua mão, ela diz que pode sentir algo, mas nós precisamos abrir seu braço para ver se há fibras motoras suficientes para fornecer sinais à mão biônica", disse o cirurgião.
Azmann já executou duas amputações eletivas de mão, e ambos os pacientes já estão usando seus substitutos biônicos. Uma terceira amputação eletiva está marcada para esta semana.

Fonte: Terra

FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS CIRÚRGICO

 

A Fisioterapia no pré-cirúrgico irá possibilitar uma recuperação mais rápida e com melhor qualidade. Vale a pena investir.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é definida não somente como a ausência de doenças, mas também como o bem-estar físico, mental e psicológico. Na busca pela saúde plena e pela harmonia estética, muitos procuram a ajuda do cirurgião plástico para corrigir qualquer disfunção estética, faciais ou corporais. Próteses de mama, abdominoplastia e lipoescultura são os procedimentos corretivos mais utilizados no Brasil e nos Estados Unidos, e para amenizar os efeitos da cirurgia o fisioterapeuta dermato-funcional entra em ação.
Após a cirurgia o paciente costuma sentir dor, ter edemas, hematomas e equimoses, entre outros desconfortos provenientes do procedimento. “Por meio da fisioterapia pré e pós-cirúrgica, podemos minimizar as queixas e otimizar os resultados da cirurgia, diminuindo o desconforto e os traumas ao paciente”, afirma a fisioterapeuta, Drª Débora Medlo.
O atendimento fisioterapêutico na fase pré-operatória serve para auxiliar o paciente a ter um processo de recuperação mais rápido. Conforme a fisioterapeuta, é nesse momento que podemos orientar nosso paciente, por exemplo, a se aproximar do peso ideal, utilizando a cirurgia plástica para corrigir pequenos defeitos e não para ‘emagrecer’. A orientação nutricional é a melhor opção nesse sentido. “Outra dica importante é quanto ao uso de gel à base de arnica (por seus efeitos antiinflamatórios), que pode ser passado nas áreas que serão submetidas à lipoaspiração. Esse cuidado minimizará o aparecimento de hematomas e edema pós-operatório”, explica a fisioterapeuta.


A drenagem linfática também é um procedimento que pode ser utilizado no pós-operatório. Segundo Débora, ela é benéfica para os pacientes que tem tendência a desenvolver edema, principalmente em pés e pernas, uma vez que após a cirurgia seus movimentos serão reduzidos temporariamente, havendo a possibilidade de ocorrer trombose venosa. A drenagem linfática estimula o sistema vascular, acelerando a microcirculação, além de agilizar a recuperação do local operado.
No tratamento pós-operatório, o fisioterapeuta, de acordo com a profissional, baseia-se no conhecimento científico dos estágios do processo de inflamação e reparo para traçar um programa de tratamento eficaz, observando as características apresentadas pelo seu paciente. “Os recursos fisioterapêuticos quando bem utilizados, podem diminuir o tempo de repouso, restaurar sua funcionalidade e acelerar a recuperação, possibilitando a reintegração do paciente em suas atividades sociais”, revela. Contudo, na hora de elaborar um plano de tratamento pós-cirúrgico é necessário cuidado e perícia nas técnicas que serão utilizadas, já que manobras realizadas de forma incorreta acarretam o risco de lesar ainda mais os tecidos já traumatizados. “Além das manobras realizadas, são de suma importância as orientações passadas ao paciente, como repouso, hidratação adequada e constante uso da malha compressiva, que reposiciona os tecidos traumatizados e evita o excesso de edema”, salienta Débora.
Quando o paciente pode começar o tratamento pós-cirúrgico?
Segundo a fisioterapeuta, a drenagem linfática deverá ser iniciada 24 horas após a intervenção cirúrgica, pois nesse momento o efeito das substâncias anestésicas utilizadas terá passado e o paciente poderá sentir dor. A drenagem é uma alternativa para trazer alívio no desconforto e evitar o acúmulo de líquido, minimizando assim, a formação de edema. Ela deverá ser feita diariamente na primeira semana e em dias intercalados nas próximas.
Além da drenagem linfática, a partir do 4º ou 5º dia pós-operatório, Débora diz que a drenagem linfática pode ser associada ao uso do Heccus, aparelho de ultra-som de alta potência, com efeitos antiinflamatório, analgésico e antiedematoso, auxiliando na resolução do processo inflamatório. “Este aparelho provoca uma micromassagem tecidual, que melhora a circulação interna e a remodelação de tecido conjuntivo, prevenindo a formação de fibroses”, explica ela.
Após 20 dias do processo cirúrgico, aproximadamente, também pode ser usado a endermoterapia. “A endermoterapia compreende em um aparelho de vácuo sucção, ajudando a reabsorver o edema e hematomas, desagregando a fibrose e evitando aderências cicatriciais”, ressalta a fisioterapeuta.
O tratamento fisioterapêutico pós-operatório imediato visa à diminuição da dor e do edema causado pelo extravasamento de líquidos corporais durante a cirurgia. “Porém, se não tomados os devidos cuidados, poderão surgir fibroses, cicratizes internas que formam um nódulo endurecido sob a pele. Nesse caso, outra abordagem será necessária para a sua resolução. O uso de um aparelho de radiofreqüência, o spectra oferece bons resultados, pois através do aquecimento tecidual interno ajuda a ‘dissolver’ essas fibroses, podendo ser associado à endermoterapia”, assegura Débora. O tratamento fisioterapêutico, conforme a fisioterapeuta, não consiste apenas em cuidados técnicos, como a drenagem linfática manual e equipamentos, mas também na supervisão constante do paciente durante o pós-cirúrgico com o objetivo de evitar complicações.
Os procedimentos descritos se referem ao tratamento específico de cirurgias plásticas. No entanto, Débora lembra que algumas modalidades podem ser utilizadas em outras cirurgias, como a drenagem linfática, que favorece o retorno venoso do paciente acamado e o uso do ultra-som, por seu efeito analgésico e antiinflamatório.

Fonte: Revista + Saúde

COMO COMPENSAR ESPORTES UNILATERAIS

Evite lesões provocadas por esportes que exigem mais de um lado do corpo do que do outro
Você já viu uma partida de tênis? Em caso positivo, deve ter reparado que um tenista costuma dar suas raquetadas sempre com o mesmo braço. Com isso, ele acaba desenvolvendo mais um lado do corpo do que o outro, o que está longe de ser uma vantagem. "Essa unilateralidade muitas vezes gera um desequilíbrio prejudicial à saúde. A pessoa pode forçar demais uma região e ainda ficar com problemas de postura", explica Cláudio Pavanelli, fisiologista da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Traduzindo: essa falta de simetria corporal é capaz de trazer dores crônicas e incômodos que inviabilizam a prática de qualquer atividade física.
Não são poucos os esportes que trabalham um lado do corpo com maior intensidade do que o outro. No atletismo, modalidades como o salto ou o lançamento de dardos são casos clássicos. O golfe é outro exemplo, já que apenas um braço faz a maior parte da força empregada em uma tacada. "Até o futebol está nessa lista, porque o destro acaba usando sua perna direita com mais freqüência, enquanto o canhoto utiliza mais a esquerda", completa Ismael Forte Freitas Júnior, educador físico da Universidade Estadual de São Paulo, a UNESP, em Presidente Prudente, no interior paulista.
Como manter o corpo em perfeita harmonia sem abandonar essas práticas? "Faça musculação", responde Mara Patrícia Traina Chacon-Mikahil, professora de educação física na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que também fica no interior de São Paulo. Isso porque ela trabalha os mais diversos grupos musculares, além de exigir igual esforço de cada um deles — desde que orientada por um bom profissional, claro.
Outro jeito de acabar com uma possível desproporção corporal é lançar mão de atividades funcionais, como o pilates. "Os músculos mais frágeis são fortalecidos, enquanto as áreas mais enrijecidas são alongadas", garante Inelia Garcia, diretora do The Pilates Studio® Brasil, com filiais em várias cidades brasileiras. Resultado: as dores crônicas somem e as chances de lesão diminuem significativamente.


Alongamento
Essa desarmonia gerada pelos esportes que exigem mais de um lado do corpo não mexe só com a força muscular. "Isso também altera a amplidão dos movimentos. Por isso, é importante fazer sessões de alongamento", avalia Mara Patrícia. Do contrário, as fibras ficam encurtadas, dificultando a movimentação adequada e contribuindo para as contusões.
Fonte: Revista Saúde

COLUNA SEM DOR

COLUNA SEM DOR
Da hora em que a gente acorda à que vai dormir, a coluna rala para manter o corpo ereto. Leia algumas dicas para evitar as dores.
O dia a dia das vértebras não é fácil: elas precisam sustentar o tronco e ainda se dobrar aos nossos desejos, por mais triviais que eles sejam. Para piorar, tamanha labuta geralmente é recompensada com falta de consideração — afinal, quantas pessoas se preocupam, nas suas próprias tarefas, em não forçar esse conjunto de ossos? E a união entre sobrecarga e descaso costuma ter apenas um desfecho: reclamação. "A quantidade de indivíduos com dor de coluna é enorme. Estamos falando da maior causa de falta ao trabalho do mundo inteiro", enfatiza o ortopedista Elcio Landim, da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo.
Com o intuito de assegurar o direito à saúde da espinha dorsal, a Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna elaborou um novo guia que visa corrigir posturas do nosso cotidiano, como sentar-se em frente ao computador e até escovar os dentes. "Pequenas mudanças, somadas, minimizam significativamente o risco de lombalgias e hérnias de disco", explica Helder Montenegro, fisioterapeuta e presidente da instituição.



"A adoção de posições corretas e a prática de atividade física são os dois fatores que mais protegem as costas", corrobora Júlio Cerca Serrão, coordenador do Laboratório de Biomecânica da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. A partir de agora, você verá como passar alguns momentos do dia sem maltratar a coluna.
80% das pessoas ao redor do globo já tiveram ou terão, ao longo da vida, ao menos um episódio de dor intensa na coluna
5,3 milhões de brasileiros sofrem com a hérnia de disco
13% das consultas médicas são decorrentes de incômodos na região lombar
O novo aliado da coluna
Um aparelho americano faz o próprio corpo aprender a preservar as costas de maneira eficaz
Seu nome, Stabilizer, já sugere o que ele faz. apesar de simples — trata-se de uma almofada especial colocada na região lombar durante a fisioterapia —, o equipamento ensina o corpo a contrair os músculos multífidos, localizados ao longo das vértebras. Treinada, essa musculatura é capaz de manter a espinha alinhada e de amortecer impactos. Só para citar um caso, pesquisadores australianos descobriram que quase todos os indivíduos com hérnia de disco tinham esses auxiliares da coluna atrofiados. "após algumas sessões, a pessoa não precisa mais do Stabilizer. ele passa a utilizar os multífidos em todas as situações do dia a dia, o que incrementa a proteção da área lombar", afirma o fisioterapeuta Helder montenegro.
Como funciona
Ele faz as costas aguentarem as exigências do cotidiano
Os multífidos são músculos profundos. para acioná-los, é preciso estimular uma cadeia muscular que começa pelo transverso do abdômen. Só que contrair o tal transverso não é fácil — e mais, cada um o ativa de um jeito diferente. O Stabilizer ajuda a detectar quando o músculo é exigido. a partir daí, basta repetir o movimento que deu certo até que ele seja automatizado.
Causa ou consequência?
Uma dor na coluna pode ser sinal ou fator de risco para uma série de chateações
Quando ela é um aviso
"Tumores de próstata, de pulmão ou de mama, ao entrarem em processo de metástase, podem acometer a coluna", diz o cirurgião oncológico Ademar Lopes, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Nesses casos, uma das primeiras manifestações pode ser dor ao longo das vértebras. Infecções no pâncreas, pedras nos rins e até endometriose também podem gerar incômodo nas costas.
Uma dor que causa dor "Quando há uma hérnia de disco, por exemplo, o paciente costuma se entortar todo só para aliviar a sensação desagradável", informa o ortopedista Moisés Cohen. Com o corpo desequilibrado, o menisco, cartilagem que reside no joelho, pode ser sobrecarregado e, aí, lesionar-se. Já o quadril fica mais exposto a inflamações como a bursite.
Fonte: Revista Saúde

O FISIOTERAPEUTA PODE ELABORAR DIAGNÓSTICOS?

 

Leia e saiba um pouco mais sobre seus direitos como Fisioterapeuta

Existe uma diferença entre o diagnóstico médico e o diagnóstico fisioterapêutico. Não no processo em si – é o mesmo em ambos os casos – mas nos fenômenos que estão sendo observados e classificados. O Fisioterapeuta não identifica a doença no sentido da patologia básica, mas grupos de sinais e sintomas relacionados a comportamentos motores e limitações funcionais físicas do paciente. Desta forma, o diagnóstico médico encaminhado ao Fisioterapeuta não fornece esclarecimentos suficientes para fundamentar o processo de tratamento.
A essência da Fisioterapia é a restauração da função do movimento e da postura e a natureza dos fenômenos envolvidos na disfunção do movimento e da postura é que constitui o foco da intervenção do fisioterapeuta e o esquema de classificação diagnóstica. Enquanto o médico trata de uma questão patológica básica fundamental e primária, o diagnóstico do Fisioterapeuta está ligado a função.

A Resolução COFFITO 80 define as competências e atribuições do Fisioterapeuta:
Art. 1º. É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como avaliação físico-funcional, sendo esta, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas, considerados os desvios dos graus de normalidade para os de anormalidade; prescrever, baseado no constatado na avaliação físico-funcional as técnicas próprias da Fisioterapia, qualificando-as e quantificando-as; dar ordenação ao processo terapêutico baseando-se nas técnicas fisioterapêuticas indicadas; induzir o processo terapêutico no paciente; dar altas nos serviços de Fisioterapia, utilizando o critério de reavaliações sucessivas que demonstrem não haver alterações que indiquem necessidade de continuidade destas práticas terapêuticas.
Art. 2º. O FISIOTERAPEUTA deve reavaliar sistematicamente o paciente, para fins de reajuste ou alterações das condutas terapêuticas próprias empregadas, adequando-as à dinâmica da metodologia adotada.
Art. 3º. O FISIOTERAPEUTA é profissional competente para buscar todas as informações que julgar necessárias no acompanhamento evolutivo do tratamento do paciente sob sua responsabilidade, recorrendo a outros profissionais da Equipe de Saúde, através de solicitação de laudos técnicos especializados, como resultados dos exames complementares, a eles inerentes.”
Também se manifestou o Eminente Ministro (aposentado) do Supremo Tribunal Federal, Professor Catedrático (titular) da UFMG e da UFRJ (Emérito) , Professor Titular da UERJ . Ministro Oscar Dias Corrêa:
“São os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais profissionais capacitados de nível superior, que exercem, legitimamente, sem vinculação outra que não os deveres morais, a capacitação adquirida, o que tudo obedece às normas gerais e às que dita o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional."
No exercício de sua atividade profissional, como legalmente previsto, nos arts. 3º e 4º do Dec. – Lei 938/69, não devem a qualquer outro profissional vinculação e, menos ainda, submissão: porque para exercê-la, autonomamente, se preparam e formaram.
Pelo contrário: em geral, os outros, quando se trata da utilização dos métodos indicados, devem convocá-los, pela especialização que tem e que, por autorização legal, exercem privativamente. Nem as atividades que desenvolvem dependem de prévia indicação: são procurados, nos consultórios, diretamente pelos clientes que, já conhecendo os males, ou dependendo da especialidade, pretendem valer-se dos seus conhecimentos científicos para o tratamento.
Assim, exemplificando, em face da Consulta, nos seus consultórios não estão subordinados a qualquer profissional, mesmo quando se lhes pede atenção específica e determinada, na área em que atuam, objetivando finalidade certa, em face da interdisciplinaridade das áreas ligadas à saúde humana.
Da mesma forma, atendendo a essa interdisciplinaridade, que envolve o complexo ser humano, inúmera outras especialidades, mesmo na área da saúde, desenvolvem procedimentos profissionais, nos quais são especialistas, sem importar vinculação e, menos ainda, submissão a outro profissional.”
Contra esses textos legais não prevalecem interpretações outras, onde quer nasçam, e não foram eles alcançados, nem mesmo examinados pelo Supremo Tribunal Federal, não havendo como pretender invalidá – los sob o argumento de que a Corte o teria determinado, o que, em absoluto, não corresponde ao conteúdo de sua decisão.”
Pode o profissional Fisioterapeuta atestar por escrito o diagnóstico clínico do paciente?
R: Não. O diagnóstico clínico compete a outro profissional que não o Fisioterapeuta. Este quando da emissão de laudos, atestados e/ou declarações assim o faz com base nas disfunções dos órgãos e sistemas do corpo humano.
Legalmente o Fisioterapeuta prescreve o tratamento Fisioterapêutico baseado em um diagnóstico médico. Isto é correto ?
R: O tratamento fisioterapêutico é baseado no diagnóstico cinesiológico funcional feito pelo próprio fisioterapeuta. Este pode buscar em outros diagnósticos, quando julgar necessário a complementação para o melhor encaminhamento fisioterapêutico. Porém há de se ficar bem claro que em momento algum existe situação de dependência para as ações fisioterapêuticas.
Quais as implicações legais ao Fisioterapeuta quando do atendimento realizado a pacientes sem diagnóstico médico adequado e comprovado ?
R: Quando o diagnóstico médico não está adequado passa a ser uma responsabilidade do médico. O Fisioterapeuta tendo o conhecimento deve garantir a saúde do cliente. Para o caso de procedimentos sem o diagnóstico médico não há nenhuma implicação pois como já anteriormente mencionado não existe dependência da ação fisioterapêutico de qualquer profissional, muito menos do médico.
Há de se ter o entendimento que o que deve existir é a cooperação multidisciplinar para que a qualidade assistencial seja a melhor possível. É equivocado aquele que pensa que na saúde existe uma hierarquia. Não existe, pois o médico entende de medicina, o Fisioterapeuta de fisioterapia e o psicólogo de psicologia . Da mesma forma que o cliente para consultar um cirurgião dentista ele faz diretamente. A verdade também se aplica ao Fisioterapeuta.
Competências do fisioterapeuta:
O Fisioterapeuta, na sua competência deve ter o comprometimento social e apresentar para a sociedade seu instrumental assistencial. Portanto deve:
· Se inserir profissionalmente nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;
· Atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética;
· Contribuir para a manutenção da saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidade, considerando suas circunstâncias éticas-deontológicas, políticas, sociais, econômicas, ambientais e biológicas;
· Realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares que permitam elaborar um diagnóstico cinetico- funcional, para eleger e quantificar as metodologias recursos e condutas fisioterapêuticas apropriadas, objetivando tratar as disfunções no campo da Fisioterapia, em toda sua extensão e complexidade, estabelecendo prognóstico, reavaliando condutas e decidindo pela alta fisioterapêutica;
· Elaborar criticamente o amplo espectro de questões clínicas, científicas, filosóficas, éticas, políticas, sociais e culturais implicadas na atuação profissional do fisioterapeuta, sendo capaz de intervir nas diversas áreas onde sua atuação profissional seja necessária;
· Desenvolver o senso crítico, investigador e conquistar autonomia pessoal e intelectual necessária para empreender contínua formação na sua práxis profissional;
· Desenvolver e executar projetos de pesquisa e extensão que contribuam na produção do conhecimento, socializando o saber científico produzido;
· Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;
· Desempenhar atividades de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde públicos ou privados, além de assessorar, prestar consultorias e auditorias no âmbito de sua competência profissional;
· Emitir laudos, pareceres, atestados e relatórios;
· Prestar esclarecimentos, dirimir dúvidas e orientar o indivíduo e os seus familiares na seqüência do processo terapêutico;
· Manter a confidencialidade das informações, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral;
· Encaminhar o paciente, quando necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo um nível de cooperação com os demais membros da equipe de saúde;
· Desenvolver atividades de socialização do saber técnico - científico na sua área de atuação, através de aulas, palestras e conferências, além de acompanhar e incorporar inovações tecnológicas pertinentes à sua práxis profissional;
· Manter controle sobre a eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à atuação fisioterapêutica garantindo sua qualidade e segurança;
· Intervir para resolução de condições de emergência.

Fonte: Coffito

Massagem no pré-operatório relaxa e tira a tensão antes da cirurgia

 

Hospitais e clínicas que pensam não só na saúde do paciente, mas também em seu bem-estar antes, durante e depois de procedimentos médicos como cirurgias já são uma realidade em muitos países e, agora, começam e ter cada vez mais adesão por aqui. O Hospital Visão, em Santos (SP), há oito meses oferece sessões de massagem e reflexologia no pré-operatório de pacientes que vão se submeter a cirurgias de catarata, doença que pode levar à cegueira.
Em São Paulo, o israelita Albert Einstein também oferece o serviço, mas só se o paciente solicitar e se o médico permitir, pois dependendo o tipo de cirurgia, pode haver contraindicação. A massagem relaxante é providenciada pelo próprio hospital, que já possui parceiros selecionados para fornecer o serviço aos interessados.
No hospital santista, a inspiração para esse sistema veio de seu diretor, o oftalmologista Marcello Colombo Barbosa, após uma temporada nos Estados Unidos. “A tendência agora é não só prestar o serviço médico, mas também pensar no bem-estar dos pacientes. Nos EUA, por exemplo, a massagem antes da cirurgia faz parte da rotina das grandes clínicas. E nós a implantamos aqui para nos adaptar a essa nova realidade, que não vê só a cirurgia, mas o paciente como um todo”, explica o especialista.
A massagem dura cerca de 10 minutos e é feita sempre nas costas, ombros e pés por um fisioterapeuta especializado. Pode parecer pouco, mas para quem vive o medo pré-cirúrgico é um grande alívio da ansiedade e do estresse.  “Aquela massagem foi uma surpresa bem-vinda. Eu estava apreensiva, mas depois relaxei. O fisioterapeuta vai conversando, te acalmando. Não sabia que isso poderia ter uma influência tão grande. Acho que todo mundo deveria fazer antes de qualquer cirurgia”, conta a aposentada Isa Gonçalves, que passou pela experiência há cinco meses.
E o paciente só sabe da novidade pouco antes de entrar para a cirurgia. “Isso quebra o estresse do pré-operatório, quando a ansiedade é muito alta, e ele relaxa, até o anestesista percebe. O feedback é muito positivo. O paciente acaba, consequentemente, conversando com amigos e explicando como foi a cirurgia, o que ajuda outros a não terem medo”, fala Barbosa.

Isa Gonçalves prova o que diz o médico. “Não tem uma pessoa que vai fazer cirurgia, nem precisa ser idoso, que não fica ansiosa, com medo. E hoje eu falo para minhas amigas, faz com massagem, o corpo fica mole, tranquilo”, diz ela.
Para o especialista, o boca a boca pode ajudar a reduzir o receio de outros pacientes com prescrição de cirurgia de catarata. A iniciativa é bem-vinda, já que pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em 2010, mostrou que 77% dos pacientes com indicação do procedimento deixaram de fazê-lo por medo da cirurgia e de perder a visão.
Fonte: Súde online

Respirador bucal x postura

 

A síndrome do respirador oral, também conhecida como síndrome de Pierre Robin , é o conjunto de sinais e sintomas de quem respira parcial ou totalmente pela boca. É causada por algum tipo de obstrução nas vias aéreas superiores, má oclusão dentária ou maus hábitos, levando a um padrão suplente de respiração que, por sua vez, vai gerar uma série de outras alterações importantes na dinâmica corporal.

O respirador bucal desenvolve uma postura típica, que pode ser identificada pelos pais, levando em consideração os seguintes aspectos:
-    ombros para frente e “enrolados” ombros rodam internamente, deprimindo o tórax, levando a alterações no ritmo e na capacidade respiratória, a respiração  é mais rápida e curta, criando uma deficiência de oxigenação
-    cabeça projetada para frente- (protusão de cabeça) visando a manutenção da via respiratória pela necessidade de uma melhor respiração, através da retificação do trajeto das vias, favorecendo a chegada mais rápida do ar aos pulmões.
-    pés supinados (pisada com a borda interna do pé)
-    joelhos em X (joelhos estão mais próximos e os pés mais separados)
-    A flacidez e a distensão da musculatura abdominal e do estômago ocorrem pela excessiva deglutição de ar, podendo provocar dores na região lombar.
Tratamentos:
Aconselha-se o trabalho postural que pode ser realizado basicamente por 2 técnicas:
-RPG: tratará da postura de uma forma global, é um tratamento mais passivo onde a atuação do fisioterapeuta é bem importante.
-Pilates: Trabalha-se mais ativamente através de exercício posturais,  é lúdico ,e as crianças costumam gostar bastante.
Fonte: Minha Súde online

Dor nos joelhos pode ser lesão no menisco

 

Problema dificulta o apoio dos pés no chão e deve ser tratado

Problema dificulta o apoio dos pés no chão e deve ser tratado

Sentir dor nos joelhos não é normal, principalmente se o sintoma afeta a rotina. Se esse é um problema que lhe incomoda deve ser avaliado pelo seu médico. Uma das causas da tensão no local pode ser lesão nos meniscos.

Eles são duas estruturas que ficam dentro do joelho (sanduíche do joelho), localizadas entre a tíbia e o fêmur. O menisco tem uma superfície lisa com grande capacidade de adaptar-se à compressão, deformando-se e retornando à sua forma original.

As principais funções dos meniscos são:
-absorver impacto
-contribuir para estabilidade articular
-auxiliar na lubrificação
-proteção da cartilagem
-melhorar a congurência

O mecanismo de lesão mais comum se dá através de trauma indireto, entorse do joelho (sem contato direto), ou por traumatismo direto.

O menisco também pode sofrer, ao longo do tempo (sobrecarga, instabilidades não tratadas, artrose), um processo degenerativo (desgaste) e romper-se sem causa aparente.

Os principais sintomas são: dor do joelho, edema, sensação de falseio, dificuldades para apoiar o pé no chão, limitação para flexo-extensão e, nas lesões mais extensas (tipo "alça de balde"), bloqueio da articulação.

O diagnóstico se dá através da história, relatada pelo paciente, exame físico, com testes e manobras especiais e específicas.

Além disso, exames complementares devem ser solicitados, caso a caso, iniciando-se pela radiografia simples, e complementar com a ressonância magnética que confirmará ou não a lesão meniscal e identificar o tipo de dono, tamanho e a presença de outros prejuízos associados.

O tratamento na fase aguda:
-gelo
-analgésico e antiinflamatórios
-muletas se necessário
-fisioterapia

Nos casos não responsivos ao tratamento clínico, ou no caso de lesões extensas e complexas, indica-se o tratamento cirúrgico artroscópico, removendo parte do menisco ou suturando a lesão, dependendo do local acometido e da extensão da mesma.

PARALISIA CEREBRAL: UMA BREVE REVISÃO

 

Há um número de diferentes tipos de paralisia cerebral. Por isso, a avaliação é de suma importância.

A paralisia cerebral é uma categoria de condições caracterizadas pela mobilidade prejudicada, coordenação e postura, como resultado de lesão cerebral ou desenvolvimento cerebral anormal. Muitas crianças têm paralisia cerebral resultante de uma lesão de parto.
Há um número de diferentes tipos de paralisia cerebral. Para isso, procura-se fazer o diagnóstico examinando as partes do corpo e observando a condição do tônus muscular (enrijecimento ou afrouxamento)  da função motora (espástica ou não-espástica). A condição pode ser caracterizada como "suave", significando que o paciente é capaz de mover-se ativamente, ou "grave", significando que o paciente vai precisar de uma cadeira de rodas e terá problemas para executar as atividades diárias normais.
Tipos de paralisia cerebral
PC discinética é o resultado de danos para o cerebelo ou área de gânglios basais do cérebro. Este tipo de CP caracteriza-se pela hiperatividade dos músculos da língua e da face, o que provoca salivação ou caretas;  lentos e desconfortáveis movimentos contorcidos das mãos, braços, pernas e pés, dificuldade a marcha e para sentar-se na posição vertical, e dificuldade em coordenar os músculos necessários para falar claramente.
PC Hemiplegia, também conhecido como hemiplegia espástica, é caracterizada por movimentos bruscos ou espásticos. Os músculos da criança não podem crescer adequadamente, então ao longo do tempo há uma diminuição da amplitude de movimento. Algumas crianças desenvolvem escoliose (curvatura da coluna vertebral), e alguns podem sofrer ataques. No entanto, a maioria das crianças com hemiplegia podem sentar-se, e com a ajuda de terapias pode aprender a andar.
PC Hipotônica é o tipo mais raro e geralmente é causada por lesão cerebral grave ou malformação do cérebro em um estágio precoce de desenvolvimento. PC Hipotônica é a falta de tônus muscular, fazendo com que a criança tenha braços e pernas flexíveis como uma boneca de pano. As crianças com PC hipotônica têm problemas para controlar a posição da cabeça e sentado.

Fonte: Injury Lawyer News

AFINAL, FISIOTERAPEUTA É DOUTOR OU NÃO?

 

Muita gente ainda tem dúvidas em relação a essa questão.

Ainda há Fisioterapeutas com dúvidas sobre o uso do DR. Para tentar diminuir essa questão, leia o texto a seguir. Se você é colega de profissão, não se diminua exportando abreviaturas não reconhecidas, como o FT. Assuma a postura e a responsabilidade que vc suou para adquirir na faculdade. E se for questionado a respeito aí vai o argumento:
A origem do termo doutor encontra-se na palavra latina doctor, que significa mestre ou professor, pertencente à família do verbo docere, cuja tradução é ensinar. Um doutor, considerando-se do ponto de vista estritamente etimológico da palavra, é aquele que ensina. Segundo os nossos atuais dicionários Aurélio, Houaiss e Michaelis, doutor, em suma, significa: aquele que cursou o doutorado; uma pessoa considerada muito culta, importante; todo o indivíduo formado em curso superior.
Segundo o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - CREFITO, o fisioterapeuta deve usar e apresentar-se como Doutor na sua atuação profissional com respaldo legal para tal, considerando o princípio da isonomia, da tradição cultural de nosso país e da sua fundamentação científica profissional. Alguns fisioterapeutas brasileiros usam a abreviação Ft. (fisioterapeuta) transcrita dos fisioterapeutas portugueses e originada do molde PT (physiotherapeutic) dos norte-americanos ao invés de usar o título Dr. A abreviatura FT. não é oficial no Brasil, e portanto não é reconhecida pelos CREFITO's e COFFITO.
RESPALDO LEGAL PARA O USO DE DOUTOR PELO FISIOTERAPEUTA:
O PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 5ª REGIÃO – CREFITO-5;
No uso de suas atribuições e competência prevista no inciso II, do art. 44, da Resolução COFFITO-6, tendo em vista o deliberado na Reunião de Diretoria, realizada em 23/10/2000, em consonância com a luta até então desenvolvida pelo Egrégio Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, e considerando:
1- A não existência do direito positivo brasileiro, consubstanciado na Lei n. 5.540 de 28.01.68, e no Decreto Lei n. 465 de 10.02.65, de preceitos legais disciplinando a concessão do título de Doutor;
2- Baseando-se em que o uso do título de Doutor tem por fundamento procedimento isonômico, sendo, em realidade, a confirmação da autoridade científica profissional perante o paciente;
3- Que o título de Doutor tem por fundamento praxe jurídica do direito consuetudinário, sendo de uso tradicionalmente aceito entre os profissionais de nível superior;
4- Que a praxe jurídica fundamentada nos costumes e tradições brasileiras, tão bem definidas nos dicionários pátrios, assegura a todos diplomados em curso de nível superior, o legítimo direito do uso do título de Doutor;
5- Que a não utilização do título de Doutor leva a sociedade e mais especificamente a clientela do profissional da área a que se destina assistência fisioterapêutica, pressupor uma inadmissível e inconcebível subalternidade, em se tratando de profissional de nível superior;
6- Que deve ser mantida isonomia entre os componentes da Equipe de Saúde e que o título de Doutor é um complemento, um “plus” na afirmação de um legítimo direito conquistado ao nível de aprofundamento em uma prática terapêutica com fundamentação científica;
7- A inexistência, na língua portuguesa e na legislação própria das expressões FT e TO, o que por lógico torna inadmissível a utilização de tais abreviaturas como identificação do profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, respectivamente;
8- Que expressões outras que não Fisioterapia, dificultam e não identificam de forma clara e objetiva o profissional da Fisioterapia;
DECIDE: Recomendar aos Fisioterapeutas que na sua atuação profissional usem o título de Doutor, por se tratar de um direito legítimo e incontestável. Outrossim, decide ainda, não reconhecer as abreviações FT como identificadora do profissional da Fisioterapia.

Fonte: Coffito / Crefito10

FALTAM FISIOTERAPEUTAS!!!

 

Damai atualmente tem apenas dois fisioterapeutas qualificados.

O estado de saúde e esportes comentaram a falta de fisioterapeutas, lamenta Pantai Damai, deputado Dr. Abdul Rahman Junaidi.
Como tal, ele disse, os jovens, especialmente os que abandonam a escola, devem considerar o prosseguimento dos estudos para preencher o vácuo e atender às necessidades futuras.
Para graduados em Fisioterapia, ele aconselhou a prosseguir a sua formação para se tornarem especialistas nas diversas áreas da profissão.
Acompanhando um grupo de Parti Pesaka Bumiputera Bersatu (PBB) líderes de seu eleitorado em uma visita a Asean Metropolitan University College, em Batu Kawa, o Dr. Rahman lembrou sua própria experiência, quando ele estava no futebol.
Ele disse que devido à dificuldade na aquisição de um fisioterapeuta, ele teve que assumir a responsabilidade por si próprio.
"A Fisioterapia tem um futuro brilhante no estado. A demanda é muito grande. Os esportes na era moderna enfatizam fortemente na saúde e na ciência para aumentar o desempenho dos atletas. A Fisioterapia é uma área que é muito necessária. ", disse ele.
Fisioterapia, uma forma de terapia para os atletas antes dos jogos condicionando e ajudando-os na recuperação física, também é muito necessária em departamentos governamentais, agências e até mesmo o setor corporativo, ele disse às repórteres durante a visita.
Dr. Rahman, que é médico por profissão, e sua comitiva foram informados pelo professor sênior de Fisioterapia Nasibah Dollah, que o Estado atualmente tinha apenas dois fisioterapeutas qualificados.
Na viagem, o Dr. Rahman disse que era para preparar o caminho para as pessoas em Pantai eleitorado Damai para construir uma "parceria inteligente" com instituto de ensino superior e expor os líderes da comunidade para os vários programas educacionais oferecidos aqui, além de incentivar os jovens a prosseguir em seus estudos.

Enquanto isso, o Dr. Iskandar disse às repórteres que o colégio fez atualmente um programa de diploma para o seu primeiro lote de cerca de 300 estudantes de Fisioterapia com previsão que venham a se formar em 2013-2014.

Fonte: The Borneo Post Online

PRÓTESES COM DESENHOS ORIGINAIS

 

Após ter perna amputada, americano abre empresa de próteses com desenhos originais

Em 1985, o americano Dan Horkey, então com 21 anos, sofreu um acidente de motocicleta que resultou na amputação de uma de suas pernas. Mesmo após se adaptar à prótese que lhe permitiu andar novamente, Dan ainda se sentia envergonhado, até que foi contratado por uma empresa de próteses, onde passou a criar peças para uso próprio, adornadas com desenhos que o deixavam mais à vontade.
Ao andar na rua, ele percebeu que as pessoas passaram a elogiar as imagens da sua perna mecânica, em vez de perguntar como ele havia perdido a natural. Isso motivou Dan a abrir a Global Tattoo Orthotic Prosthetic Innovations (GTOPI), sua própria fábrica de próteses exclusivas, fundada em 2008.
O empresário conta com a colaboração de artistas e grafiteiros, que criam desenhos especialmente para as peças da fábrica, de acordo com o desejo dos usuários.

FISIOTERAPIA REALIZA PESQUISA SOBRE OS MALEFÍCIOS DO FUMO NA GRAVIDEZ

 

Objetivo é levantar dados sobre a relação de crianças nascidas prematuramente e o uso do tabagismo.

Evidências indicam que a vida social da mulher, vinculada ao trabalho do dia a dia, acarretam momentos de estresse que acabam sendo amenizados com vícios maléficos, como o fumo. Porém, o tabagismo não traz prejuízos apenas para a mulher, mas, quando em período gestacional, promove diversas alterações na formação do feto.
Pautado nessas informações, o curso de Fisioterapia da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Toledo, está desenvolvendo um projeto de pesquisa para levantar dados sobre a relação de crianças nascidas prematuramente e o uso do tabagismo durante a gravidez.
Com participação de um grupo de estudantes, o levantamento será feito por meio de um questionário e análise do prontuário médico de mulheres que se submeterem ao procedimento de parto, entre os meses de maio e julho, no Hospital HCO, de Toledo.
“Estudos como esse são necessários para orientar os profissionais que atuam na assistência materno-infantil, no sentido de que alertem as gestantes fumantes sobre os malefícios do fumo à saúde. Todos devem saber – e repassar o que sabem – que seu uso não acarreta problemas somente a elas, às mães, mas, também, ao seu filho, tanto em fase intra-uterina como após o nascimento”, explica a coordenadora do projeto, professora Dora Segura. “As toxinas do fumo durante o período gestacional acabam se transpondo pela placenta, o que pode provocar nascimento prematuro ou aborto espontâneo”, adverte.
Segundo ela, estudos indicam que o fumo na gravidez é responsável por 20% dos casos de fetos com baixo peso ao nascer, 8% dos partos prematuros e 5% das mortes perinatais. A maior prevalência ocorre em mulheres de baixa escolaridade e renda, com idade entre 20 e 49 anos. “Pretendemos, com este estudo, levantar os números em Toledo, conhecer o grau do problema por aqui. A falta de informações científicas claras prejudica o enfrentamento do problema”, alerta.

PILATES PARA DORES NAS COSTAS

 

Os exercícios, que são suaves, ajudam a fortalecer os músculos. Com o tempo, os músculos automaticamente mantêm o corpo na posição correta, então essa condição acaba não sendo mais um esforço

A Fisioterapeuta Sally Ann Quirke quebrou as costas quando ela tinha 20 anos e criou um tratamento com Pilates.
Ela sabe o que é sofrer de dores nas costas, depois de uma fratura sendo apenas uma estudante de 20 anos. Ela estava fazendo graduação em Fisioterapia na Universidade do Oeste da Inglaterra, em Bristol em 1994: "Eu estava estudando para os exames finais e sentada em uma janela larga e grande. Eu estava rindo com alguém e, de alguma forma eu me inclinei, fui para frente e caí 15 metros de profundidade em um jardim ornamental. Não tenho maiores lembrança.
"Eu tive duas fraturas estáveis na minha espinha. Isso foi realmente sorte, pois não significava que os segmentos ósseos estavam se movendo ao redor, infringindo o meu sistema nervoso. Eu também tive rompimento de quadril e fratura na perna.".
Quirke ficou de pé novamente dois meses e meio após o acidente. A lesão nas costas não foi um problema imediato, mas ela afetou enormemente mais tarde. Fiquei com dor nas costas nos próximos cinco anos.
"Eu tinha um monte de fisioterapia e osteopatia que me ajudaram muito, foi até que eu comecei a fazer Pilates e vi como isso poderia ajudar.".
Esse acidente de Quirke resultou no desenvolvimento do seu interesse no tratamento de dores nas costas. "Fazer Pilates me inspirou a usá-lo no âmbito da gestão global da dor nas costas. Uma aula de Pilates não é necessariamente adequada para quem sofre de dores nas costas.
"Estou em clínica de Pilates e eu tenho um programa prescritivo para cada cliente que vem a mim. O Pilates para dor nas costas deve ser feito sob a orientação de um especialista em dor para garantir que o paciente faça um Pilates adequado para a sua condição.".
Pilates ensina as pessoas a posição correta para suas partes do corpo, explica Quirke.
"Os exercícios, que são suaves, ajudam a fortalecer os músculos. Com o tempo, os músculos automaticamente mantêm o corpo na posição correta, então essa condição acaba não sendo mais um esforço. ".
Dores nas costas é fácil de diagnosticar, que emana do músculo, disco ou lesão articular. Mas algumas pessoas dizem que a dor é só um “mal jeito” depois de terem se sentado errado por muito tempo. Isso significa que eles têm flexão relacionadas com dor nas costas. Cerca de 90% se vê são os problemas relacionados com a flexão, afetando o pescoço, mas geralmente afetando a parte inferior das costas.
Um exemplo de uma atividade de flexão, onde uma articulação é movida em uma posição sentada: "A maioria de nós têm estilos de vida sedentários, sentado em um computador o dia todo, ir ao trabalho e depois ir para casa e sentar no sofá.”.
"Uma das chaves para a dor nas costas é para quebrar esse padrão. Não faça atividades de flexão fora do trabalho.
"Se você tem uma escolha de se deitar no sofá para assistir a um DVD, faça isso. Se você tem flexão relacionada com dor nas costas, é preciso evitar sentar-se, o quanto conseguir. ".
Nos últimos 10 anos, Quirke diz que tem visto um aumento relacionado com a idade na dor nas costas.
"Mas ter dor nas costas quando você envelhece depende muito da genética. Depois disso, é sobre o modo como vivemos nossas vidas. Boa postura e condicionamento aeróbico podem fortalecer as costas, levando a flexibilidade. "
Estenose do canal vertebral é comum. O canal medular é reduzido e os nervos ficam presos, ocorrendo o envio de dor para uma ou ambas as pernas. Isso agrava a dor nas costas ao andar ou inclinar-se para frente.
"É uma condição que não é diagnosticada como muitas vezes como deveria ser. Na minha prática, cerca de um terço de meus pacientes têm dor nas costas com graus de estenose espinal. Mas fora isso, apenas 5% recebem um rótulo e diagnóstico porque a Fisioterapia alivia os sinais e sintomas de casos mais leves. ".
Praticar Yoga é bom para dor nas costas, mas desde que essa dor esteja relacionada com a rigidez e tensão. "Caso contrário, a yoga não vai funcionar e pode fazer mais mal do que bem.".
A intervenção precoce é importante no tratamento de dor nas costas.
"Se a dor nas costas dura mais de cinco dias, você deve consultar um especialista. Se essa pessoa inicia a fisioterapia suficientemente cedo, em duas sessões provavelmente a dor terá diminuído muito. ".